Gladys deixou um exemplo de consistência, de coerência, de não deixar nunca a luta, essa é sua grande herança, destacou o ex-candidato presidencial Jorge Arrate diante de familiares e representantes do Partido Comunista e de organizações sociais, reunidos no Cemitério Geral de Santiago.

O deputado e presidente do PCCH de Chile, Guillermo Teillier, referiu-se assim mesmo às qualidades da ex-líder política, de sua inteireza e contribuição à unidade dos trabalhadores e da esquerda chilena frente às práticas neoliberais imperantes no país.

Marín faleceu em 6 de março de 2005, depois de ter enfrentado uma dura batalha contra um câncer cerebral detectado um ano e meio antes de sua morte.

Nascida na centro-sul região do Maule, ingressou desde muito jovem às Juventudes Comunistas e como sua secretária geral apoiou ativamente a campanha presidencial de Salvador Allende e posteriormente as tarefas do Governo da Unidade Popular.

Obrigada a exilar-se depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973, regressou a seu país clandestinamente em 1978 para dirigir a Equipe de Direção Interior do Partido Comunista, organização da que foi eleita secretária geral em 1994 e presidenta em 2002.

"Ser comunista é entregar a uma causa, é pensar que a vida vale a pena a viver intensamente. Ou fazê-lo individualmente ou para todos", afirmou em uma oportunidade.

A também ex-candidata presidencial da esquerda chilena ponderou assim o valor da solidariedade internacionalista para outros povos do mundo como Vietnã, Palestina, Nicarágua, Venezuela e Cuba.

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Fonte: Prensa Latina