Livro apresenta pesquisa pioneira que serviu de base para o salário mínimo nacional
1940 foi o ano no qual a lei do salário mínimo entrou em vigor e os trabalhadores tiveram acesso a ele pela primeira vez. O dia escolhido foi o 1º de maio, data em que se comemora o Dia Mundial do Trabalho, conhecido no Brasil como “O Dia do Trabalhador”.
Neste contexto, a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) que está retomando sua atividade editorial por meio da Editora Sociologia e Política, traz a público uma obra que apresenta a primeira pesquisa que deu subsídio para a instituição do salário mínimo no país: “As pesquisas sobre o padrão de vida dos trabalhadores da cidade de São Paulo: Horace Davis e Samuel Lowrie pioneiros da sociologia aplicada no Brasil”, organizado por Angelo Del Vecchio e Carla Diéguez.
No livro, As pesquisas sobre o padrão de vida dos trabalhadores da cidade de São Paulo são reeditadas em formato fac-similar. Dois trabalhos pioneiros da pesquisa científica em Sociologia no Brasil: Padrão de vida dos operários da cidade de São Paulo de 1935 e Pesquisa do padrão de vida das famílias dos operários da limpeza pública da municipalidade de São Paulo, de 1938.
Frutos, respectivamente do trabalho de dois membros do corpo original de professores da FESPSP, Horace Davis e Samuel Lowrie, essas pesquisas representam um marco histórico do surgimento da Sociologia aplicada no país, pois, trataram não só de compreender a condição de vida dos trabalhadores paulistanos, como também de oferecer subsídios ao estabelecimento do salário mínimo nacional.
A Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, cujo fim é a manutenção de escolas voltadas ao ensino e à pesquisa em nível superior. Criada em 27 de abril de 1933, por iniciativa de pouco mais de uma centena de figuras eminentes da sociedade paulistana, dentre as quais se destacam os dirigentes das principais entidades de ensino de São Paulo. A FESPSP é orientada desde o início para o estudo da realidade brasileira e para a formação de quadros técnicos e dirigentes capazes de atuar no processo de modernização da sociedade.
Hoje, a FESPSP mantém a Escola de Sociologia e Política (ESP), a Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação (FaBCI), a Faculdade de Administração (FAD) e a Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais (EPG). O seu corpo de pesquisadores e docentes se dedica ao ensino e à pesquisa acadêmica e aplicada, reunindo à atividade de produção do conhecimento a capacidade de intervenção, gestão e planejamento, que tem sido a marca de atuação da instituição nos projetos desenvolvidos para os setores público e privado ao longo dos anos.