Nossa Política: A União Soviética, Força Fundamental da Paz, da Democracia
Mais uma vez, a 7 de novembro, a humanidade progressista irá comemorar, como sua festa máxima, o acontecimento histórico mais importante de todos os tempos: a revolução bolchevique de 1917, que transformou a atrasada Rússia dos tzares numa invencível potência socialista, a gloriosa União Soviética.
Cada ano que passa faz crescer no coração dos povos a gratidão pelo proletariado russo, que, sob a direção do seu Partido Comunista, tão caro às massas trabalhadoras, foi a vanguarda daquela revolução e assim se colocou nos cimos da mais alta criação histórica.
Cada ano que passa agiganta na admiração dos povos as figuras de Lênin e Stálin, chefes geniais do proletariado russo e condutores de toda a humanidade na mais profunda transformação social que já viveu desde que existe.
De 7 de novembro de 1953 a 7 de novembro de 1954, novas vitórias de imenso alcance assinalou a União Soviética e, com ela, a causa de toda a humanidade progressista, a causa da paz, da independência nacional e do socialismo.
A economia soviética, alicerçada sobre bases socialistas, floresce ininterruptamente, demonstrando, com o seu ritmo de crescimento nunca visto, sua imensa superioridade. No mundo capitalista, acumulam-se as dificuldade econômicas e mais penosa se torna a vida das massas. Na União Soviética, é todo o contrário o que sucede. Durante os três primeiros anos de execução do Quinto Plano Qüinqüenal, a produção industrial soviética cresceu de 45%. A produção de meios de produção cresceu de 46% e a produção de bens de consumo cresceu de 43%. Este aumento do volume de produção se refletiu no aumento das rendas da população. Os salários reais dos operários e empregados subiram de 30% e as rendas dos camponeses cresceram de 34%.
A origem destes êxitos está na estrutura socialista da economia soviética e no trabalho pacífico e criador que desenvolvem os povos soviéticos, solidamente unidos em torno do seu guia clarividente, o Partido Comunista da União Soviética. Impulsionados por forças-motrizes novas, como a unidade moral e política de toda a sociedade, o patriotismo soviético e a amizade entre os povos, os homens e mulheres da União Soviética vivem, como afirma o camarada Malenkov, numa «atmosfera de otimismo, confiança e pacífico trabalho criador.».
Enquanto no mundo capitalista lavra a histeria guerreira, que exaure a economia de cada nação com a corrida armamentista, a União Soviética realiza façanhas cada vez maiores no domínio do trabalho produtivo para beneficiar as massas. Imensas extensões de terra virgem foram, em pouco tempo, incorporadas ao cultivo agrícola. E, este ano, pela primeira vez na história da humanidade, graças à ciência e à técnica soviéticas, uma central de força, para fins industriais, foi instalada à base de energia atômica.
O governo soviético demonstra com fatos irrefutáveis seu empenho em elevar o bem-estar da população. A produção de bens de consumo recebe particular atenção, crescendo rapidamente e melhorando sua qualidade. No ano de 1954, o crescimento do volume de bens de consumo deverá atingir 65% e o seu comércio deverá subir em 70%. Assim é que os objetivos do Quinto Plano Qüinqüenal, no que se refere à produção de bens de consumo e ao comércio, serão atingidos em quatro anos.
Enquanto na União Soviética somente 17% do orçamento são gastos para fins militares, nos Estados Unidos a corrida armamentista absorve 64% do orçamento. A política belicista do governo dos Estados Unidos aumenta os sofrimentos do povo norte-americano e envenena a atmosfera social, como diz o camarada Malenkov, «por um sentimento de medo, terror e desânimo.»
À passagem da imortal data de 7 de novembro, os povos do mundo inteiro saúdam os grandiosos êxitos da União Soviética na construção e no desenvolvimento de uma economia inteiramente voltada para o bem-estar das massas. Os povos do mundo inteiro têm consciência de que o fortalecimento da União Soviética é essencial para a causa da paz, e se sentem estimulados pelo seu nobre e incomparável exemplo para lutar, com mais afinco ainda, por um futuro de segurança e felicidade par o gênero humano.
O ano que passou foi rico de acontecimentos que comprovaram, diante das massas profundas de pessoas simples de todos os continentes, o papel benfazejo desempenhado pela União Soviética no cenário internacional.
Graças à atuação infatigável da União Soviética, levando de vencida os círculos agressivos do campo imperialista, uma sensível diminuição da tensão internacional foi alcançada. Os esforços da União Soviética, da China Popular e dos demais países do campo da paz e da democracia, vigorosamente apoiados pelo movimento mundial dos partidários da paz, cuja importância histórica é sem precedentes, lograram extinguir os focos de guerra na Coréia e na Indochina. Apesar das raivosas provocações dos Eisenhower e Foster Dulles, executores da canibalesca política dos monopólios de Wall Street, pela primeira vez em muitos anos não se verificam, em qualquer parte do globo, as tétricas cenas de carnificina guerreiras. Embora se avolumem as ameaças de novas agressões, o fato é que, neste momento, não se ouve mais o sinistro brandir das armas. E isto a humanidade deve, antes de tudo, à ação eficaz e incansável da União Soviética em prol da causa da paz.
As Conferências de Berlim e de Genebra demonstraram, sem margem para contestações, que do lado da União Soviética e dos países da democracia-popular há, como sempre houve, a máxima boa-vontade para discutir e chegar a acordos úteis à consolidação da paz mundial e ao incremento da cooperação internacional.
A política exterior soviética se atém firmemente a tese leninista de que é possível a coexistência e a competição pacífica entre os sistemas socialista e capitalista e de que, por conseguinte, nenhuma divergência de ordem internacional existe que não possa ser resolvida por meios pacíficos.
O exemplo da União Soviética, comprovado em todos os acontecimentos que prendem a atenção da opinião pública mundial, inspira a luta dos povos pela paz. Esta luta se tornou uma poderosa força-motriz em nosso tempo, luta que marca a vida das nações em muitas partes do globo. Eis porque obtiveram a mais calorosa aprovação as palavras do camarada Malenkov na última sessão plenária do Soviét Supremo:
«A humanidade progressista vê e sabe que os esforços da União Soviética, da República Popular da China e das democracias-populares desempenharam uma parte importante na atenuação da tensão internacional. A política da União Soviética, destinada a fortalecer a paz, ganhou, por isso, a grande confiança dos povos amantes da paz. Guardamos esta confiança como um bem sagrado. Sabemos que ela constitui nosso mais precioso capital moral,.».
Os povos sabem que a União Soviética persevera, inflexível e vigilantemente, em guarda pela paz.
O imperialismo norte-americano não desiste dos seus planos de desencadeamento de uma terceira guerra mundial. O imperialismo norte-americano comete novas agressões à soberania das nações e procura reacender na Alemanha Ocidental e no Japão novos focos de guerra. Após a rejeição da chamada Comunidade Européia de Defesa na Assembléia Francesa, o imperialismo americano tenta atingir o mesmo objetivo por outras vias, através das conversações das potências ocidentais em Londres. A remilitarização da Alemanha Ocidental, que é o a que visam tais conversações, significará um passo da maior gravidade no sentido do desencadeamento de uma terceira guerra mundial.
A União Soviética se bate incansavelmente pela solução pacífica e democrática do problema alemão, vital para a segurança da Europa e, por conseqüência, de todo o mundo. A União Soviética exige, ao mesmo tempo, que os direitos da grande República Popular da China sejam plenamente reconhecidos, na sua condição de potência de primeiro plano e de baluarte da paz na Ásia. A União Soviética se bate pela redução dos armamentos e pela proibição das armas atômicas. São reconhecidos por todas as pessoas honestas, das mais variadas tendências, os esforços da União Soviética para fortalecer os laços comerciais e culturais com todas as nações, sem qualquer espécie de discriminação. A União Soviética defende, em cada caso, quer se trate da Indo-China ou da Guatemala, o direito das nações à sua soberania e independência.
Na passagem do 37º aniversário do seu surgimento, a União Soviética resplende como nunca no seu grandioso papel histórico. De toda parte uma só é a mensagem de carinho e gratidão das massas trabalhadoras e dos homens progressistas aos povos heróicos que, tendo à frente o glorioso povo russo, cumpriram a 7 de novembro de 1917 a reviravolta mais importante na História da humanidade.
O povo brasileiro, em oposição completa aos lacaios do imperialismo norte-americano, que o governam, se une a todos os povos no mesmo sentimento de amor à União Soviética. O povo brasileiro aprende, com os fatos da sua própria vida nacional e com os acontecimentos da política internacional, que os inimigos da União Soviética são os seus próprios inimigos. A histórica proclamação de Prestes, em 1946, de que nós, brasileiros, jamais faremos a guerra à União Soviética, se aprofunda cada vez mais na consciência das massas e se transforma numa força material, que os vis governantes do país são abrigados a levar em conta. Este amor à União Soviética tem sido um dos fatores determinantes da resoluta posição do povo brasileiro em favor da paz, frustrando as tentativas dos incendiários de guerra de arrastá-lo a carnificinas como a que os americanos provocaram na Coréia. As vastas massas do povo brasileiro, às quais se juntam personalidades representativas de diversas correntes políticas e das mais ponderáveis esferas da economia e da intelectualidade, exigem, com vigor crescente, o reatamento das relações diplomáticas, comerciais e culturais com a União Soviética, reatamento que trará os maiores benefícios ao progresso e à independência de nossa Pátria.
Os comunistas brasileiros não admitem qualquer espécie de transigência na sua ilimitada fidelidade ao glorioso Partido Comunista da União Soviética. Esta fidelidade tem sido o penhor mais seguro dos êxitos do nosso Partido. Com a P.C.U.S. aprendemos que não se pode pensar sequer na direção das massas e na revolução sem zelar pelo Partido, sem forjá-lo como estado-maior do proletariado e guia de todo o povo. O Partido Comunista da União Soviética nos dá uma perene lição de marxismo atuante, de capacidade para levar as massas a realizar tarefas históricas fundamentais, de clarividência política — que só pode advir do perfeito domínio das leis objetivas da vida social —, de firmeza e de heroísmo, servindo inflexivelmente aos interesses do povo.
A força do Partido — ensina-nos o P.C.U.S. — está na unidade das suas fileiras, no domínio da teoria marxista-leninista e nos seus laços indissolúveis com as massas.
Neste ano que na história de nosso Partido se assinala pelo Programa e pelos novos Estatutos, é com profundo amor que agradecemos tudo o que aprendemos do Partido Comunista da União Soviética, particular, da sábia direção coletiva que é o seu glorioso Comitê Central.
Neste novo 7 de novembro, os comunistas brasileiros, à frente dos trabalhadores e de todo o povo reafirmam sua fidelidade sem limites ao Partido Comunista da União Soviética, dirigente da revolução de 1917, guardião da imortal doutrina de Marx, Engels, Lênin e Stálin, inspirador e guia do movimento operário internacional, fanal de toda a humanidade progressista.