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    Comunicação

    Pouso para as árvores

    Pouso para as árvores     Por vezes tenho que trocar o prêmio da vida por revanches capitais. Fico frágil nos preparos e o café se põe amargo. Prendo os cabelos, aflitos, assustados de indecisão. Mas estas árvores daqui da praça, no finalzinho da tarde, aceitam abertas o rumo dos pardais, regam encantos e açúcar. […]

    POR: Redação

    1 min de leitura

    Pouso para as árvores

     

     

    Por vezes tenho que trocar o prêmio da vida
    por revanches capitais.
    Fico frágil nos preparos e o café se põe amargo.
    Prendo os cabelos, aflitos, assustados de indecisão.
    Mas estas árvores daqui da praça, no finalzinho da tarde,
    aceitam abertas o rumo dos pardais,
    regam encantos e açúcar.
    O aperreio natural dos passarinhos buscando
    lugar para em corpos dormir,
    não vem das pressas em códigos de barra.
    Não reza em medidas de grandeza.
    Mas em grandeza nascem eles
    e as árvores eretas no assunto alado da tarde.
    A poesia batendo vira pássaros também.
    Antes de o mundo se por,
    antes que a noite enraíze seus escuros
    e os milagres fujam daqui.

     

        Marta Eugênia é Especialista em Linguística e Professora de Língua Portuguesa na cidade de Arapiraca em Alagoas.

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