Para esses especialistas, é unânime a constatação de que os recursos energéticos, como petróleo, gás e biocombustíveis mais facilmente captados, já foram quase totalmente consumidos, por isso, surge um acirramento da busca e do controle desses recursos pelos países. “Houve uma retomada do tema da energia no contexto internacional e isso levou uma elevação dos preços dos combustíveis fósseis, principalmente o petróleo. Assim como uma busca mais intensa por recursos alternativos, que são aliados na problemática do clima. O setor energético é o combustível para o desenvolvimento de qualquer país e o Brasil é um felizardo porque possui um equilíbrio bastante interessante, que não se vê em nenhum país: a possibilidade de utilização de fontes de energia fósseis e alternativas”, declarou o Embaixador Luiz Alberto Figueiredo.

Ainda no caso brasileiro, o Diretor da ANP, Helder Queiroz, ressaltou as mudanças na posição do Brasil no mercado internacional de petróleo, que saiu de dependente a autossuficiente na produção. “A posição do Brasil é extraordinária. A descoberta do Pré-Sal eleva o Brasil à posição de importante produtor e futuro exportador mundial de petróleo. Segundo alguns cálculos, o Brasil poderá ser a nona reserva mundial, por isso, é latente a possibilidade de nos tornarmos protagonistas deste mercado. Mas, se espera que o Brasil agregue valor a seus produtos e o momento é muito propício para isso”.

Para Haroldo Lima, ex-Diretor Geral da ANP, apesar fase promissora na exploração de petróleo no Brasil, o momento é de mudanças no foco da produção energética. “O que está acabando é a era do mercado de petróleo fácil. Resta um petróleo difícil, árduo, em alto mar, em águas profundas, dificílimo de captação, caríssimo, mas esse tem em quantidade. No entanto, o que vai decidir o caminho energético mundial, ao contrário, são as fontes de energia pura, como o biodísel, a energia eólica e solar”.

 

Fonte: Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional