Segundo o COB, 259 atletas (136 homens e 123 mulheres), de 32 modalidades, vão à Inglaterra, 18 a menos que os 277 que competiram na China. A entidade informou, ainda, que a previsão é trazer 15 medalhas.

Os detalhes não deixaram o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, feliz. Segundo ele, a projeção de pódios feita pelo COB é modesta demais. “Eu acho que o Brasil deveria alcançar 20 medalhas em Londres e pelo menos 30 no Rio (em 2016). Nós deveríamos ousar já em Londres. Acho que esta deveria ser a nossa meta, mas quem tem um estudo melhor é o COB”, afirmou Aldo Rebelo.

A vontade do ministro para que o Brasil obtenha 30 medalhas na Olimpíada do Rio-2016 bate com a projeção do COB, que espera de 25 a 30 em território nacional.
Mas a redução no número de atletas acontece no sentindo inversamente proporcional aos investimentos do governo.
No ciclo olímpico de Atenas-2004 para Pequim-2008, o COB recebeu repasses do governo, via Lei Agnelo/Piva, no valor de R$ 314,7 milhões, quantia menor do que a foi gasta para preparar o Brasil para Londres-2012: R$ 531,1 milhões.

O COB se defende e afirma que elevou as exigências para um atleta disputar os Jogos, já visando a melhora de índices dos atletas brasileiros para a Rio-2016. Segundo a entidade, a delegação que representará o País em Londres é maior do que a prevista, já que a projeção era levar 250 competidores e 259 foram à Olimpíada.

“Agora, em Londres, vamos com uma delegação com ainda mais qualidade, com atletas que passaram por seletivas difíceis, algumas mais duras até que as estipuladas por algumas federações internacionais, como o atletismo”, rebateu o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

O ministro do Esporte concordou. “Melhoramos nossa política de investimento no esporte de alta performance, sim”.