“Além de ser o maior evento esportivo militar, é o terceiro maior evento esportivo do mundo, depois das Olimpíadas e da Copa. Por isso é, sim, uma preparação para a Copa e para as Olimpíadas, que vão se realizar no Brasil”, afirmou a presidenta.

E prosseguiu: “Os Jogos Mundiais Militares estão reunindo nesta semana, no Rio de Janeiro, mais de seis mil atletas, vindos de 113 países. Por isso, construímos e reformamos centros esportivos onde vão ocorrer provas de 20 modalidades, como o atletismo, o judô, a natação, o vôlei, por exemplo. Montamos uma estrutura de primeira qualidade, tudo para garantir as melhores condições para os atletas e para receber bem os turistas que vão acompanhar as competições. Temos certeza de que eles vão levar do Brasil a lembrança de um povo que sabe acolher com alegria e de um país que investe e acredita no esporte. E o lema que encontramos para os Jogos deste ano é muito representativo desse espírito do brasileiro: são os Jogos da Paz.”

A presidenta contou também que, para assegurar a realização do evento esportivo, foi necessário “um esforço que exigiu a união de forças civis e militares, que trabalharam juntas para erguer os centros esportivos e três vilas, com apartamentos, onde ficarão os atletas. Só na construção dessas vilas geramos mais de sete mil empregos diretos. Ao todo, estamos gerando, em todas essas obras, mais de 25 mil empregos”.

Em seguida, o apresentador do programa, Luciano Seixas, abordou a construção de cinco submarinos na Nuclep, em Itaguaí (RJ), em parceria com a França. Ele quis saber sobre a vantagem que o Brasil terá a partir desse empreendimento. “Olha, Luciano, tem várias vantagens. A primeira é que o Brasil passa a fazer parte do pequeno grupo de países que têm conhecimento e tecnologia para construir submarinos. A capacidade de produzir submarinos é fator estratégico, tanto para a defesa do país quanto para o crescimento econômico”, disse.

“Quando fizemos o acordo com o governo francês para a construção desses submarinos, em 2008, durante o governo do presidente Lula, uma das condições que colocamos foi a de que os profissionais brasileiros pudessem aprender com os franceses como se faz todo o submarino. Não queríamos apenas comprá-los, queríamos aprender a construir os submarinos, construindo-os. E depois de fazer quatro submarinos convencionais, a diesel, nós estaremos prontos para desenvolver, sozinhos, um submarino movido por energia nuclear.”

Segundo a presidenta Dilma, não será apenas a indústria naval que vai ganhar com o projeto de construção dos submarinos. Cada submarino, conforme explicou, a ser fabricado no país contará com mais de 36 mil itens, produzidos por 30 empresas brasileiras. “A fabricação desses produtos”, informou, “vai exigir mão de obra qualificada. E aí entra mais uma vantagem: somente as obras de construção do estaleiro e da base naval, por exemplo, vão garantir mais de nove mil empregos diretos e outros 27 mil empregos indiretos. E na fase de construção dos submarinos a previsão é de que sejam criados em torno de dois mil empregos diretos e oito mil empregos indiretos permanentes.”

Ela disse também que, numa outra frente, os equipamentos quando estiverem à disposição das Forças Armadas irão assegurar a soberania nacional. “Nós sabemos, Luciano, que o Brasil é um país pacífico”, contou. E prosseguiu: “A paz e o diálogo sempre foram marcas nossas, e sempre teremos claro que é importante desestimular qualquer espírito de agressão. Mas soberania é soberania, e ter o submarino é uma garantia de soberania, porque a principal via de circulação do nosso comércio exterior é o mar. E não podemos nos esquecer do pré-sal, Luciano, uma riqueza incalculável que temos nos nossos mares e que precisa ser protegida como um tesouro. Esses submarinos vão nos ajudar a cuidar dessa riqueza.”

Luciano Seixas indagou sobre se o submarino nuclear torna mais eficaz essa patrulha. Ela informou que, com certeza, torna o patrulhamento mais eficaz, pois trata-se de equipamento mais veloz do que os submarinos movidos a diesel. E outra vantagem: e pode ficar meses submerso, sem que ninguém saiba onde ele está.

“Isso dá uma vantagem enorme para a nossa defesa. Essa tecnologia que estamos desenvolvendo aqui é dominada por pouquíssimos países. Somente a China, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a Rússia detêm esse domínio. Em breve, o Brasil estará nessa lista.”

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Fonte: Blog do Planalto