É o caso de Marcio Pochmann, doutor em economia e professor livre-docente licenciado da Unicamp. Segundo Pochmann – que exerce hoje o cargo de presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) –, as nove décadas do PCdoB sobressaem num país em que “a democracia não se tornou uma tradição”.

“O Brasil ainda não registra meio século de experiência democrática. Tampouco se observa a presença de instituições de representação de interesses políticos que chegam perto de um século de existência”, diz ele. “Em seus 90 anos, o compromisso com o regime democrático foi uma constante no PCdoB, não obstante o encargo sentido pelos anos de autoritarismo. Da mesma forma, a almejada sociedade superior faz parte de sua contribuição inegável as transformações progressistas que fazem parte da trajetória do país desde o início do século 20. Viva a democracia. Viva o PCdoB.”

Ex-secretário estadual da Fazenda de São Paulo e também professor livre-docente do Instituto de Economia da Unicamp, Frederico Mazzucchelli saudou igualmente o aniversário do partido. “Cumprimento o PCdoB em seus 90 anos de existência. A marca distintiva do PCdoB é a permanente luta em prol do aprofundamento da democracia, da justiça social e do progresso econômico em nosso país. Parabéns!”

Outro professor da Unicamp que associa a existência do PCdoB e os rumos do Brasil é José Carlos Braga, doutor em Ciências Econômicas e autor de “Temporalidade da Riqueza – Teoria da Dinâmica e Financeirização do Capitalismo. Na opinião de Braga, “os 90 anos do PCdoB estimulam o debate e a busca política pela construção de uma civilização no País”.


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