Canto antigo (Viver, ao viajante, uma passagem…)
Viver, ao viajante, uma passagem;
morrer- o passageiro que retorna.
Céu, terra, o mundo, este motel de estrada,
que há dez mil anos junta o mesmo pó.
Coelho em jade à lua entre elixires
e a árvore Fusang desfeita em cinzas.
Dos brancos ossos nada mais se diz
e à primeira, verdes os pinheiros.
Os dias vêm e vão, virão suspiros:
De nada vale a glória, vã, vazia.
Livro: Antologia da poesia clássica chinesa
Dinastia Tang Autor: Li Bai Tradução, organização, notas e introdução: Ricardo Primo Portugal e Tan Xiao Editora: Unesp