Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Prosa@Poesia

    Canto a Elisa Branco

    Pesadas grades, hirtas e escuras, estão paradas e perfiladas junto às janelas da cela escura que esconde Elisa – a de nome simples, de nome claro de nome branco, a de alma clara. Passam soldados, voltam soldados, e os doces olhos da prisioneira são águas claras que não se turvam. Pesadas grades, hirtas e escuras, […]

    POR: Redação

    2 min de leitura

    Pesadas grades, hirtas e escuras,
    estão paradas
    e perfiladas
    junto às janelas da cela escura
    que esconde Elisa – a de nome simples,
    de nome claro
    de nome branco,
    a de alma clara.

    Passam soldados,
    voltam soldados,
    e os doces olhos da prisioneira
    são águas claras que não se turvam.

    Pesadas grades,
    hirtas e escuras,
    estão paradas e perfiladas
    como soldados
    junto às janelas.

    Elisa Branco
    – na cela escura –
    está rodeada de pensamentos
    puros e claros como seu nome.

    Que importam grades junto às janelas?
    E esses soldados que passam, passam?
    e os sons soturnos
    que marcam, marcam
    os duros passos das sentinelas?

    Elisa Branco sorri e espera.
    Não sente o peso das escuras grades,
    nem ouve a marcha de duros passos,
    que dia e noite,
    que noite e dia,
    passa e repassa
    junto às janelas da cela escura.

    Elisa Branco confia e espera –
    Elisa simples,
    de nome claro,
    de nome branco,
    de alma clara.

    ___________

    Saiba sobre Lila Ripoll:

    http://grabois.org.br/portal/revista.int.php?id_sessao=33&id_publicacao=27&id_indice=490

    ___________

    Saiba sobre Elisa Branco:

    http://grabois.org.br/portal/cdm/revista.int.php?id_sessao=33&id_publicacao=27&id_indice=497