O noticiário da Nova China – na realidade um editorial – prosseguiu lembrando que "a China é o maior credor da única superpotência do mundo e tem agora qualquer direito para exigir dos EUA para que se ocupem com os problemas estruturais de sua dívida. Deverá ser constituída supervisão internacional com relação à questão dos dólares norte-americanos e uma nova, estável e segura moeda mundial para reservas cambiais poderia, igualmente, constituir-se uma opção, a fim de se evitar o desafio de uma catástrofe por um único país".

"A reclassificação da capacidade de endividamento dos EUA pela agência Standard & Poor"s poderá aumentar a incerteza nos mercados de capitais", declarou Cezar Purissima, ministro das Finanças das Filipinas, "a não ser que os EUA se ocupem com suas questões fundamentais. Creio que podemos ter ingressado em uma época de mercados menos previsíveis e estáveis". E finalizou: "É provável que a reclassificação norte-americana desacelere mais a economia mundial."

Curiosamente, pouco mais tarde o Banco Central das Filipinas divulgou comunicado oficial garantindo que continuará investindo em bônus norte-americanos. "Vários continuam considerando o mercado norte-americano de bônus como um paraíso seguro", concluiu.

As reações da Índia foram contidas. "Não creio que a Índia será muito afetada pela reclassificação, além do nervosismo provisório do mercados. Os EUA deverão mostrar que dispõem de um plano confiável de estabilidade fiscal, porque está claro que o recente acordo não é suficiente", declarou Su Rangarahan, chefe do grupo de conselheiros econômicos do primeiro-ministro da Índia, acrescentando que "o crescimento da Índia atingirá 8,2% neste ano fiscal".

O Governo do Japão interveio no mercado de câmbio para desvalorizar o iene, que havia atingido sua maior cotação contra o dólar desde a Segunda Guerra Mundial. Yioshihiko Noda, ministro das Finanças, declarou que "a intervenção das autoridades foi decidida a fim de serem enfrentadas as ações dos especuladores que elevaram a moeda a nível excessivo".

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Fonte: Monitor Mercantil