Unioeste e Fundação Maurício Grabois iniciam cooperação
As tratativas tiveram início no último dia 8 de maio, quando o jornalista e escritor paranaense Luiz Manfredini, que representa a Fundação Maurício Grabois no Estado, avistou-se com o reitor Paulo Sérgio Wolff em Cascavel, cidade sede da universidade.
Criada em 1994, a Unioeste é uma universidade regional multicampi que abrange o Oeste e o Sudoeste do Paraná, regiões de grande dinamismo sócio-econômico, com cerca de dois milhões de habitantes, que se destacam no País pela agricultura e pecuária altamente desenvolvidas, além de um extenso parque agroindustrial e um diversificado setor de serviços. Com campus em Cascavel (centro geográfico do Mercosul), Foz do Iguaçu, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão, a Unioeste desempenha importante papel de integração, de difusão do conhecimento e de promoção do desenvolvimento regional. São mais de 1.200 professores e dez mil alunos distribuídos em 68 turmas de graduação, 37 cursos de especialização, 19 de mestrado e três de doutorado.
Cooperação
No encontro, que teve a participação da professora Líliam Faria Porto Borges, pró-reitora de graduação, Luiz Manfredini entregou ao reitor Paulo Sérgio Wolff publicações editadas pela Fundação e expôs a natureza, objetivos e a atuação da fundação como espaço de confluência, articulação e difusão do pensamento marxista e progressista, com destaque para a cooperação científica entre ela e diversas universidades brasileiras. Wolff manifestou interesse pela cooperação e determinou à Pró-Reitoria de Graduação que, em entendimentos com a Fundação, passe a trabalhar no detalhamento da parceria. Uma primeira idéia destaca o tema do meio ambiente, aproveitando-se o início do curso de Engenharia Ambiental no âmbito da universidade paranaense.
No dia anterior, Luiz Manfredini proferiu palestra na Unioeste, a convite do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) e do Colegiado de Pedagogia do Campus de Cascavel. “Memória de neblina” e “As moças de Minas”: história e ficção sobre a ditadura foi o tema abordado por Manfredini, cujo título faz menção a dois livros por ele publicados (e oferecidos ao público local) abordando os sonhos e pesadelos dos anos de chumbo no Brasil e as circunstâncias dramáticas que tangeram a juventude da época a enfrentar a ditadura militar que imperou no Brasil entre 1964 e 1985.
Segundo Manfredini, o diálogo com a Unioeste foi o passo inicial de um projeto de implantação da Fundação Maurício Grabois no Paraná, que dá ênfase à relação com as universidades. Já estão sendo programados encontros com as direções da Universidade Latino-Americana, em Foz do Iguaçu, a Universidade Estadual de Maringá e a Universidade Federal do Paraná. “As universidades são, na atualidade, os grandes centros de produção do conhecimento e, portanto, estratégicas no processo de reflexão e maturação de propostas para o Brasil e o mundo”, afirmou o escritor.