15-M prepara grande manifestação em Madrid
O movimento espanhol 15-M anunciou esta segunda-feira uma manifestação em Madrid para o próximo domingo, dia 29 de Maio, que irá sair da praça Cibeles às 10h da manhã.
Na reunião também foi debatida e aprovada a proposta para a realização, no mesmo dia, de uma marcha até ao palácio da Zarzuela para pedir ao Rei que se pronuncie sobre a manifestação dos indignados.
Os manifestantes do 15-M consideram que encerraram a semana com um tremendo êxito nas concentrações e nas assembleias organizadas e que agora começaram outra semana "decisiva", tendo decidido prolongar o acampamento "pelo menos" até ao próximo domingo.
Os concentrados sugeriram o estabelecimento de turnos para não esgotarem as forças da manifestação. Decidiram também a divulgação do movimentos aos bairros, aos municípios e à Internet, com o objectivo de dar permanência ao movimento, segundo os organizadores. Porém, ainda não existe consenso sobre a direcção que o movimento deverá ter no médio prazo.
Foram também votadas as propostas dos comerciantes da Porta do Sol que se queixam de quebras nas receitas na ordem dos 50 por cento. Apenas foi aprovada uma das reivindicações dos lojistas: a retirada dos cartazes das montras, mas apenas dos pequenos comerciantes.
A assembleia desta segunda-feira anunciou também que já foram recolhidas 200 mil assinaturas de apoio ao protesto.
As acampadas mantêm-se em muitas outras cidades de Espanha.
“Claro que vamos ficar!”
Decorrerá esta terça-feira, pelas 19 horas, na Praça do Rossio, a 5.ª Assembleia Popular aberta da acampada de Lisboa, no seguimento de decisão aprovada na assembleia do dia anterior. Mais de meio milhar de pessoas responderam sim ao apelo do movimento que, desde quinta-feira, se tem vindo a juntar na Praça do Rossio, em Lisboa, “pela reinvenção da política”.
A assembleia de segunda-feria contou com um debate vivo e participado, durante o qual inúmeras pessoas aproveitaram o “microfone aberto” para dar voz à sua indignação.
Decidiram a criação de uma sala de estudo permanente, no espaço da concentração, que possa servir de base de trabalho a estudantes que desejem permanecer no Rossio durante o dia e a criação de um espaço de apoio a crianças e pais que decidam participar na acção e nas actividades do movimento. Os grupos de trabalho prosseguem.
Os acampados em Lisboa reforçam o apelo a todos os que se identifiquem com o manifesto do movimento no sentido de se juntarem ao mesmo, no Rossio, “trazendo consigo a sua indignação, as suas ideias, os seus sonhos e a sua voz”. Bem como outros apoios logísticos básicos… como água, azeite, geleiras, sacos térmicos, latas de conserva, pratos, copos e talheres reutilizáveis, corda grossa, lonas de tecido e plástico para proteger do sol e da chuva, cavaletes, etc.
No Porto, na Praça da Batalha, a acampada que já dura há quatro dias mantém-se. Têm um espaço de leitura (com jornais diários oferecidos) e de estudo, uma cozinha, uma zona para jogos didácticos e finalmente um local de descanso protegido pelo sol.
______________
Fonte: Esquerda.net