A formação do ícone Portinari
A mostra No ateliê de Portinari (1920-45) aborda o período de formação do artista plástico.Obras diversas como retratos, cenários do cotidiano de sua cidade natal e raros frutos de uma breve incursão pela arte abstrata estão representados pelas cerca de 90 peças selecionadas.
O primeiro bloco é o da Escola Nacional de Belas-Artes, onde o pintor estuda de 1919 a 1929.. Nessa fase predominam os retratos, como os três do poeta Olegário Mariano. No segundo bloco, a série de retratos que o artista realiza tendo como figura sua mulher, Maria, evidencia a liberdade estilística remete a Amedeo Modigliani, ao Pablo Picasso pré-cubista e a Giorgio de Chirico.
Em Cenas brasileiras, surgem as representações pictóricas de elementos, situações e personagens cotidianos da sua cidade natal, Brodowski, em São Paulo. Obras como Domingo no morro (1935), Paisagem de Brodowski (1940) e Estivador (c. 1934) estão dentre as primeiras incursões de Portinari no universo nacionalista que mais tarde torna-se marca registrada de sua pintura.
Finaliza a exposição uma vertente pouco conhecida e mesmo explorada pelo artista: a abstração. Até mesmo por não acreditar no abstracionismo como expressão eloquente do pensamento do artista, Portinari não se dedicou muito ao gênero, mas alguns de seus estudos e trabalhos, como a série dos quatro elementos (1945), podem ser vistos pelo público.
Serviço
Exposição No ateliê de Portinari (1920-45)
Curadoria: Annateresa Fabris
Abertura: 14 de julho (quinta-feira)
Visitação: 15 de julho a 11 de setembro
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)
De terça a domingo, das 10h às 17h30
Ingresso: R$ 5,50
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Fonte: Terra Magazine