Em uma conferência magistral dada ontem na Universidade Major de San Andrés, na cidade de La Paz, o economista precisou que a nova debaclé do sistema financeiro do capitalismo tem características diferentes às registradas em 1870 e 1939.

Assim mesmo assegurou que a origem das crises tem em comum a concentração do capital e a abertura de mercado. “A crise do sistema capitalista do 2008 arrastou-se desde 1970 com a queda a mais da metade das taxas de crescimento no Japão e Europa”, afirmou.

Amin acrescentou que entre as décadas de 1970 e 1980 o capitalismo mostrou um aparente sucesso, no meio de desigualdades econômicas nos habitantes dos países dos hemisférios norte (Estados Unidos, Europa) e sul (América Latina, parte da Ásia e África).

Segundo sua teoria, o desequilíbrio entre a produção e o consumo foi outro gerador da crise de setembro de 2008. Por outra parte, previu que as políticas de regulação que encaram os países capitalistas degradarão mais as economias dos Estados Unidos, Japão e Europa, a tríade que pretende tomar o controle do mundo.

Para o titular em Ciências Políticas, os países da chamada “periferia” (com economia débil e atrasada) devem saber que apesar destas crises o capitalismo traz sempre mudanças qualitativas e não quantitativas. “Uns cinco mil oligopólios controlam o sistema produtivo de todo mundo. Fala-se da tríade de controle (Europa, Japão e Estados Unidos) que é o imperialismo coletivo, afirmou.

Este controle do capitalismo coletivo, disse, dá-se pelo monopólio da tecnologia, o acesso aos recursos naturais, os meios de comunicação social e o domínio das armas nucleares. Depois ponderou que China, Irã, Tailândia e Cuba dão sinais de que se pode construir um sistema econômico mais democrático e que a ALBA é a outra opção.

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Fonte: Prensa Latina