Apesar de melhorar em algumas áreas nos últimos dois anos, o perfil da ciência e tecnologia no Brasil é marcado por fragilidades, como a baixa intensidade dos gastos domésticos com pesquisa e desenvolvimento (Gerd, na sigla em inglês), de apenas 1,1% do PIB em 2008.

A constatação é do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) ao analisar o relatório Science, Tecnology and Industry Outlook 2010, divulgado em meados de dezembro pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nos países da OCCE, o Gerd cresceu, em média, 3,6% ao ano entre 1997 e 2007. Com isso, teve variação anual superior a 4% nos anos mais recentes deste período.

No Brasil, acrescenta o Iedi, o relatório constatou ainda sérias carências na qualificação dos recursos humanos nas áreas de ciência e tecnologia, pouca produção de patentes, reduzido percentual de empresas inovando em produtos e/ou colaborando na realização de inovação. De positivo, cresceu a produção científica e o número de doutores per capita.

Com a crise global, o aumento real dos gastos de P&D nos países analisados desacelerou entre 2007 e 2008, para 3,1% na área OCDE Em termos absolutos, foram US$ 935 bilhões em 2008, pelo critério de paridade poder de compra corrente (PPC), ou 2,3% do PIB total.

Os gastos com P&D mostram grande heterogeneidade. Nos Estados Unidos, cresceram, em média, 3,4% ao ano, de 1997 a 2007. O país elevou as despesas com P&D em 2008, para 4,5% em termos reais. Com isso, sua fatia no investimento total em P&D da OCDE ficou em 42,5% em 2008, (41,9% em 2007).

Já no Japão, onde o aumento real médio real anual ficou em 3% no período, houve retração de 1,2% em termos reais em 2008, baixando a fatia no Gerd para 15,9% no biênio 2007-2008.

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A informação é do Monitor Mercantil