O “Décimo Segundo Plano Quinquenal sobre o Desenvolvimento da População Nacional” define a rota, objetivo e prioridade do trabalho sobre a política demográfica do país antes de 2015. De acordo com o plano, durante o período de 2011 a 2015, o desenvolvimento sócio-econômico da China continuará enfrentando a pressão causada pelo aumento da população, com destaque para o impacto demográfico à economia e ao meio-ambiente. No entanto, o país pretende manter a baixa taxa de natalidade e controlar a população geral dentro de um bilhão e 390 milhões.

Para o pesquisador do Instituto de População e Economia Laboral da Academia de Ciência Social da China, Zhang Yi, com o ritmo atual de crescimento demográfico, não há dúvida que o país alcançará a meta.

“A redução da taxa de nascimento é atribuída a dois fatores: adoção da política de planejamento familiar e desenvolvimento sócio-econômico. Partindo do mundo inteiro, com a elevação do nível da urbanização e escolaridade, a taxa de nascimento pode ser reduzida, como aconteceu no Japão, Coréia do Sul e Alemanha.”

Segundo dados do Plano, entre 2005 e 2010, a taxa de natalidade da China se manteve abaixo de 1,8%, enquanto a taxa de aumento demográfico, dentro de 0,6%. Até o fim de 2010, a população chinesa era de um bilhão e 340 milhões.

O documento ressalta que, daqui para frente, a China vai continuar melhorando as políticas sócio-econômicas relativas ao baixo nível de nascimento, colocando em prática benefícios às famílias que tenham um filho só. A China vai elaborar políticas favoráveis a essas famílias nas áreas de emprego, seguro social, combate à pobreza e compensação na expropriação de terra.

A taxa de urbanização vai ser elevada, com uma distribuição demográfica mais racional. Ao mesmo tempo, o governo chinês vai estimular a criação de empregos e controlar a taxa de desocupados dentro de 5%. Para Zhang Yi, a chave no estímulo à urbanização é resolver o problema dos trabalhadores imigrantes.

“A pobreza e discriminação dos trabalhadores imigrantes geram influências negativas à estabilidade social da China. Só quando eles forem civilizadamente tratados como cidadãos, sobretudo na saúde, educação e seguro de idosos, vamos ter a igualdade verdadeira.”

Influenciado pelo conceito tradicional, o desequilíbrio no sexo dos recém-nascidos vem sendo alto. De acordo com dados do sexto censo demográfico, realizado no ano passado, a diferença entre o nascimento de meninos e meninas é de 118 para 100. O desequilíbrio do sexo é considerado um obstáculo ao desenvolvimento social. O plano indica que a China vai continuar combatendo a identificação do sexo e o aborto opcional por causa do sexo, para melhorar a proporção entre homens e mulheres até 2015.

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Fonte: Rádio Internacional da China