“Acreditamos e defendemos, como a presidenta Cristina Kirchner, a luta pela reforma dos organismos multilaterais, assim como reivindicamos a autonomia das Ilhas Malvinas e agradecemos a solidariedade nessa luta”. Ele considera essas reformas importantes para arrefecer o afã militarista dos EUA, neste momento de crise econômica.

Seu partido acredita na construção de um novo modelo de soberania política e integração regional e defende as lutas políticas dentro da tradição do peronismo que é uma força muito popular em seu país. “Defendemos com unhas e dentes um processo iniciado em 2003 que significou o final de uma forca política e do neoliberalismo.”

A crise profunda pela qual passou a Argentina terminou um ciclo de retrocessos. “A recuperação da soberania para nós foi muito importante”, diz ele, referindo-se, principalmente, ao significado do não à Área de Livre Comércio das Américas (Alca), em Mar Del Plata, ao sepultar essa tentativa de integração hegemônica norteamericana. “Os Kischner foram protagonistas do cancelamento da dívida histórica  dos fundos abutres”, comemora ele.

“Enfrentamos uma profunda reforma política do país, com regulação dos partidos, acesso ao financiamento público e dos espaços dos meios de comunicação para que todos possam participar”, diz ele, acrescentando a reforma judicial e dos meios de comunicação.

Hoje, os meios de comunicação tentam manter a hegemonia cultural dos poderes do neoliberalismo, mas o país passa por uma reforma importante dos meios de comunicação. Ou seja, o país vive uma ampliação de direitos sem precedentes.

Existe uma preocupação, segundo Montero, de construir maiorias sociais e não apenas maiorias eleitorais para consolidar esses processos de mudanças.