"Nas próximas duas décadas, a demanda por profissionais no setor da manufatura crescerá mais de 10% nos países em desenvolvimento e 4% no total dos países analisados . A mobilidade global de talentos é fundamental para sustentar o crescimento econômico a partir de 2020", diz o estudo.

Para o cientista social Theotonio dos Santos, professor emérito da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de exportar desemprego qualificado dos países ricos, os bancos podem pretender aumentar sua influência nos possíveis países receptores dessa mão-de-obra.

Mas alertou que a China, por exemplo, não permitirá essa invasão: "São várias tendências simultâneas ultimamente. E a mobilidade também é um instrumento de rebaixamento salarial. Muitos países desenvolvidos estão atraindo imigrantes no nível de pós-graduação para sustentar, com suas mensalidades, universidades que não conseguem atrair alunos locais", ponderou.

Santos, do Conselho Editorial do MM, disse ainda que o desemprego acima de determinado nível onera demasiadamente os cofres públicos, dos países nos quais há um sistema de proteção social mais robusto, como na Europa.

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A informação é do Monitor Mercantil