O documento diz que a proporção de pessoas vivendo em habitações inadequadas caiu de 34% para 23%. A população sem acesso à energia também diminui, de 18% para 6%. O nível de emprego aumentou de 53% para 58%. Melo considera esses números significativos, pois a população também cresceu no período avaliado.

Segundo o economista, a mesma abordagem prossegue nos aspectos econômicos, considerando praticamente superadas na região as questões da dívida externa e das crises cambiais recorrentes.

Nos aspectos ambientais, o documento relata que a proporção de áreas protegidas aumentou de 10% para 21%. A intensidade de emissões de CO2 foi reduzida de 0,67 para 0,59 toneladas/dólar do PIB e que o consumo de substâncias que afetam a camada de ozônio caiu de 75 mil para 5 mil toneladas anuais em potencial de esgotamento de ozônio.

Melo diz que estes dados não significam negligenciar enormes desafios sociais existentes. O documento de contribuição brasileira apresenta os “temas que a Rio+20 não poderá ignorar”, nele considerados o cerne do desenvolvimento sustentável inclusivo almejado para o planeta. Os temas são a erradicação da pobreza extrema; segurança alimentar e nutricional; equidade diante dos desafios como gênero, raça e etnia, consumo, acesso à energia, trabalho decente, segurança alimentar e nutricional, entre outros.

Para ele, entre os temas não se pode ignorar estão: a questão da produção e consumo sustentáveis; oferta e acesso à energia, ampliando o uso de fontes renováveis; cidades e desenvolvimento urbano; medidas e políticas para fortalecer a sustentabilidade dos sistemas de transportes; agropecuária e desenvolvimento rural; promoção da inovação e acesso à tecnologia; mobilização de capital de fontes públicas e privadas para o desenvolvimento sustentável; uso sustentável da água; gestão do território marítimo e costeiro; racionalização da pesca e expansão da aquicultura; e manejo responsável de florestas para a produção sustentável de bens e serviços.

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Fonte: Monitor Mercantil