A Lua redonda e ardida ilumina um céu negro, que esconde mágoas e oculta dores. Entre lágrimas doces e salgadas, não posso ver o seu brilho. Vejo sim, toda a tristeza empilhada nas nuvens, amontoando-se desordenadamente umas sobre as outras. Este céu de sonhos inconclusos. Meus olhos turvos e opacos não emanam os sorrisos de Lua crescente, nem os mistérios de Lua minguante, nem as esperanças de Lua nova. E a luz de outrora, amaina, arrefece, apesar de você assim Lua cheia. Lua redonda e ardida que ao meu olhar se comparava, não adianta lançar seu brilho como dantes, o meu olhar não pode mais te acompanhar.

 Professora