Rabelo: Que o PCdoB ocupe a linha de frente da contraofensiva!
O documento enfatiza que nessa escalada, “a direita e a grande mídia orquestram e pregam, renitentemente, sem base jurídica alguma, o impeachment da presidenta”, incitando as manifestações de rua.
Para dar resposta ao golpismo, Renato destaca três bandeiras fundamentais capazes de aglutinar a esquerda e o conjunto do campo democrático e patriótico: “Contra o golpe, em defesa do mandato constitucional da presidenta Dilma; Em defesa da Petrobras e da engenharia nacional; e Contra a corrupção, pelo fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais”. Além disso, o dirigente comunista destaca a luta pela retomada do crescimento econômico com a garantia dos direitos trabalhistas e sociais e as reformas estruturais democráticas.
“Esclarecer, articular, mobilizar e ocupar as ruas”
Para Renato, neste momento de grave ameaça aos interesses da nação e dos trabalhadores, “o PCdoB deve ocupar seu lugar na linha de frente da contraofensiva“ com a tarefa orientadora de esclarecer, articular e mobilizar a militância.
Diz o documento: “Esclarecer, debater, politizar o coletivo militante, desfazer certa confusão e perplexidade presente no seio da esquerda e que atinge inclusive as fileiras do Partido. Segue importante travar a luta de ideias nas redes sociais e em todos os espaços. Esclarecida, consciente da essência da luta em curso, como é da alma de nossa militância, ela vai à luta”.
Renato enfatiza a importância da articulação política das forças progressistas em cada estado e município para a realização de “ações conjuntas do campo democrático, patriótico e popular em torno das bandeiras unificadoras”.
A tarefa seguinte, segundo ele, é ocupar as ruas, pois a contraofensiva “somente será vitoriosa se o campo democrático e popular for vitorioso também na batalha das ruas”. Renato pontua que essa é uma tarefa que cabe somente ao bloco de esquerda, aos partidos e movimentos, sendo o próximo dia 13 de março o primeiro passo dessa jornada de mobilizações.
“O Partido deve jogar todo seu empenho pelo êxito da manifestação marcada para 13 de março, em defesa da Petrobras, do mandato da presidenta Dilma e dos direitos. Ainda em março, na luta contra a corrupção, devemos nos engajar na coleta de assinaturas pelo projeto de iniciativa popular da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas que, entre outras propostas, defende o fim do financiamento de empresas às campanhas eleitorais. Os atos comemorativos dos 93 anos de fundação do PCdoB devem ser concebidos, também, para fortalecer essa contraofensiva”, finaliza o líder comunista.
Leia íntegra do documento encaminhado ao conjunto do coletivo de dirigentes das organizações do Partido:
Que o PCdoB ocupe a linha de frente da contraofensiva!
Em resposta à grave situação política em curso no país, a Comissão Política Nacional (CPN) do nosso Partido aprovou, no último dia 27, a resolução Derrotar o golpismo, fortalecer a contraofensiva pelo êxito do governo Dilma, na qual emite o alerta de que está em marcha uma escalada golpista da direita neoliberal para tentar paralisar o governo Dilma, criminalizar o PT e outros partidos da base aliada e, ainda, atingir a reputação do ex-presidente Lula. Nessa escalada, a direita e a grande mídia orquestram e pregam, renitentemente, sem base jurídica alguma, o impeachment da presidenta. Para esse objetivo, inclusive, incitam manifestações de rua.
Para fortalecer a contraofensiva que se inicia, a resolução da CPN aponta um trio de bandeiras que, no momento, vão se revelando as mais capazes para aglutinar a esquerda e o conjunto do campo político e social democrático e patriótico. São elas: Contra o golpe, em defesa do mandato constitucional da presidenta Dilma; Em defesa da Petrobras e da engenharia nacional; e Contra a corrupção, pelo fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais. Além dessas bandeiras, também se destaca a luta pela retomada do crescimento econômico com a garantia dos direitos trabalhistas e sociais. Somando-se, é claro, ao elenco das reformas estruturais democráticas.
Esclarecer, articular, mobilizar e ocupar as ruas
Nesta hora de grave ameaça ao governo Dilma e aos interesses da Nação e dos trabalhadores, o PCdoB deve ocupar seu lugar na linha de frente da contraofensiva. Para isso, as direções partidárias devem, imediatamente, realizar três tarefas básicas.
1º) Esclarecer, por intermédio de plenárias de militantes, filiados, amigos, o que está em jogo no acirrado confronto em andamento no país. Esclarecer, debater, politizar o coletivo militante, desfazer certa confusão e perplexidade presente no seio da esquerda e que atinge inclusive as fileiras do Partido. Segue importante travar a luta de ideias nas redes sociais e em todos os espaços. Esclarecida, consciente da essência da luta em curso, como é da alma de nossa militância, ela vai à luta.
2º) Articular em cada estado, e nos municípios, ações conjuntas do campo democrático, patriótico e popular em torno das bandeiras unificadoras – algumas delas acima já assinaladas.
3º) Mobilizar: ocupar as ruas. A contraofensiva abarca várias frentes e vários espaços, mas ela somente será vitoriosa se o campo democrático e popular for vitorioso também na batalha das ruas. No âmbito da frente cabe, sobretudo ao bloco de esquerda, aos partidos e movimentos, tomar em suas mãos a tarefa de realizar em ondas crescente a mobilização do povo. De pronto, o Partido deve jogar todo seu empenho pelo êxito da manifestação marcada para 13 de março, em defesa da Petrobras, do mandato da presidenta Dilma e dos direitos . Ainda em março, na luta contra a corrupção, devemos nos engajar na coleta de assinaturas pelo projeto de iniciativa popular da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições limpas que, entre outras propostas, defende o fim do financiamento de empresas às campanhas eleitorais. Os atos comemorativos dos 93 anos de fundação do PCdoB devem ser concebidos, também, para fortalecer essa contraofensiva.
Confiante, como sempre, no compromisso e no empenho dos camaradas, despeço-me com fraternal abraço,
São Paulo, 4 de março de 2015
Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil, PCdoB