“Precisamos aprender com a América Latina. Essa é a posição do meu partido e a minha pessoal. Aqui existe um projeto em que o Foro de São Paulo, ao longo de mais de 18 anos, está tentando definir alternativamente ao modelo de desenvolvimento dominante — que é o modelo neoliberal”, afirma Fedeli, responsável no PDCI por América Latina e Cooperação Internacional.

Em seu país, o dirigente italiano enxerga um “governo de técnicos”, sem “uma ideia diferente de sociedade e de modelo de desenvolvimento”. Com isso, a Itália aplica “receitas neoliberais com o apoio da força progressista”, o que configura “o limite enorme que tem a esquerda”.

“Somos a considerada esquerda radical. Mas, diferentemente da ‘esquerda moderada’, temos clareza sobre nossos valores, os pontos de referência e as relações com alguns países da América Latina, como a Venezuela, Cuba, o Brasil, etc.”, afirma o líder comunista.

Para Fedeli, a Europa vive “esse problema enorme dos mercados, que não se sabe quem são, onde estão, que terminam com uma especulação e uma série de crises. Como podemos enfrentar o mercado sem fazer essa política de direita?”.