A Central dos Trabalhadores de Cuba convoca a população à participar das festividades e afirma que “a festa do proletariado mundial acontecerá numa conjuntura em que a nossa América e o Caribe vivem um cenário político caracterizado por uma contra-ofensiva da direita e do capital transnacional”.

Além disso, afirma que “será um momento para denunciar as manobras dirigidas a desestabilizar os governos de esquerda e progressistas no poder, particularmente na Venezuela, Bolívia, Equador e Brasil”.

Durante a histórica visita a Cuba em Março, o presidente Barack Obama disse num discurso que o embargo vigente desde 1962 “fere os cubanos, ao invés de ajudá-los” e o chamou de uma “carga obsoleta”.

Obama pediu ao Congresso o fim do embargo e adoptou reformas de atribuições do Poder Executivo para flexibilizar algumas sanções e promover um maior intercâmbio entre os países, que retomaram as relações diplomáticas em Julho de 2015, após meio século de inimizade.

Ao mesmo tempo, pressiona o Congresso pelo encerramento da prisão de Guantánamo, onde 91 suspeitos permanecem detidos, mas não há planos de devolução de Guantánamo.

LEIA A ÍNTEGRA DA CONVOCATÓRIA:

A Central dos Trabalhadores de Cuba e os sindicatos nacionais, como tem estado ocorrendo durante mais de meio século, convocam todo nosso povo à jornada de mobilização nacional para celebrar no próximo 1º de Maio o Dia Internacional dos Trabalhadores, presidido pelo lema central “POR CUBA: UNIDADE E COMPROMISSO”.

Nas atividades que têm sido organizadas levaremos bem alta a convicção que com nossos próprios esforços e provada capacidade de luta e vitórias continuaremos levando adiante o processo de atualização do modelo político, econômico e social que temos escolhido como nação soberana, independente e socialista, encaminhado a desenvolver o país e o bem-estar do povo no qual os trabalhadores desempenham um papel de protagonistas.

O desfile compacto e colorido de multidões em todas nossas praças, levando consignas, cantos e um mar de bandeiras e cartazes será um momento oportuno para continuar o reclame do cessar do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba e exigir a devolução do território da Base Naval de Guantánamo ilegalmente ocupado ao nosso país.

Neste 1º de Maio o converteremos no palco para a homenagem e reconhecimento ao líder histórico da Revolução, o comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, por ocasião de se celebrar seu 90º aniversário. Será uma oportunidade para destacar em cada coletivo de trabalhadores seu pensamento revolucionário e vínculo permanente com os trabalhadores.

A celebração do 1º de Maio é também uma jornada que promove a iniciativa para enfeitar os locais de trabalho e ao mesmo tempo consolidar as ações desenvolvidas na campanha de higienização contra o mosquito Aedes aegypti.

Desde todas nossas estruturas sindicais se convocará a converter abril no “MÊS DAS VITÓRIAS PRODUTIVAS” promovendo a mobilização dos trabalhadores para que potenciem ao máximo as reservas de eficiência em cada coletivo de trabalho, em função do cumprimento do plano de produção, os serviços e a poupança de recursos, cujo resultado favorecerá o melhoramento das receitas. Será um espaço, também, para o reconhecimento aos resultados individuais e coletivos daqueles que mais se destacam.

Temos importantes motivações para a celebração desta jornada ao se comemorarem efemérides que nos dignificam como cubanos e enaltecem nossa história e tradições de luta.

Neste mês nos alenta e compromete ao máximo a celebração do 7º Congresso de nosso Partido, o 55º aniversário da Campanha de Alfabetização e a declaração de Cuba território livre de analfabetismo, o 60º do desembarque dos expedicionários do iate Granma; o 55º aniversário da vitória de Praia Girón e a proclamação do caráter socialista da Revolução nos inspiram compromisso e realizações.

A festa do proletariado mundial será realizada em uma conjuntura na qual nossa América e o Caribe vivem um cenário político caracterizado por uma contra-ofensiva da direita e o capital transnacional; será um momento para denunciar as manobras dirigidas a desestabilizar os governos de esquerda e progressistas no poder, particularmente na Venezuela, Bolívia, Equador e o Brasil.

Ao mesmo tempo se converterá na demonstração de nossa solidariedade com os povos e trabalhadores da América e o mundo, empenhados em atingir uma justiça social includente, na luta pela unidade e a defesa dos espaços integracionistas como a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

O restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos o valorizamos como uma vitória rotunda da vontade indobrável do povo cubano na qual apreciamos oportunidades em áreas de interesse bilateral e também desafios. Respaldaremos o apego irrestrito de Cuba aos seus ideais revolucionários e antiimperialistas, ao compromisso com as causas justas do mundo e o incondicional apoio aos nossos países irmãos.

Destacaremos o legado de grandes líderes operários no 105º aniversario do nascimento de Lázaro Peña González, Jesús Menéndez Larrondo e José María Pérez Capote, o 115º de Aracelio Iglesias Díaz, bem como o exemplo de outros que identificam os diferentes sindicatos e os trabalhadores em seus mais altos valores.

Compatriotas

Convocamo-los a este 1º de Maio com a convicção que tem que converter-se em uma contundente expressão da participação consciente, o compromisso e a unidade indestrutível de nosso povo e os trabalhadores com a construção e desenvolvimento da obra da Revolução, o reconhecimento à liderança de Fidel, Raúl e o apoio aos acordos que se derivem do 7º Congresso do Partido Comunista de Cuba.

30 de março de 2016

“Año 58º da Revolução”