Meses de debates em nível nacional precederam o nascimento do novo organismo, o qual gera expectativas por suas projeções.

A propósito da pasta estabelecida e do palco que a rodeia, Prensa Latina conversou com seu titular, Mari Pili Hernández.

Para a ministra, a decisão demonstra o interesse do Governo, e em particular do presidente Chávez, em desenvolver políticas especiais para o tema juvenil.

"Estamos diante de uma visão integral, porque até agora o tratamento aos jovens se concentrava de maneira prioritária nos estudantes, sem assumir que é um setor bem mais amplo, conformado ademais por trabalhadores, desportistas, camponeses, indígenas, militares e artistas, em fim, uma grande diversidade", apontou.

De acordo com Hernández, essencial em seu gerenciamento será garantir a participação da juventude nas transformações políticas e sócio-econômicas em curso.

Isso passa por orientar o trabalho para o social, para que ninguém fique excluído e sem a oportunidade de ser protagonista das mudanças, disse nesta capital.

A servidora pública estimou necessária a inclusão, a partir de problemas presentes na sociedade venezuelana, os quais o Governo considera herança da chamada quarta república (período compreendido entre 1958 e 1998).

Temos ainda jovens em situações de vulnerabilidade, como mães adolescentes e pessoas que têm tido contato com as drogas e a violência, além de portadores de incapacidades e outros a quem queremos reinserir, comentou.

Precisamente programas dirigidos para essa direção, os primeiros do novo Ministério, contaram há dias com o visto bom de Chávez e sua aprovação de financiamento por 10 milhões de bolívares (2,3 milhões de dólares).

O mandatário reconheceu à ministra Hernández pela iniciativa e o cálculo dos recursos requeridos.

FERRAMENTAS PARA A INCLUSÃO

Segundo a titular, nas transformações jogarão um importante papel ativistas que denominou o voluntariado jovem.

Eles serão os melhores jovens do país em nossos liceus, universidades, centros de trabalho, comunidades e a sociedade em general, defendeu durante a entrevista concedida a Prensa Latina.

"Sua missão consistirá em buscar, identificar, guiar e acompanhar àqueles em situação de vulnerabilidad, para incorporar à batalha por construir a pátria nova", expôs.

Para Hernández, o voluntariado deve entender que significa ser socialista, e como tal deve se preparar e se formar.

A ministra para a Juventude considerou outra ferramenta chave em seu gerenciamento o Projeto Nacional Simón Bolívar.

Ali estão os alinhamentos estratégicos de Venezuela, resumidos como a ética revolucionária e humanista.

"Nosso esforço é seguir desenvolvendo esses valores na juventude, e sobre seus alicerces garantir o protagonismo do setor nas mudanças", afirmou.

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Fonte: Prensa Latina