Tempo de Pano Pra Mangas
Deu-se que ficou por ali formigando pensagens,
enviesando raízes de meninice.
E danou-se a abrir o zíper de histórias
que se arrastavam, nadavam, voavam
em cobras, lagartos, peixes e aves;
e de mulas-sem-cabeça, inclusive…
Sim, porque contagens onde o Saci,
que é Pererê, havia três pernas
e fadas sem suporte pra madrinhas,
por certo eram mulas-sem-cabeça!
Ou também "histórias de trancoso",
assim chamavam na região daquele tempo.
Um, dois, três, dez meninos ajuntavam-se no chão
num modo voluntário e aconchegante de constar ali.
Aquele "agora" parecia estar no prumo.
Marta Eugênia é Especialista em Linguística e Professora de Língua Portuguesa na cidade de Arapiraca em Alagoas. http://eugenico.blogspot.com/