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    Comunicação

    O poeta desprevenido

    Foi do homem faminto das ruas e crianças em redor de lixos, da pobreza engravidando o meu país que a poesia correu sozinha e se perdeu de mim. por um tempo… Caí na estranheza de um rosto e exercitei meu calcanhar na força negra que a noite tem como bem… Viajei em meras palavras e […]

    POR: Marta Eugênia

    Foi do homem faminto das ruas
    e crianças em redor de lixos,
    da pobreza engravidando o meu país
    que a poesia correu sozinha
    e se perdeu de mim.

    por um tempo…

    Caí na estranheza de um rosto
    e exercitei meu calcanhar na força negra
    que a noite tem como bem…
    Viajei em meras palavras e estive entre pessoas
    que em verdade nunca as vi.
    Por fim, acabei por esquecer o meu desenho favorito.
    Não quero estar um estrangeiro para sempre
    Mas…
    A vida é ancorada de brilhos
    como pensam os diamantes?

    Marta Eugênia é Especialista em Linguística e Professora de Língua Portuguesa na cidade de Arapiraca em Alagoas. http://eugenico.blogspot.com/

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