Tempos em que os comunistas são chamados a redobrar o trabalho para cumprir o seu insubstituível papel ao lado dos trabalhadores e do povo, combatendo a exploração, as injustiças, as desigualdades, mas também a resignação, dinamizando a resistência e a luta.

Temos um Partido como nenhum outro, com uma história, força, valores e projecto sem igual. Um partido que não se rende, que assume sempre, mesmo nas mais difíceis condições a linha da frente do combate necessário.

Há quem já faça planos para mil anos a este governo e com este governo – o grande capital económico e financeiro – que tendo nas suas mãos os instrumentos de coordenação e domínio da opinião publicada lhes trata de garantir um estado de graça que não tarda se revelará ter «pés de barro».

Foi assim no passado, será assim no futuro, porque tal como noutras ocasiões com governos de maiores e mais sólidas maiorias se quedaram, pela política que realizaram, perante a acção e a luta dos trabalhadores e do povo.

E se alguns alimentam a esperança de que adocicando a palavra e tornando mole o ambiente com o elogio e a alusão ao Partido responsável e aos dirigentes razoáveis, talvez seja o momento adequado para lhes tornar a dizer e lembrar: não se iludam, jamais saltaremos a barreira, como outros, para o lado de lá. O nosso lugar será sempre deste lado e do lado da trincheira dos que não abdicam de construir uma sociedade alternativa liberta da exploração.

Os tempos que vivemos exigem muita coragem, mas coragem foi o que nunca faltou a este Partido Comunista Português, a este grande colectivo, aos militantes do Partido e da Juventude Comunista Portuguesa.

É com essa coragem e com a confiança que ela nos dá que vamos em frente com a luta pela democracia avançada, por um Portugal de progresso, tendo sempre no horizonte a perspectiva do socialismo.

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Comício no Cinema S. Jorge, Lisboa, 08.06.11

Fonte: jornal Avante!