Escrever é morrer pouco a pouco. Ser lido é morrer, também, mas um pouco mais lentamente. Quem escrever – mesmo aqueles que isso escondem – quer ser lido. Quer ter asas. Quer voar. E o voo exige asas, elas são os leitores.

      A cada novo espaço aberto, a cada nova página em branco, a esperança de chegar a algum lugar que não seja a solidão da escrivaninha ou a nostalgia de um bar, onde agora estou enquanto escrevo essas palavras. 

      Aos vinte e oito anos, ainda pouco vivi, creio. Muito menos, ainda, escrevi. Algumas peças, alguns contos, alguns folhetins, poucas poesias, quase nenhum grande tema, uma ou outra crônica. Toda semana um espaço no jornal local, todo outubro uma pequena estreia de espetáculo por mim escrito, e só.

      Poder contribuir com um espaço como esse, do qual sou leitor, assíduo, confesso, é bom. É bom para a alma, é bom para a escrita, é bom para ser lido, é bom para falar para amigos e é bom, acima de tudo, para escrever aos leitores do Prosa e Poesia, que, até onde sei, representam boa parte da verdadeira intelectualidade que admiro.

      Aqui trarei contos, crônicas e análises sobre a vida cotidiana.

      Obrigado ao espaço e sejam bem-vindos a CASA DO HOMEM. 

 Luiz Henrique Dias é escritor, membro do Núcleo de Dramaturgia do Sesi, estudante de Arquitetura e Urbanismo e comunista (convicto). Escreve todas as terças neste espaço e diariamente em seu blog acasadohomem.blogspot.com . [email protected] . @luizhdias ./ http://acasadohomem.blogspot.com
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