O coronel José Barros Paes era o todo-poderoso oficial que mandava na repressão em São Paulo entre 1974 e 1976. Como chefe da Seção de Informações do 2.º Exército, tinha sob suas ordens o DOI. Trinta anos depois da morte do jornalista Vladimir Herzog, o homem que o intimou para depor no destacamento deu sua primeira entrevista. Queria falar sobre o amigo, o general Torres de Melo, que comandara a PM paulista de 1974 a 1977. Durante a entrevista, o coronel condecorado com a Medalha do Pacificador, aceitou falar sobre os fatos de seu comando, como o caso Herzog, cuja versão de suicídio, afastada pela Justiça, ele ainda mantém. No segundo trecho, Paes revela que médicos-legistas faziam ‘trabalhos políticos para o DOI, para evitar um mal maior’.
‘Eu marquei a hora para o Herzog se apresentar’
O coronel José Barros Paes era o todo-poderoso oficial que mandava na repressão em São Paulo entre 1974 e 1976. Como chefe da Seção de Informações do 2.º Exército, tinha sob suas ordens o DOI. Trinta anos depois da morte do jornalista Vladimir Herzog, o homem que o intimou para depor no destacamento deu sua […]
POR: Marcelo Godoy
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