O presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, o diretor de Estudo e Pesquisa, Aloisio Sérgio Rocha Barroso, e o conselheiro fiscal, Pedro de Oliveira, participaram de reunião com as demais fundações do campo progressista para discutir uma agenda conjunta. O encontro foi na sede da Fundação João Mangabeira, em Brasília, representada pelo seu presidente, Carlos Siqueira (PSB).
Compareceram ainda Marcio Porchmann (PT), da Fundação Perseu Abramo, o ex-deputado João Henrique (PI-PMDB), pela Fundação Ulysses Guimarães e José Luciano (PP), da Fundação Milton Campos. A Fundação Leonel Brizola/Alberto Paschoalini (PDT) não enviou representante, mas acompanha e colabora para a agenda conjunta de atividades.
Dando continuidade ao debate ocorrido no dia 15 de maio, em São Paulo, foi alterada a previsão de realização de um seminário intitulado: A grande crise capitalista global e seus impactos no Brasil, adiado para outra oportunidade.
“Face aos acontecimentos de junho, com a jornada de mobilizações que vieram a construir uma nova realidade política no país, as fundações decidiram realizar um seminário, que estimule um debate que contribua para sistematizar o significado dessas manifestações, suas consequências políticas e, sobretudo, a perspectiva que se aponta dessa realidade nova que surgiu”, afirmou Monteiro, referindo-se às grandiosas manifestações que eclodiram por todo o país, durante todo o mês de junho, com demandas diversas, após a repressão violenta ao Movimento Passe Livre, de São Paulo.
A ideia é manter o seminário para 9 de agosto, no Rio de Janeiro, para convidados das fundações e partidos. O formato pensado terá três mesas, sendo uma de presidentes de partidos, outra com intelectuais e pesquisadores e outra com movimentos sociais e entidades de trabalhadores, podendo tratar o tema de pontos de vistas distintos.
Para o comunista, há um conjunto de temas pertinentes que precisam ser debatidos, a partir da ênfase dada pelas mobilizações, como o papel dos partidos políticos  e dos movimentos sociais e a crise de representação política no pais. “É preciso fazer um debate multilateral sobre o significado das manifestações e a realidade política nova que emergiu desses protestos”, enfatizou Monteiro.
Dando continuidade à pauta de iniciativas conjuntas, está o esforço para utilizar de forma efetiva recursos audiovisuais para dar mais eco às atividades realizadas. Os dirigentes das fundações querem garantir uma audiência com os presidentes da Câmara e do Senado para discutir o uso das TVs Câmara e TV Senado para a incorporação das fundações na grade de programação. A programação, que vem sendo discutida em convergência entre as fundações, seria produzida com recursos delas, ampliando a programação daquelas emissoras, sem exigir ônus algum.