Maria das Graças Ivonete de Jesus Bispo
Fale um pouco da sua militância.
Venho de uma história de luta pela reforma urbana. No movimento comunitário faço um recorte. Luto pela qualidade de vida do ser humano. Não lutamos apenas por moradia, para ter uma casa. Dentro desse teto precisa haver qualidade: saneamento, lazer, escola, creche…
Como você essa Conferência organizada pelo PCdoB?
É muito importante, porque o PCdoB é um partido de qualidade, que se preocupa com os quadros, com as mulheres, com a nossa luta. Em outros partidos não se vê isso, não se vê a discussão. E não é só isso: vejo como diferencial a questão das mulheres colocada com o recorte de gênero, para que também os homens participem. Isso é muito importante. Por isso, nosso Partido sai na frente com tudo.
Essa é uma bandeira antiga do Partido Comunista do Brasil…
É uma bandeira antiga e, como a luta, construída. Estamos avançando muito. Ainda digo que precisamos avançar mais. Mas essa Conferência começou com a seção municipal, que foi maravilhosa, a estadual, também com muito sucesso, e agora a nacional. Agora, em algumas questões precisamos pontuar o que queremos para ser mais rápida a nossa luta na questão da mulher.
O que, por exemplo?
Por exemplo, nós discutimos políticas públicas para as mulheres. Estamos lutando por políticas públicas, temos várias ações na questão da mulher, mas em suas lutas as mulheres ainda têm um atraso não pela nossa luta, mas pelo governo, por alguma fragilidade, como a questão da violência. Ela não está diminuindo, pelo. Estamos tendo coragem para denunciar, mas é preciso melhorar essa questão. Precisamos frear isso. E há outras questões em que precisamos avançar mais. A qualidade de vida, a saúde da
Mulher…
Mesmo dentro do PCdoB existem influências da sociedade que está entranhada nos homens e nas mulheres…
Não é de uma hora para outra que vamos acabar com isso. Primeiro, é um processo longo. É um processo difícil. É um processo do qual as mulheres que nele estão inseridas têm consciência. Mas alguns comunistas não têm consciência da luta que estamos fazendo. Não conseguimos atingir todas as mulheres comunistas, porque há um processo de dificuldade. Mas, no geral, no avanço dentro do Partido estamos bem.