Os recursos serão dirigidos a 20 núcleos instalados em federações industriais, no sentido de atrair, preparar e apoiar os gestores no desenvolvimento de projetos inovadores. A expectativa é que a iniciativa resulte na criação de aproximadamente 2,4 mil projetos no curto prazo.

Em convênio, Sebrae e CNI já se comprometeram a aplicar R$ 48 milhões para lançar ações para induzir empresários a investir em inovação, assim como prestar consultoria no desenvolvimento dos projetos. Em complemento, o ministério destinará entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em recursos voltados ao apoio para a gestão dos projetos de inovação.

Esse aporte virá do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), por meio de um edital com lançamento previsto para a próxima semana. “A ideia é que as empresas possam elaborar um plano de inovação robusto”, disse Luiz Antonio Elias, secretário-executivo do ministério.

Por sua vez, Carlos Alberto Santos, diretor-técnico do Sebrae, apontou que o programa ajudará a desmistificar o significado da inovação, tido como algo muito sofisticado pelas empresas. “No fim, serão alguns bilhões de reais gerados a partir dessa iniciativa”, afirmou.

Segundo o presidente da CNI, Robson Braga Andrade, as empresas brasileiras não podem mais considerar o BNDES como único canal de financiamento, dentro de uma meta do país de crescer mais de 5% nos próximos anos. Ele afirmou que o Brasil precisará de R$ 600 bilhões em créditos para investimentos com essa taxa de crescimento prevista.

_______________________________________________________________________

Fonte: jornal Valor Econômico