Os países europeus também resolveram se alinhar aos Estados Unidos e congelar uma série de bens e ativos do Banco Central do Irã. Ainda nesta segunda-feira, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia assinarão o pacto de forma oficial.

Ao chegar ao encontro, realizado na sede da UE em Bruxelas (Bélgica), a chefe da diplomacia europeia, a britânica Catherine Ashton, afirmou que a intenção é fazer com que o Irã volte para a mesa de negociações e abra seu programa nuclear para observadores estrangeiros.

No Irã, as medidas são vistas como potencial declaração de hostilidade. Países da UE compram cerca de 20% de toda a produção de petróleo do Irã e, com as novas sanções, ficará ainda mais difícil para Teerã encontrar novos compradores para seu óleo. O bloqueio terá impacto nas receitas de petróleo iranianas, que são fundamentais para garantir a estabilidade do regime do aiatolá Ali Khamenei.

Diante das ameaças, diversos líderes militares do Irã falaram abertamente em fechar o Estreito de Ormuz — uma rota estratégica no Golfo Pérsico por onde passa boa parte da produção de petróleo mundial. Os Estados Unidos, cuja 5ª Frota Naval é baseada no Bahrein, acusaram o golpe e afirmaram que o bloqueio naval “não seria tolerado”. Também nesta segunda-feira, o porta-aviões americano USS Abraham Lincoln cruzou o Estreito de Ormuz, acompanhado de uma fragata britânica e um navio de guerra francês.

Da Redação, com informações do O Filtro