Adalberto Monteiro disse que os dois governos do presidente Lula permitem a verificação de avanços significativos. Ele ressaltou a importância de um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho brasileiro para o socialismo. Segundo o presidente da Fundação Maurício Grabois, é preciso avançar nas conquistas sociais e democráticas como forma de superar as desigualdades no país. Adalberto Monteiro citou, entre as medidas necessárias, a realização da reforma política, o fortalecimento dos movimentos sociais e das conferências temáticas, e a manutenção da política externa.

Segundo ele, o país precisa debater seriamente reformas para melhorar a vida do povo, principalmente nas áreas da educacional, da carga tributária, da moradia urbana, da ocupação agrária e do sistema de saúde. Para Adalberto Monteiro, é preciso jogar peso tammbém na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pela constante valorização do trabalho. Uma das mais importantes batalhas políticas da atualidade, disse o presidente da Fundação Maurício Grabois, é a pela democratização dos meios de comunicação. Para o presidente da Fundação Maurício Grabois, essa bandeira guarda semelhança com a da luta pelo sufrágio universal.

O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, inmiciou as intervenções fazendo uma retrospectiva dos movimentos sociais nas últimas décadas. Rodrigues partiu da década de 1980 — quando, explicou, houve um reordenamento do movimento social, combinado à luta contra a carestia e à luta sindical — e passou pelos anos 1990, marcados por dificuldades para o movimento social decorrntes da predominância do neoliberalismo. Segundo o representante do MST, hove, nesse p-eríodo, dificuldade na elaboração de uma pauta unificada dos movimentos sociais. E isso resultou em entraves dos maiores entraves enfrentados pelos movimentos sociais.

João Paulo Rodrigues disse ainda que havia dificuldades para se encontrar um ponto comum, que combinasse as reivindicações políticas e sociais. O dirigigente do MST também destacou o governo Lula trouxe muitas expectativas, mas registrou dificuldaes dificuldade na combinação da pauta social com a agenda do governo. Para ele, é preciso uma metodologia para criação de agendas que envolva o movimento social. João Paulo Rodrigues enfatizou pontos positivos, como os programas Luz para todos, o Moradia para o campo e o Pronera, mas ressalvou que criticou a tímida condicação da reforma agrária.

Encerrando as intervenções, Patrus Ananias recorreu à história para dizer que o Brasil sempre foi marcado pela dominação. Segundo o ex-ministro, um dos momentos mais importantes na vida do país foi o da luta pela redemocratização que precedeu a Assembléia Nacional Constituinte de 1988. Para Patrus Anananias, no quadro daquela correlação de forças a promulgação da Constituição foi um avanço considerável. O que o governo está fazendo atualmente na área de assistência, disse, está no texto aprovado em 1988 — que vinculou a seguridade social à Previdência social.

O ex-ministro também lembrou que recentemente a Constituição incorporou o direito à alimentação e dedicou atenção especial aos idosos, às crianças, às mulheres e aos quilombolas. Segundo ele, a Constituição foi essencial para que o Brasil passasse a viver num ambiente políticas públicas, citando, como exemplos, o SUS, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Patrus Ananias terminou lembrando os programas sociais implementados pelo atual governo, como o da Erradicação do Trabalho Infantil, o Prouni e o Bolsa Escola.