1. Balanço Fundamental do V Plano Quinquenal no Domínio da Indústria

Durante o quinto quinquênio, o Partido conseguiu um novo e poderoso ascenso de todos os ramos da indústria, é sabido que, no que se refere à indústria, o Quinto Plano Quinquenal foi cumprido com antecipação: em quatro anos e quatro meses.

As cifras seguintes exprimem o aumento da produção industrial de 1951 a 1955:

Aumentou consideravelmente a produção de metal, de combustível, de energia elétrica e a de outros importantíssimos ramos da indústria pesada. Eis os dados correspondentes:

Durante o quinto quinquênio o ritmo mais acelerado de desenvolvimento observou-se na construção de maquinaria. A produção global das empresas de construção de máquinas e de elaboração de metais aumentou em 1955 em 2,2 vezes em relação a 1950 e em 4,7 vezes em comparação com 1940.

Ao mesmo tempo que a produção de meios de produção, aumenta de ano para ano a produção de artigos de consumo popular. Citarei alguns dados:

Graças às vantagens do sistema socialista de economia, nosso país, em emulação econômica com o capitalismo, incrementa sua produção em um ritmo incomensuravelmente superior ao dos países capitalistas mais adiantados. Por exemplo, o ritmo médio anual de aumento da produção da indústria soviética durante o último quinquênio superou em mais do triplo o dos Estados Unidos e em 3,8 vezes o da Inglaterra.

Na União Soviética aumenta sistematicamente a produção per capita. Durante o quinto quinquênio, esse aumento em diferentes ramos foi o seguinte: ferro fundido, 60%; aço, 52%; hulha, 37%; petróleo, 72%; energia elétrica, 71%; tecidos de algodão, 40%; tecidos de lã, 48% e açúcar, 24%. Mas no que diz respeito ao nível de produção per capita ainda estamos atrás dos principais países capitalistas. Ainda serão necessários não poucos esforços para resolver a tarefa econômica fundamental: alcançar e ultrapassar o nível da produção per capita dos países capitalistas mais desenvolvidos.

Durante o quinto quinquênio as inversões de fundos básicos na indústria aumentaram em 94% em relação ao quarto quinquênio. Dentre estas, na construção de centrais elétricas, em 3,4 vezes; na indústria petrolífera, em 2,3 vezes; na siderurgia e na metalurgia não ferrosa, em 1,8 vezes; na indústria química, em 1,8 vezes; na indústria de construção de maquinaria, em 1,7 vezes; na produção de materiais de construção, de madeira e de papel, em 2,2 vezes, e nas indústrias leve e de alimentação, em 1,5 vezes.

Em 1955, a produtividade do trabalho na indústria ultrapassou quase o dobro do nível de antes da guerra. Durante o quinto quinquênio, mais de duas terças partes do aumento geral da produção industrial foram obtidas graças à elevação da produtividade do trabalho. O custo da produção industrial foi reduzido, durante o quinto quinquênio, em 23%. Melhorou a qualidade da produção, ampliando-se sua variedade.

Camaradas:

Pelos dados expostos vê-se que nosso partido e o povo soviético, durante o período de que prestamos conta, conseguiram um novo e poderoso ascenso da economia nacional, um desenvolvimento constante da indústria pesada e, na base disto, um ascenso da agricultura e das indústrias leve e de alimentação. A União Soviética deu um novo e grande passo à frente no caminho da transição gradual do socialismo ao comunismo. (Prolongados aplausos.)

A indústria da União Soviética entra no sexto quinquênio com muito mais possibilidades potenciais do que antes para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento sucessivo da produção. Hoje podemos atribuir à indústria tarefas maiores e qualitativamente novas, cujo cumprimento permitirá robustecer mais ainda o poderio econômico do país e continuar elevando o bem-estar do nosso povo.

O Comitê Central do Partido levou a cabo, neste período, importantes medidas destinadas a melhorar o trabalho da indústria e, em primeiro lugar, a nela aplicar os novíssimos adiantamentos da ciência e da técnica. Por que chamou o Comitê Central a atenção do Partido e do povo precisamente para estas questões?

Trata-se de que os êxitos de nossa indústria subiram à cabeça de alguns dirigentes da economia e do Partido, suscitaram neles a vangloria e a auto-satisfação, dando lugar em alguns casos a um menosprezo da necessidade de aperfeiçoar constantemente a produção e de nela aplicar os mais modernos adiantamentos da ciência e da técnica da URSS e do estrangeiro. Permanecem entre nós não poucos “homens fossilizados” que fogem a tudo o que é novo e avançado. O funcionário mumificado raciocina assim: “Que necessidade tenho eu de meter-me nisso? Arranjarei muitas preocupações e, quem sabe lá, talvez dissabores. Fala-se em aperfeiçoar a produção. Vale a pena quebrar a cabeça por uma coisa dessas? Que pensem os de cima, que pensem os chefes. Quando houver indicações, então veremos”. E outros, inclusive depois de receber indicações, consagram suas energias sobretudo a evitar o trabalho vivo, a sair pela tangente.

Maiacovski ridicularizava com agudez os dirigentes deste tipo:

Grudado
à sua própria
poltrona,
Não enxerga
além
da ponta do nariz
Fez exame
de comunismo
depois de ter aprendido
todos os “ismos”,
para sempre deixou
de pensar
no comunismo.
Para que preocupar-nos com o futuro?
Esperemos,
sentados,
a circular.
Nós
e vós
não temos por que pensar.
Para isto existem os chefes.”

(Animação na sala.)

Por desgraça, existem não poucos funcionários que se dedicam exclusivamente a aprender os “ismos” de memória e não enxergam além da ponta do nariz, causando um grave prejuízo com sua atitude burocrática.

 

Era necessário mobilizar o Partido para liquidar os defeitos no trabalho da indústria, para aproveitar melhor nossas enormes possibilidades e lutar pelo progresso técnico. Com este fim realizaram-se conferências dos trabalhadores na indústria. Este problema foi estudado detidamente no Pleno do C.C. do PCUS, realizado em julho do ano passado. Depois disso levou-se a cabo um trabalho apreciável, mas temos que considerá-lo unicamente como o começo de um grande e importante empreendimento.

O Projeto de Diretivas para o Sexto Plano Quinquenal traça um grandioso programa de fomento de todos os ramos da economia nacional. As tarefas primordiais do sexto quinquênio no domínio da indústria consistem em continuar desenvolvendo a siderurgia e a metalurgia não ferrosa, a indústria do combustível e a indústria química, bem como em garantir um crescente ritmo da construção de centrais elétricas e um rápido incremento da fabricação de maquinaria.

O projeto de diretivas para o Sexto Plano Quinquenal estipula que, em 1960, o nível da produção industrial se eleve em 65%, aproximadamente, em relação a 1955, devendo aumentar em 70% a produção de meios de produção e em 60% a de artigos de consumo. Ao cumprir o Sexto Plano Quinquenal elevaremos o nível da produção industrial da URSS em mais de cinco vezes, em relação a antes da guerra, ao ano de 1940.

Para realizar com êxito as tarefas do Sexto Plano Quinquenal necessitamos resolver uma série de problemas fundamentais do trabalho na indústria, nos quais atualmente o Partido deve concentrar sua atenção e seus esforços.