Em encontro do PT, Dilma critica atuação de 'golpistas'
“Vamos lutar com tranquilidade e serenidade. Nós não podemos cair em nenhuma provocação. Nós não podemos esquecer uma coisa que o povo nos confiou: um mandato de quatro anos. E nós vamos exercê-lo tentando, buscando, lutando e fazendo o melhor governo possível”, afirmou a presidenta. Para Dilma, é preciso ter união para enfrentar as adversidades e governar com generosidade. Segundo ela, o segundo mandato na Presidência da República será do PT, dos partidos aliados, dos movimentos sociais e de todos os brasileiros, eleitores do partido ou não.
“Eu fui eleita para continuar mudando o Brasil, defendi as nossas realizações. Não teria vencido se não fosse pelo apoio da militância, do PT, dos partidos aliados e dos movimentos sociais”, explicou a presidenta. A presidenta estava acompanhada do presidente nacional do PT, Rui Falcão, do governador eleito pelo partido no Ceará, Camilo Santana, do ministro da Secretaria de Relações Internacionais, Ricardo Berzoini, entre outros correligionários.
Dilma voltou a rebater críticas feitas pela oposição durante período eleitoral. Lembrou, como exemplo, as divulgações recentes sobre a queda nas taxas do desmatamento da Amazônia Legal, da inflação e do desemprego. “Foi um processo de desinformação, de disputa e falsidade em relação ao Brasil”, afirmou. A presidenta, no entanto, disse não estar satisfeita com a atual situação econômica. Para ela, é preciso fazer um esforço “imenso” em relação à inflação.
“Os últimos dados mostram que a inflação vai fechar abaixo do teto máximo da meta esse ano, mas isso não significa que estamos contentes. O Brasil tem de inovar, melhorar a competitividade”, falou. Dilma aproveitou o primeiro evento político após o fim das eleições para agradecer à militância do partido pelo apoio na campanha. “Agradeço à militância do PT pela capacidade de agir, debater e pela coragem de enfrentar a adversidade política”, falou a presidenta.
A presidenta também pediu a aproximação do partido e do governo com os movimentos sociais. Aos correligionários, Dilma voltou a defender a criminalização da homofobia. “Nós temos de ser os defensores dos direitos humanos”, afirmou. Sobre a reforma política, ela disse ser preciso ter compromisso com essa pauta. “Nada nesse combate à corrupção construído nos últimos anos será efetivo se não fizermos uma verdadeira reforma política. Eu pessoalmente só acredito em reforma política com participação popular”, disse a presidenta.
Para Dilma, a grande missão do PT para os próximos anos é preservar o modelo de desenvolvimento adotado atualmente, com geração de emprego e valorização do salário mínimo. “Nós temos uma visão estratégica de desenvolvimento e isso nos diferencia. Não achamos que toda parte social é um anexo da política. Achamos que está no centro da nossa política”, disse.
Por Mariana Zoccoli, enviada especial da Agência PT de Notícias