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    Comunicação

    Forbes compara economia brasileira a de outros latinos da Copa

    Antes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, manifestantes seguravam cartazes em inglês estampados com mensagens como “NÓS NÃO PRECISAMOS DA COPA DO MUNDO” e “PRECISAMOS DE DINHEIRO PARA HOSPITAIS E EDUCAÇÃO.” O que não aparece nestes sinais é a fato de que, desde 2010, o governo do Brasil gastou quase US$ 200 em […]

    POR: Redação

    6 min de leitura

    Seleção chilena representa o país com as melhores taxas de renda per capta do continente
    Seleção chilena representa o país com as melhores taxas de renda per capta do continente

    Antes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, manifestantes seguravam cartazes em inglês estampados com mensagens como “NÓS NÃO PRECISAMOS DA COPA DO MUNDO” e “PRECISAMOS DE DINHEIRO PARA HOSPITAIS E EDUCAÇÃO.” O que não aparece nestes sinais é a fato de que, desde 2010, o governo do Brasil gastou quase US$ 200 em programas de saúde e educação para cada dólar gasto em estádios da Copa do mundo. O Brasil também cortou sua taxa de pobreza pela metade desde 2005. Muitos economistas argumentam que o Brasil deve ser comemorado como um exemplo de formulação de políticas progressistas. Para colocar isso à prova, Forbes analisa a forma como a economia do Brasil se compara a outros países latino-americanos que participam da Copa do Mundo.

    No 1. Chile
    Apesar do pequeno tamanho, o Chile ocupa o primeiro lugar geral entre as economias latino-americanas. Com uma população de apenas 17 milhões, o Chile é o lar de 12 bilionários e atraiu US$ 30 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em 2012. Na opinião da Forbes, o Chile tem um histórico comprovado de boa gestão macroeconômica e as políticas de crescimento econômico inovadoras que ajudam a atingir o mais alto PIB per capita de qualquer país latino-americano a jogar na Copa do Mundo. Apenas um décimo da população do Chile vive abaixo da linha da pobreza.

    No 2. Uruguai
    Outra economia pequena, o Uruguai tem baixos níveis de pobreza. Demograficamente e historicamente, o Uruguai é muito diferente da Colômbia e do Brasil, dois países com níveis mais elevados de pobreza. Ainda assim, o Uruguai se destaca por PIB per capita elevado, uma baixa taxa de pobreza, e sucesso na captação de investimento direto estrangeiro.

    No 3. Brasil
    Com quase 200 milhões de habitantes, o Brasil tem a maior população da América Latina. Os gastos sociais ajudaram a reduzir a pobreza e impulsionar a criação de um mercado interno saudável. O Brasil é o lar de 46 bilionários, o maior número dentre qualquer país da América Latina. Políticas progressistas têm ajudado dezenas de milhões de brasileiros a se juntar à classe média desde 2005. A pobreza foi reduzida de 38 por cento em 2005 para 18 por cento em 2012. O crescimento econômico, no entanto, é arrastado para baixo por um sistema legal de difícil controle, que torna difícil a operacionalidade das empresas, avalia a Forbes. No relatório “Índice de Fazer Negócios em 2012” do Banco Mundial, o Brasil ficou em 116. Ao contrário de outros países da região, o Brasil tem se concentrado menos nas exportações e mais em fomentar o desenvolvimento de um mercado interno forte.

    No 4. Argentina
    Apesar de ganhar uma reputação de gestão econômica acidentada, a Argentina tem tido sucesso na redução da pobreza. O país, que é o lar de 41 milhões de pessoas, atraiu US$ 12 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2012. A Argentina foi capaz de reduzir a pobreza de 30,6 por cento em 2005 para 4,3 por cento em 2012, além de ser o lar de cinco bilionários.

    No 5. Costa Rica
    Outro pequeno país, a Costa Rica tem apenas 5 milhões de habitantes. No entanto, ganhou uma reputação de estabilidade política e econômica. O país atraiu US$ 3 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2012. Menos de um quinto da população da Costa Rica vive na pobreza. Embora a taxa de pobreza da Costa Rica seja mais baixa do que a do Brasil, Costa Rica teve menos sucesso em reduzir drasticamente a sua taxa de pobreza na última década.

    No. 6. México
    O México tem a maior população de qualquer país de língua espanhola na Copa do Mundo. Embora o México ocupe um lugar bastante elevado no “Índice Fazer Negócios” do Banco Mundial, e expandiu-se com sucesso de saída, o vizinho do sul dos EUA tem tido menos sucesso na erradicação da pobreza do que o Brasil. México é o lar de 16 bilionários e atraiu 14,5 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2012, mas de acordo com dados da ONU, 38 por cento da população do México vive abaixo da linha da pobreza. O México tem tido algum sucesso na eliminação da pobreza extrema através de programas como o Oportunidades, mas precisa fazer mais para aumentar a atividade econômica formal e fomentar a criação de um mercado mais forte do consumidor interno.

    No 7. Colômbia
    Depois dos eleitores colombianos reelegerem o presidente Juan Manuel Santos, o país deverá continuar a trabalhar para negociar com os grupos guerrilheiros de esquerda e melhorar a segurança. Colômbia tem 47 milhões de habitantes, quase um terço dos quais vivem na pobreza. O país atraiu 15,6 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2012 e é o lar de cinco bilionários. Ainda assim, a Colômbia teve muito menos sucesso do que o Brasil em traduzir o investimento e o crescimento econômico em redução da pobreza. A taxa de pobreza da Colômbia é um terço maior do que a do Brasil.

    No. 8: Equador
    O presidente do Equador, Rafael Correa, prometeu atrair investimentos em indústrias extrativistas e financiar programas sociais de combate à pobreza. Ele enfrenta desafios no entanto, conforme o Equador tenha atraido menos de US $ 1 bilhão em investimento estrangeiro direto em 2012, o valor mais baixo de todo os países neste ranking. O Equador também detém a classificação mais baixa de todo o país na lista do índice de negócios do Banco Mundial. Correa, no entanto, ajudou a reduzir a pobreza de 48 por cento em 2005 para 32 por cento em 2012. Ainda assim, a taxa de pobreza do Equador é mais do que 50 por cento superior a do Brasil.

    No. 9: Honduras
    Honduras é uma pequena economia que sofre de altos níveis de insegurança e criminalidade alta. O país é fortemente dependente do comércio, com as exportações respondendo por mais da metade do PIB total. Mais de dois terços da população vive abaixo da linha da pobreza. A taxa de pobreza de Honduras é mais de três vezes pior do que a do Brasil. Não há hondurenhos na lista de bilionários da Forbes.