A publicação cubana Opciones destacou que, no âmbito do petróleo, o país permite a entrada de capitais estrangeiros em “contratos de risco na exploração da zona econômica exclusiva de Cuba no Golfo do México e em terras e águas rasas, para ampliar a produção e recuperação de poços já explorados”.
  
Em julho deste ano, a Secretaria Nacional de Estatísticas (ONE, na sigla em espanhol) de Cuba anunciou que o país buscava sua autossuficiência energética por meio de um programa cujo ponto principal era o aumento da extração do petróleo nacional.
  
O jornal ainda destacou que, no marco do turismo, o capital estrangeiro pode ser direcionado à administração hoteleira e em investimentos para o “desenvolvimento imobiliário ligado a campos de golf”.
  
O turismo é um dos setores econômicos mais rentáveis da ilha, e calcula-se que Cuba receba um lucro de US$ 2 bilhões anuais com as visitas (cerca de R$ 3,74 bilhões). Entre os atrativos do país está a prática do esporte e um programa prevê a construção de cerca de 20 campos nos quais companhias da Grã-Bretanha e da Espanha poderiam participar.
  
As empresas estrangeiras ainda poderão assinar “contratos de alto risco para o reconhecimento e a investigação geológica de metais preciosos (ouro e prata)”, entre outros, como cobre, chumbo e zinco, acrescentou a publicação.
  
Desde que assumiu o governo, em 2008, Raúl vem tomando uma série de medidas econômicas que pretendem aumentar o peso da iniciativa privada no país. Essas reformas têm como objetivo “atualizar” o socialismo cubano.
  
Desta forma, a entrada de capital estrangeiro no país pode se dar por meio de empresas mistas, contratos de associação econômica internacional, de produção cooperada (bens e serviços), de administração (de produtos e serviços) e de administração hoteleira.

Fonte: Opera Mundi