3. Questões do Trabalho Ideológico

Camaradas:

A educação marxista-leninista dos comunistas e de todos os trabalhadores e o desenvolvimento criador da teoria revolucionária constituem uma condição decisiva de nosso avanço com êxito.

No período transcorrido a partir da realização do XIX Congresso, o Comitê Central adotou uma série de medidas destinadas a melhorar o trabalho ideológico. Ampliou-se consideravelmente a edição de obras dos clássicos do marxismo-leninismo. Saíram os primeiros tomos dos trinta que compõem a segunda edição das Obras de C. Marx e F. Engels. Depois de haver publicado os 35 tomos que compõem a quarta edição das Obras de V. I. Lênin, apareceu uma nova edição da biografia de Vladimir Ilitch, grande fundador e chefe do Partido Comunista e do Estado Soviético. O estudo dos trabalhos dos fundadores do marxismo-leninismo ajuda a compreender melhor as leis que regem o desenvolvimento da sociedade, permite ver mais claramente as perspectivas, fortalece nos homens soviéticos a segurança na vitória do comunismo e ajuda a edificação comunista. Melhorou o estudo das resoluções dos Congressos e Conferências do Partido e dos Plenos do C.C. pelos comunistas, resoluções que expressam a política interna e externa elaborada pelo Partido.

Um importante acontecimento na vida ideológica do Partido foi a publicação de um manual marxista de Economia Política, que se difundiu amplamente tanto em nosso país quanto no estrangeiro.

Apesar de que foram obtidos certos êxitos na propaganda do marxismo-leninismo, o estado do trabalho ideológico não pode, em seu conjunto, satisfazer-nos. Seu principal defeito consiste em que atualmente está divorciado em considerável medida da prática da edificação comunista.

O grande Lênin assinalava, já em 1920, ao falar das tarefas da propaganda nas condições da passagem à edificação pacífica, que

“a propaganda de velho tipo relata o que é o comunismo e dá exemplos. Mas esta velha propaganda não vale nada pois é preciso mostrar praticamente como se deve construir o socialismo. Toda a propaganda deve basear-se na experiência política da edificação da economia. Esta é nossa tarefa primordial, e se alguém pensasse compreender a coisa no velho sentido da palavra, seria uma pessoa atrasada e incapaz de realizar um trabalho de propaganda dirigido às massas camponesas e operárias. Nossa política principal deve ser hoje a edificação econômica do Estado, para colher mais puds de cereais, para dar mais puds de carvão, para resolver como aproveitar melhor esses puds de cereais e de carvão… E nisto deve basear-se toda a agitação e toda a propaganda.” (Obras, t. 31, pág. 346).
Devemos guiar-nos em toda a nossa atividade por essas sábias indicações de Lênin. Ao lutar contra as manifestações de despreocupação pelo estudo e pelo desenvolvimento da teoria marxista, não podemos considerar esta como o fazem os dogmáticos, as pessoas divorciadas da vida. A teoria revolucionária não é uma coleção de dogmas e fórmulas anquilosadas, mas um guia combativo para a atividade prática dirigida no sentido de transformar o mundo, de construir o comunismo. O marxismo-leninismo diz que a teoria divorciada da prática é morta e que a prática não iluminada pela teoria revolucionária é cega.

Conhecem esta importantíssima tese os funcionários do Partido e, em primeiro lugar, os que trabalham na frente ideológica? Sim, conhecem-na. Muitos até a aprenderam de cor e no entanto encontramos a cada passo funcionários do Partido que procuram organizar o trabalho ideológico de maneira abstrata, sem relação com a luta pelo cumprimento das tarefas práticas da edificação comunista. E mais. Estes funcionários acusam de simplismo e utilitarismo, de desprezo pela teoria aqueles que procuram ligar seu trabalho ideológico com a prática cotidiana.

Tampouco as coisas marcham bem no terreno da ciência econômica. Assim o evidencia a circunstância de que nossos economistas não tenham criado trabalhos capitais sobre os diversos problemas da economia soviética e não discutam nas reuniões que realiza o C.C. do PCUS as questões mais importantes do desenvolvimento da indústria e da agricultura. Isto significa que nossos institutos de economia e seus trabalhadores científicos estão muito à margem do trabalho prático para edificar o comunismo.

Lênin dizia que o comunismo nasce do trabalho criador de milhões de homens que se libertaram das cadeias do capitalismo e constroem uma vida nova. No entanto, nem todos compreendem isto. Há, ainda, comunistas que crêem que, se pronunciaram uma conferência sobre o comunismo, cumpriram seu dever de Partido. Naturalmente devemos explicar, a todo momento, a doutrina marxista-leninista, difundir as teses teóricas sobre a construção do comunismo, mas não podemos limitar-nos a isso. Os cidadãos soviéticos esperam também de nossos propagandistas e agitadores que os ajudem praticamente, que exponham com detalhe a experiência de vanguarda e que saibam aconselhá-los como aplicar essa experiência em sua empresa, em seu colcós. Mas, para isso, os propagandistas e agitadores não só devem conhecer esta ou aquela tese teórica, devem conhecer concretamente a economia e não falar em geral, e sim com conhecimento de causa. Este é o fundo da questão.

Quando nosso país vai passando gradualmente do socialismo ao comunismo, não só tem uma importância extraordinária estudar as obras dos clássicos do marxismo e explicar a teoria marxista-leninista, mas também aplicar a teoria praticamente, lutar por que se criem em abundância os bens materiais e culturais e se vá elevando mais e mais a consciência comunista dos cidadãos. Quem pensa que para construir o comunismo basta a propaganda pura e simples, sem uma luta prática cotidiana por aumentar a produção, por elevar o bem-estar dos trabalhadores, desliza pelo plano-inclinado do talmudismo e do dogmatismo.

É necessário pôr fim à vã tagarelice política, contra a qual mais de uma vez se manifestou Lênin. Os soviéticos exigem de nossos funcionários que a suas palavras sigam-se fatos. Se um comunista sabe pronunciar discursos ribombantes sobre a importância do marxismo-leninismo, mas não ajuda o povo a encarar era fatos esta grande doutrina, não vale um níquel, não ganhará a confiança das massas, nem terá prestígio entre elas.

Alguns dogmáticos podem interpretar estas observações como uma subestimação da propaganda da teoria marxista-leninista. Não vale a pena polemizar com estes dogmáticos. Guiando-se pela doutrina marxista-leninista o povo soviético construiu o socialismo. Esta é uma conquista histórica de transcendência universal. Baseando-nos no conhecimento das leis objetivas que regem o desenvolvimento da sociedade, estudando constantemente a história e a teoria do marxismo-leninismo, devemos aproveitar em toda a plenitude as vantagens do sistema socialista para acelerar ao máximo a criação da potente base material e técnica do comunismo e multiplicar os bens materiais e culturais destinados aos trabalhadores. Isto é o que espera de nós o povo soviético, e devemos consegui-lo, custe o que custar, no mais breve prazo.

A teoria marxista-leninista iluminou, ilumina e continuará iluminando nosso caminho rumo ao grande objetivo. A única coisa que se exige é que a teoria revolucionária não seja aplicada dogmaticamente, mas de modo criador, e que se continue desenvolvendo-a no processo da luta prática pelo comunismo, à base da generalização da nova experiência histórica e da análise dos fatos da vida. Desgraçadamente, este importante trabalho se acha muito atrasado em numerosos setores.

É necessário ter também em conta o seguinte: Lênin ensinava que em diferentes períodos passa a primeiro plano ora um, ora outro aspecto do marxismo. Hoje, quando nossa sociedade luta por uma elevada produtividade do trabalho, por dar cumprimento à tarefa econômica fundamental da URSS, passam a primeiro plano a parte econômica da teoria marxista, as questões concretas da economia.

No transcurso dos últimos dezessete anos, a base de nossa propaganda foi principalmente o Compêndio da História do Partido. A gloriosa história de nosso Partido deve continuar sendo uma das principais fontes em que se inspirem nossos quadros. Por isso, é necessário elaborar um manual simples marxista de História do Partido, baseado nos fatos históricos, que sintetize cientificamente a experiência histórica universal da luta do Partido pelo comunismo e que registre todos os acontecimentos até chegar aos nossos dias.

Atualmente têm grande importância a doutrina econômica do marxismo-leninismo, as questões econômicas concretas da indústria, da agricultura, da construção, do transporte e do comércio. As questões da ciência econômica marxista-leninista, em ligação indestrutível com a prática da edificação comunista, devem constituir o eixo de nossa propaganda.

As tarefas que nos colocam a preparação e a formação de nossos quadros e escolas superiores e no sistema de capacitação política do Partido fazem ver a necessidade de que se escreva um manual sobre os fundamentos do marxismo-leninismo, no qual se exponha, concisa, simples e claramente, as teses mais importantes da doutrina marxista-leninista e também que se escreva um livro que explique em uma linguagem accessível os fundamentos da filosofia marxista. Tais livros desempenhariam um grande papel na propaganda da concepção materialista científica do mundo e na luta contra a reacionária filosofia idealista.

Temos em perspectiva o grande trabalho de redigir um projeto do novo programa do Partido, que ainda não está preparado. É evidente que o projeto de programa deve ser elaborado ao mesmo tempo que o plano de desenvolvimento da economia e da cultura de nosso país com uma perspectiva de vários quinquênios.

O Comitê Central teve que corrigir aqueles funcionários que introduziam divergências e confusões em questões claras e há muito resolvidas pelo Partido. Tomemos, por exemplo, a questão da edificação do socialismo na URSS e a passagem gradual ao comunismo. Alguns funcionários faziam afirmações errôneas, como a de que em nosso país só se haviam construído, no momento, as bases do socialismo, isto é, seus fundamentos.

É sabido que quando se aprovou a nova Constituição da URSS (1936) o sistema socialista havia vencido e já se havia consolidado em todos os ramos da economia nacional. Isso quer dizer que em nosso país estava construída, já, no fundamental, a sociedade socialista, que desde então se desenvolve sobre a sólida base das relações de produção socialistas. Por isso, afirmar que em nosso país só se construíram os fundamentos do socialismo significaria desorientar os comunistas e todos os soviéticos na importantíssima questão das perspectivas de desenvolvimento do nosso país.

Na interpretação do problema do desenvolvimento do socialismo observa-se, às vezes, também, outro extremismo. Há funcionários que compreenderam as teses da passagem gradual do socialismo ao comunismo como um apelo a realizar imediatamente, na etapa atual, os princípios da sociedade comunista. Alguns cabeças-quentes resolveram que a construção do socialismo havia sido terminada por completo e começaram a confeccionar detalhados horários de transição ao comunismo. Devido a estas utópicas concepções, começou a arraigar-se uma atitude depreciativa para com o princípio socialista do interesse material dos trabalhadores no resultado de seu trabalho. Apareceram propostas infundadas que propugnavam a necessidade de acelerar a substituição do comércio soviético pela troca direta de produtos. Numa palavra, começaram a difundir-se a placidez e a auto-suficiência. Houve “sábios” que começaram a contrapor a indústria leve à pesada, assegurando que o desenvolvimento preferencial da indústria pesada só era necessário nas primeiras fases do desenvolvimento da economia soviética e que agora não se necessita mais do que acelerar o desenvolvimento da indústria leve.

É compreensível que o Partido tivesse dado a merecida réplica aos intentos de menosprezar as realizações conseguidas na edificação socialista e tivesse corrigido os projetistas e fantasistas que, alheando-se da realidade, introduziam uma nociva confusão em questões fundamentais do desenvolvimento da economia socialista.

Somente fanfarrões incorrigíveis podem fechar os olhos ao fato de que ainda não deixamos atrás economicamente os países capitalistas mais adiantados; e que o nível da produção é ainda insuficiente em nosso país para assegurar uma vida próspera a todos os membros da sociedade; a que há ainda muitas deficiências e desorganização em nossa edificação econômica e cultural.

É necessário compreender que os erros teóricos e as ilusões utópicas impedem aos funcionários orientar-se bem nas tarefas práticas e fazem vibrar notas falsas no trabalho ideológico.

As organizações do Partido têm a obrigação de redobrar a vigilância no trabalho ideológico, a velar severamente pela pureza da teoria marxista, a lutar resolutamente contra os resquícios da ideologia burguesa, a reforçar a ofensiva contra os vestígios do capitalismo na consciência dos homens e a desmascarar os portadores desses vestígios.

A esse respeito não se pode silenciar sobre que alguns funcionários procuram aplicar na esfera da ideologia a tese, absolutamente justa, da possibilidade da coexistência pacífica de países com diferentes sistemas sociais e políticos. Trata-se de um erro nocivo. Do fato de que sejamos partidários da coexistência pacífica e da emulação econômica com o capitalismo não se pode deduzir, de modo algum, que se possa atenuar a luta contra a ideologia burguesa, contra os vestígios do capitalismo na consciência dos homens. Nossa tarefa é desmascarar incansavelmente a ideologia burguesa, pôr a nu seu caráter hostil ao povo, seu caráter reacionário.

Na luta que nosso Partido sustenta contra as idéias e concepções caducas do velho mundo, pela difusão e consolidação da ideologia comunista, à imprensa, à literatura e à arte corresponde um grande papel. Ao assinalar que foram conseguidos importantes progressos nesse terreno, é preciso dizer, entretanto, que nossa literatura e nossa arte estão muito aquém da vida, da realidade soviética, incomensuravelmente mais rica que o reflexo que encontra na arte e na literatura. Isso dá direito a perguntar: Não se terá enfraquecido a ligação de alguns de nossos escritores e trabalhadores da arte com a vida?

A arte e a literatura de nosso país podem e devem lutar por ser as primeiras do mundo não somente no que se refere à riqueza de seu conteúdo, mas ao seu valor artístico e perfeição. Não se pode tolerar, como o fazem alguns camaradas nos organismos relacionados com a arte, nas redações e nas editoras, obras opacas e pouco maduras. As obras medíocres e pouco verazes não encontram, em muitos casos, a devida repulsa, o que é nocivo para o desenvolvimento da arte e para a educação estética do povo.

Podemos assinalar alguns progressos na cinematografia. Agora se produzem mais filmes. Mas no afã de produzir o máximo possível os cineastas não são suficientemente exigentes quanto ao conteúdo ideológico e ao valor artístico das películas e fazem filmes fracos, superficiais, consagrados a fenômenos banais e de pouca importância. É preciso terminar com isto, tendo em vista que o cinema é um poderoso instrumento de educação comunista dos trabalhadores.

O Partido tem lutado e continuará lutando contra o falso reflexo da realidade soviética, contra os intentos de embelezá-la ou, pelo contrário, de denegrir e vilipendiar o que o povo soviético conquistou. A criação na literatura e na arte deve estar imbuída do espírito de luta pelo comunismo, deve infundir otimismo, reafirmar as convicções e elevar a consciência socialista e a disciplina baseada na camaradagem. Deve-se prestar especial atenção ao reforço do papel que a imprensa desempenha no trabalho político, ideológico e de organização.

Uma das tarefas mais importantes é melhorar o trabalho cultural e educativo no campo. Frequentemente o trabalho cultural no campo se acha num estado de abandono e são mal aproveitados meios como o rádio, a imprensa, os clubes e as bibliotecas. Frequentemente as instituições culturais trabalham sem tomar em consideração as tarefas práticas da construção do comunismo. As Casas de Cultura, os Clubes, as bibliotecas e os recantos vermelhos devem ser pontos de apoio das organizações do Partido no trabalho político de massa, no trabalho cultural e educativo. Ajudando a difundir mais amplamente a experiência de vanguarda e a estudar a agrotécnica, estas instituições devem desempenhar um papel importante no cumprimento do programa de novo ascenso da agricultura.

Estamos obrigados a utilizar melhor todos os meios do trabalho ideológico para alcançar novos êxitos na edificação comunista. A tempera ideológica dos quadros, de todos os comunistas, de todos os trabalhadores, foi e será objeto da infatigável solicitude do nosso Partido.

Assim, pois, no terreno da edificação do Partido, do trabalho de organização e ideológico-político, temos diante de nós as seguintes tarefas:

Fazer todo o possível para continuar elevando, o papel do Partido como força dirigente e orientadora do povo soviético na vida estatal, social, econômica e cultural da URSS, ampliar e fortalecer ainda mais os laços que unem o Partido às massas e elevar ainda mais seu prestígio; salvaguardar e fortalecer a unidade monolítica do Partido e de seu núcleo dirigente, observar rigorosamente no Partido o princípio da direção coletiva; exercer com maior amplitude a crítica e a autocrítica, pondo valentemente a descoberto as deficiências em todas as esferas da edificação econômica e cultural.
Desenvolver a democracia interna do Partido e, nesta base, desenvolver a iniciativa e elevar a responsabilidade das organizações do Partido e de todos os comunistas; aperfeiçoar o trabalho organizador das organizações do Partido e orientá-lo no sentido do cumprimento das tarefas práticas da edificação comunista; melhorar o trabalho de seleção, formação e distribuição dos quadros; elevar o papel dos sindicatos e do Komsomol na solução das tarefas da edificação comunista.
Continuar elevando o nível do trabalho ideológico de todas as organizações do Partido, orientando-o no sentido do cumprimento das tarefas práticas da edificação comunista; garantir a assimilação criadora da teoria e da experiência histórica do Partido pelos comunistas; elevar a vigilância no trabalho ideológico e lutar intransigentemente contra a ideologia burguesa; reforçar o trabalho de educação comunista das massas e a superação dos vestígios do capitalismo na consciência dos homens; aproveitar mais ativa e completamente todos os meios de influência ideológica: a propaganda, a agitação, a imprensa, o rádio, as organizações e instituições culturais e educativas, a ciência, a literatura e a arte.
Camaradas:

O povo soviético percorreu um longo e glorioso caminho. Sob a direção de seu Partido Comunista, alcançou grandes conquistas históricas. Alcançamos nossas vitórias em dura luta contra os inimigos externos e internos. Marchando por esse caminho, o povo soviético superou muitos obstáculos e dificuldades. Hoje leva à prática, firme e consequentemente, os planos de transformação do país, os grandiosos planos de desenvolvimento da economia socialista.

Os êxitos que tem obtido a União Soviética alegram e inspiram nosso povo e todos os nossos amigos. Inclusive nossos inimigos se vêem obrigados a mudar de tom. O primeiro Plano Quinquenal soviético foi por eles acolhido com ironia e incredulidade nas forças do Estado socialista, mas agora dão alarma. Até os cegos vêem, presentemente, os resultados gigantescos que alcançaram a classe operária, os camponeses trabalhadores, todo o povo da União Soviética. Depois de fazer-se dono e senhor de seu próprio destino e de criar, sob a direção do Partido, o primeiro Estado socialista de operários e camponeses que a história conheceu, nosso povo trabalha infatigavelmente para edificar a sociedade comunista, inspirando com seu exemplo a todos os povos do mundo. (Prolongados aplausos.)

O país soviético encontra-se em plena ascensão. Para empregar uma imagem, diríamos que escalamos uma montanha do alto da qual já divisamos amplos horizontes no caminho que leva a nosso objetivo final — a sociedade comunista (Prolongados aplausos.)

O caminho aberto por nosso país, ao atingir estas alturas, foi muito árdua e incrivelmente difícil. Mas não houve dificuldade que pudesse atemorizar o povo soviético, que pudesse quebrantar suas forças. A superação destas dificuldades fez mais forte a tempera dos trabalhadores da terra soviética em sua difícil e valente luta. Os soviéticos impuseram-se conscientemente restrições na satisfação de suas necessidades de alimento, roupa, habitação, conforto e outras muitas coisas. E quando nos criticam, dizendo que nem sempre nos vestimos à última moda de Paris, e que os soviéticos ainda usam muito jaquetas forradas de algodão, que assentam muito mal, devemos dizer que nós vemos tudo isso e o reconhecemos.

Tivemos que nos privar de muitas coisas, porque não tínhamos outra saída. Para manter e multiplicar as conquistas históricas do Grande Outubro, necessitávamos criar, no mais breve prazo, uma poderosa indústria socialista, pedra angular de toda a economia do país e de sua capacidade defensiva, devíamos estruturar radicalmente a agricultura, forjar novos intelectuais saídos do povo, construir a sociedade socialista.

Os inimigos intentaram mais de uma vez comprovar a força e a viabilidade do Estado socialista soviético, mas todos os seus intentos fracassaram e os organizadores de aventuras bélicas quebraram a crista. (Tempestuosos aplausos.) O Estado soviético desenvolve-se e se robustece, erguendo-se como um potente farol que indica a toda a humanidade o caminho de um novo mundo. (Prolongados aplausos).

Agora, no período do sexto Plano Quinquenal, o País Soviético está dando um novo e grande passo adiante. Ao continuar desenvolvendo a indústria pesada, aumentamos nossas possibilidades de desenvolver os ramos da economia nacional que produzem bens de uso e consumo.

Nosso Partido está cheio de força criadora, de poderosa energia e da vontade inquebrantável de alcançar seu grande objetivo: a edificação do comunismo. Em toda a história da humanidade não houve nem há um objetivo mais nobre e elevado. O comunismo traz o pleno florescimento de todas as forças produtivas da sociedade; será um regime social em que todas as fontes da riqueza social fluirão caudalosas e em que cada pessoa trabalhará com entusiasmo de acordo com a sua capacidade e verá remunerado seu trabalho de acordo com as suas necessidades. Sobre tal base criar-se-ão todas as condições para o desenvolvimento universal de cada indivíduo, de cada membro da sociedade comunista. (Prolongados aplausos.)

Por isso, as idéias do comunismo têm uma imensa força de atração e conquistam novos e novos partidários. E nada é mais absurdo de que essas mentiras de que o povo empreende o caminho do comunismo por coação, por pressão exercida de fora. Estamos certos de que as idéias do comunismo vencerão e de que nenhuma “cortina de ferro”, nenhuma barreira levantada pelos reacionários burgueses poderá deter a difusão dessas idéias entre novos e novos milhões de seres. (Tempestuosos aplausos.)

Ao mesmo tempo, somos firmes partidários da coexistência pacífica, da emulação econômica entre o socialismo e o capitalismo e aplicamos uma consequente política de paz e amizade entre os povos.

Nosso Partido tem não poucos inimigos e detratores, mas tem muito mais provados amigos e aliados fiéis.

Nossa causa é invencível! É invencível porque, junto com o grande povo soviético, a impulsionam centenas e centenas de milhões de homens na fraternal China Popular e em todas as democracias populares. (Tempestuosos aplausos.) É invencível porque goza do enérgico apoio e da ardente simpatia dos povos e dos países que se libertaram do jugo nacional e colonial. É invencível porque a apóiam os trabalhadores de todo o mundo. Ninguém poderá assustar-nos, ninguém poderá obrigar-nos a abandonar as posições que mantemos, a renunciar à defesa da causa da paz, da democracia e do socialismo. (Tempestuosos aplausos.)

O futuro nos pertence porque avançamos com passo firme pelo único caminho acertado, pelo caminho que indicou o grande Lênin, nosso mestre. (Tempestuosos e prolongados aplausos.) Em torno de nós e de nossos amigos agrupam-se centenas de milhões de seres, inspirados pela idéia de instaurar um regime social justo, pelas idéias da democracia e do socialismo.

Sob a bandeira da doutrina do marxismo-leninismo, que transforma o mundo, o Partido Comunista da União Soviética levará o povo soviético à vitória completa do comunismo. (Tempestuosos e prolongados aplausos, que se transformam em ovação. Todos se põem de pé.)