Representantes do governo avaliaram como “expressivos” os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta quinta-feira (18). A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello; o ministro da Educação, José Henrique Paim; e o ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, afirmaram que a qualidade de vida dos brasileiros aumentou desde o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles consideraram o resultado positivo e importante para subsidiar a continuidade de políticas públicas, principalmente aquelas relacionadas à educação, redução da desigualdade e acesso à renda.

“Desigualdade não pode ser medida só pela renda. Se olhar a desigualdade como o acesso a um conjunto de bens e serviços, então a desigualdade tem caído de forma expressiva e vai continuar caindo”, disse a ministra.


Ela também destacou dados importantes na redução do trabalho infantil e no aumento da escolaridade. Em um único ano, houve queda de 15% do número de crianças na faixa etária de 5 e 13 anos que trabalhavam. Entre as crianças nessa faixa etária que ainda trabalham, 96,4% estão na escola.“Estamos melhorando no que é estratégico para o governo, que é a educação”, disse Tereza Campello.

De uma maneira geral, a ministra apontou que diversos aspectos do estudo revelam melhora na vida dos brasileiros. Entre itens estão a universalização da energia elétrica, aumento no número beneficiados com coleta seletiva e crescimento de acesso a bens e serviços.

“Nossa avaliação é que a vida continua melhorando para todos os brasileiros. Os dados mostram a sustentabilidade do crescimento e da melhora de vida da população”, disse Campello.

Educação
O ministro da Educação, José Henrique Paim, mostrou dados históricos para apontar avanços expressivos na educação. Foi registrada queda do analfabetismo em todas faixas etárias e em todas regiões, atingindo a menor taxa da história: escolarização de crianças na faixa entre 4 e 5 anos de idade subiu de 78% para 81%, em apenas um ano. O ministro informou que, na faixa de 15 a 19 anos, a taxa de analfabetismo em 2013 atingiu 1%. Na década de 70, este índice era de 24,3%.

“O Brasil não está mais produzindo analfabetos. Nosso desafio agora é garantir o aumento do ritmo de redução do analfabetismo”, comemorou Paim.

O ministro também destacou o aumento na média de anos de estudo. Nos últimos três anos, a taxa está aumentando mais que em anos anteriores. Para ele, isso sinaliza que em uma década a média de anos de estudo aumentará em dois anos. Em 1980, quando o analfabetismo era de cerca de 20% da população eram 2,6 anos de estudo. Hoje, são 7,7.

Trabalho
Para o ministro Marcelo Neri, o principal dado apresentado pela Pnad 2013 é a melhora da renda do brasileiro. Segundo ele, houve melhora qualitativa dos postos de trabalho, com renda média maior, o aumento do percentual de trabalhadores formais e a diminuição dos postos de trabalho não qualificados, além da diminuição da população ocupada nas idades menores.

“A renda do trabalho por brasileiro subiu quatro vezes mais que o PIB. É uma tendência que vem se mantendo há mais de dez anos. Ao contrário dos outros países, em que a economia cresce mais, o País está garantindo uma melhoria real na qualidade de vida de seus trabalhadores”, garante Neri.

Ministros em coletiva de imprensa de avaliação dos dados da Pnad 2013, Foto: Isabelle Araújo/MEC.
Ministros em coletiva de imprensa de avaliação dos dados da Pnad 2013, Foto: Isabelle Araújo/MEC.