Ócios do ofício
Ócios do ofício
Enquanto plantas encobrem seus nervos
no minério profundo da terra,
o ócio exibe seus vagabundos pelas praças.
Por dentro, corpos inquietos, micróbios acesos,
bactérias trovoadas.
Verbo camaleado, engenhoso, ilusório.
Meu parecer é arenoso, imperfeito,
possui rugas rarefeitas pela altitude do tempo.
Mourão, mourão…
Não me leve os dentes, não.
Que move certo grau de sonhamentos,
meu mastigar.
E palavras que se registram pelas calçadas,
dobradiças, frestas das portas,
pelos cálculos da poesia.
Marta Eugênia
Professora de Língua Portuguesa
http://eugenico.blogspot.com