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          Nesta sexta, sentado no gramado do PTI, em frente ao planetário, sozinho, senti uma pequena lágrima escorrer de meus olhos. Era a chamada Festa da Unila que acontecia ali. Um palco com apresentações culturais dos países latino-americanos era o centro do evento, enquanto estudantes da Unioeste, da Unila e da UAB, além dos funcionários […]

    POR: Redação

    3 min de leitura

          Nesta sexta, sentado no gramado do PTI, em frente ao planetário, sozinho, senti uma pequena lágrima escorrer de meus olhos. Era a chamada Festa da Unila que acontecia ali. Um palco com apresentações culturais dos países latino-americanos era o centro do evento, enquanto estudantes da Unioeste, da Unila e da UAB, além dos funcionários do Parque, aplaudiam e se emocionavam e, entre um espetáculo e outro, se confraternizavam em português ou em espanhol.

          Fiz uma boa análise daquela pequena e intensa lágrima. Eis abaixo algumas conclusões:

          Esta é nossa cidade. Ela tem um céu muito bonito. Ela tem belezas naturais magníficas. Ela tem uma localização invejável. Ela é uma fronteira única para o Brasil e para o mundo, não só pela geografia, mas por tudo que representa. Mas hoje, cabe lembrar, ela é um pouco mais. É uma cidade nova. Muitas pessoas não conseguiram entender ainda a tamanha importância da Universidade Federal para Foz. Ela não trás alunos e professores apenas. Ela trás desenvolvimento, sustentabilidade, debates, extensão comunitária e, principalmente, o que falta em praticamente todas as instituições da cidade: pesquisa. Uma Universidade Federal não é um comércio, é algo implantado para servir uma nação. São delas (das Universidades Federais) os nomes, as grandes teses, os grandes projetos e, principalmente, a responsabilidade de colocar gente boa no mercado, para ajudar o país. 

          E a Unila vai além. Ela é uma Universidade da América Latina. Representa a tentativa de nossos governos em construir algo voltado ao reconhecimento de nossa identidade e, cada vez mais, desalinhado com o padrão americano de vida e consumo.

          E eu ali, na grama, sentado no chão, vendo aquelas pessoas que deixaram seus países de origem para passarem os próximos cinco anos de suas vidas morando em Foz e estudando em nossa universidade, tive que, no mínimo, me emocionar e derrubar aquela lágrima. A América Latina unida ainda é um sonho, mas estamos dando o primeiro passo. A Unila é uma realidade.

                                                                                ***


    Luiz Henrique Dias é escritor, dramaturgo, membro do Núcleo de Dramaturgia do SESI, estudante de Arquitetura e Urbanismo e Gestão Pública e comunista (convicto). Ele escreve todas as segundas nesse espaço e diariamente em seu blog acasadohomem.blogspot.com . Se quiser ler mais, acesse o blog ou siga o Luiz no Twitter @LuizHDias

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