Vale recebe licença para projeto de potássio em Sergipe
“O documento é o primeiro passo para a implantação do empreendimento, uma vez que atesta a viabilidade ambiental do projeto”, afirmou a Vale em nota.
Quando entrar em operação, Carnalita será a maior planta de extração de potássio do Brasil, disse a Vale, com produção inicial estimada em torno de 1,2 milhão de t anuais de cloreto de potássio. O início da operação está previsto para 2014.
Além de preparar a instalação de Carnalita, a empresa informou que está realizando pesquisa geológica na região em busca de mais reservas minerais disponíveis para produção de potássio.
O cloreto de potássio, classificado como fertilizante mineral simples, é usualmente misturado ao fósforo e ao nitrogênio na produção do fertilizante composto (NPK). A Vale informou que outra tecnologia está sendo testada em uma planta piloto na região.
“Diferentemente da produção atual de cloreto de potássio, onde a extração é feita em lavra subterrânea na mina Taquari-Vassouras, a mineração da Carnalita será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. A salmoura será então retirada do subsolo e processada na superfície”, explicou a Vale.
Taquari-Vassouras fica próximo a Carnalita e foi arrendada pela Vale da Petrobras em 1991. As reservas no local são suficientes para garantir a operação até 2019 segundo a companhia. Após expansões em 2005 passou a produzir 850 mil t por ano.
A Vale vem aumentando sua participação no setor de fertilizantes para suprir a carência do mercado brasileiro, que importa a maior parte dos fertilizantes que utiliza.
“A previsão é que a América Latina, em especial o Brasil, seja responsável por 30% do crescimento futuro da demanda por fertilizantes”, informou a companhia justificando seu interesse pelo setor.
Em janeiro deste ano, a Vale iniciou o processo de aquisição dos ativos de fertilizantes da Bunge e das ações da Fosfertil no Brasil. A Vale desenvolve ainda vários projetos de fosfato e potássio ao redor do mundo, como o projeto de rocha fosfática Bayóvar, no Peru; o projeto Rio Colorado, na Argentina e o projeto Regina, no Canadá.
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Com agências