Paisagem surrealista
Paisagem surrealista
Uma lua lunática
oculta-se nas nuvens.
Um vento vadio agita
a cabeleira das árvores.
Um velho ronca,
sentado
em uma cadeira de balanço.
Na rua espandongada
uma tia patética
vai caindo de bêbada.
Ao longe, entre
destroços, vejo
um chevette velho.
Ao lado esgoelam
numa festa brega.
Numa janela esquisita
uma moça feia
come uma salada mista,
enquanto na esquina avista
uma parada cívica..
Êta vida bêsta, Meu Deus!
Brasigóis Felício – Escritor e Jornalista