O marxista italiano Gianni Fresu fala sobre a sua obra, a ofensiva reacionária e o esforço de reconstrução da esquerda
Em junho deste ano a Fundação Maurício Grabois e a editora Anita Garibaldi estarão lançando a obra “Lênin leitor de Marx: dialética e determinismo na história do movimento operário”, do intelectual comunista italiano Gianni Fresu. Visando a divulgar algumas idéias desse autor, o Portal da Fundação Maurício Grabois disponibiliza ao público a entrevista concedida à revista Princípios no início do ano passado.
****
É pouco conhecida, do público brasileiro, a trajetória do movimento comunista italiano. O PCI, que chegou a ser o maior partido comunista do Ocidente e desempenhou papel destacado na luta contra o fascismo e na consolidação democrática da Itália do pós-guerra, desintegrou-se completamente e hoje a luta dos comunistas italianos é para conseguir um mínimo de organização – o que se faz procurando colocar em marcha um movimento de reconstrução que unifique as forças em torno do Partido dos Comunistas Italianos (PdCI) e do Partido da Refundação Comunista (PRC). Antonio Gramsci, o maior expoente do antigo PCI, deixou uma obra inacabada, da qual, a maior parte em manuscritos e cartas, cuja interpretação e contribuição para o desenvolvimento do marxismo é reconhecida, mas ao mesmo tempo pouco compreendida. Muitos são os teóricos que reivindicam o pensamento de Gramsci, justificando as mais variadas interpretações, que vão do dogmatismo ao culturalismo e o liberalismo.
São interpretações incompletas, ou mesmo desonestas, afirma Gianni Fresu, jovem pesquisador e dirigente comunista italiano. Filiado por 22 anos na Refundação Comunista, onde desempenhou tarefas de dirigente regional e nacional, Fresu já publicou seis livros na Itália, entre eles Lenin lettore di Marx: dialettica e determinismo nella storia del movimento operaio (Lenin leitor de Marx: dialética e determinismo na história do movimento operário), Il Diavolo Nell’Ampola. Antonio Gramsci, gli intellettuale e il partito (O Diabo na ampola.Antonio Gramsci, os intelectuais e o partido) e Eugenio Curiel: il lungo viaggio contro il fascimo (Eugenio Curiel: a longa viagem contra o fascismo). Seu percurso intelectual se desenvolveu em torno às disciplinas histórico-políticas, particularmente a história do movimento operário, com destaque para o pensamento de Antônio Gramsci. Formado em História do Pensamento Político e doutor em Filosofia pela Universidade Urbino, sob a orientação de Domenico Losurdo, Gianni Fresu está atualmente no Brasil como professor visitante, na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília. Ele é integrante do grupo de pesquisa “A cultura política no mundo do trabalho”, coordenado por Marcos Del Roio, e a partir do qual realiza uma pesquisa sobre a propagação do pensamento de Gramsci no Brasil através do trabalho de Carlos Nelson Coutinho. No intuito de apresentá-lo aos comunistas brasileiros e aos leitores de Princípios, o convidamos para esta pequena entrevista, da qual ele participou com grande entusiasmo.
Princípios – No seu livro Lenin, leitor de Marx, você afirma que a ideia de um Lenin dogmático e doutrinário é, na verdade, uma tese difundida pela ofensiva conservadora sucessiva à queda do Muro de Berlin. Por favor, fale um pouco sobre isso.
Fresu – Com o predomínio do modelo ocidental, após o fracasso do bloco socialista no Leste Europeu, a liquidação da herança teórica de Lenin passa a ser uma tarefa seguida com obstinação por grande parte do mundo político, acadêmico e cultural. Assim, entre a maioria dos historiadores do pensamento político, sociólogos, cientistas políticos, economistas ou simples jornalistas, prevalece a tendência de representar sumariamente Lenin como um “doutrinário” rígido e dogmático, que tinha a obsessão de abrigar a realidade numa camisa de força. O “drama do comunismo” seria, então, o resultado do fundamentalismo ideológico de Lenin e de sua pretensão de fazer nascer uma nova ordem a fórceps. O século XX tem sido descrito como o século dos horrores, das ditaduras e, nessa leitura apocalíptica, Lenin é representado como a origem do pecado, o diabo responsável pelas desgraças e os lutos de um século ensanguentado, incluído aí o fascismo. Por isso, uma das suas elaborações mais conhecidas, o imperialismo, tem sido combatida com tanta violência. O sinal desta ofensiva não é neutro, porque nasce da exigência de cancelar a dupla validade do imperialismo, não só pelo que tem representado na obra de desmistificação das formas de autorrepresentação do real, mas sobretudo pelos instrumentos de luta fornecidos aos povos subalternos. E me refiro em especial à luta pela libertação do domínio colonial na Ásia, África e América Latina no século XX. Há noventa anos da morte de Lenin, a necessidade de retornar às suas premissas filosóficas e à sua atividade política surge, em primeiro lugar, pela exigência de se evitar esses atalhos e começar um trabalho de investigação o mais sério e rigoroso possível. Para além da liquidação e também das interpretações apologéticas, tal retorno é fundamental, se temos a ambição de compreender o fato revolucionário que marcou profundamente a história da humanidade no século XX. Embora tenha sido definido como um “doutrinário dogmático”, podemos identificar um fio vermelho na atividade teórica e política de Lenin, e este está exatamente na recusa metodológica das orientações mais esquemáticas e rígidas do determinismo marxista, predominantes no movimento socialista, na passagem do século XIX para o XX.
Princípios – Uma de suas obras tratou do pensamento de Gramsci. Em que medida esta desconstrução de Lenin afeta também o pensamento político desse comunista italiano?
Fresu – Nas diferentes leituras sobre o intelectual da Sardenha se firmou uma tendência favorável à teoria da descontinuidade entre as reflexões de um primeiro Gramsci dirigente comunista, e de um outro, do período do cárcere. Uma ruptura entre a produção anterior e posterior a 1926: a primeira pertenceria ao Gramsci político, homem de partido, ou seja, um fanático comunista; a segunda ao Gramsci filósofo, maduro homem de cultura, e representaria a sua chegada à socialdemocracia. Assim, o conceito de hegemonia seria a prova de uma ruptura com Lenin. Esta tendência, originada de exigências mais políticas que científicas, se revelou sem rigor filológico, mostrando em pouco tempo todos os seus limites. Pelo contrário, a teoria de Lenin é uma premissa fundamental à definição da hegemonia. Assim, para ele, nos países capitalistas avançados é mais difícil fazer a revolução socialista, porque a sociedade burguesa tem instrumentos de controle e repressão sempre mais sofisticados, proporcionalmente ao próprio nível de desenvolvimento. Portanto, as massas se acham enquadradas nos esquemas da direção política, econômica e cultural da sociabilidade burguesa. Aqui está o eixo fundamental para Gramsci: nos países ocidentais o trabalho de preparação da revolução tinha que ser muito mais cuidadoso do que aquele no contexto russo. Diferentemente do que aconteceu na Rússia, no Ocidente o assalto ao poder estatal é inútil sem uma conquista hegemônica da sociedade civil. Este é o sentido das famosas notas sobre a “guerra de manobra” e “guerra de posição”. Segundo Gramsci, Lenin foi o primeiro a entender o problema, mas não teve como aprofundá-lo. Estas reflexões têm um valor muito importante para a ciência política porque abrem um campo de análise totalmente novo sobre as formas do poder político. No Caderno sete Gramsci escreveu: “No Oriente o Estado é tudo, a sociedade civil é primitiva e gelatinosa; no Ocidente, entre Estado e sociedade civil, havia uma justa relação, e em qualquer abalo do Estado se percebia logo uma robusta estrutura da sociedade civil. O Estado era só uma trincheira avançada atrás do qual se situava uma robusta cadeia de fortalezas e casamatas; em medida diversa de Estado a Estado, sem dúvida, mas exatamente assim, isto pedia uma cuidadosa investigação de caráter nacional” (1).
E estas são as palavras de Lenin: “Começar, sem preparação,uma revolução num país onde o capitalismo é desenvolvido, que tem dado, até o último homem, uma cultura e um método de organização democrático, é errado, é um absurdo” (2).
Princípios – Essa mesma desconstrução afeta hoje a figura política de Palmiro Togliatti, o grande dirigente do Partido Comunista Italiano, depois da morte de Gramsci?
Fresu – Togliatti foi o grande responsável pela unidade das forças democráticas contra o fascismo no movimento comunista, seja no famoso VII Congresso do Comintern, em 1935, seja no trabalho de construção unitária do Comitê de Libertação Nacional na Itália. Mas já o tinha sido antes, quando, em 1928, foi o único a valorizar a relação com Bukharin (já contrário à linha que igualava o fascismo à socialdemocracia); tanto assim que lhe foi tolhida a palavra. Ele transformou um pequeno partido de vanguarda no maior partido comunista do Ocidente, dando aos comunistas um papel central não só naquele sentido messiânico do “sol do amanhã”, mas na construção diária de uma democracia com as ambições de resolver as necessidades da igualdade tanto formal quanto substancial, isto é, não só a velha democracia liberal pré-fascista, mas um novo tipo de democracia social. Um quadro constitucional em que os trabalhadores teriam a tarefa de conseguir um papel de liderança no país através de um progressivo alargamento dos espaços da democracia social, política e econômica.
Se a Itália – apesar da “guerra fria” então em curso, e ao contrário dos outros dois países do Pacto Tripartite (Japão e Alemanha) – tinha uma Constituição nascida de um processo popular, e não emanada dos exércitos aliados, isso também se deve a ele. Togliatti foi o mais decisivo defensor da estreita união entre a perspectiva da futura democracia a construir e a imediata luta popular pela libertação nacional do fascismo, em um tempo em que muitas forças nacionais preferiam a imobilidade, esperando que os exércitos aliados libertassem a Itália. Por todas estas razões, 50 anos após sua morte, em um período de constante rebaixamento da Constituição de 1948, onde se busca voltar aos equilíbrios das antigas formas de representação nobiliárquicas, Palmiro Togliatti – tratado como “um cachorro morto” –, na realidade, ainda provoca muito medo. E por isso continua a ser objeto das mais absurdas e idiotas campanhas da imprensa, destinadas a representá-lo como o demônio do século XX italiano.Ao contrário, quanto mais estamos diante do desastre da pulverizada esquerda italiana – não só desprovida de uma visão orgânica do mundo, como também mais prosaicamente de um projeto político mínimo – tanto mais a sua figura deveria ser estudada com um pouco de mais atenção, pois em seu legado político e teórico podemos encontrar muito de tudo aquilo que está hoje faltando.
Os ataques a Togliatti em geral são imputáveis a certas releituras revisionistas da obra de Gramsci, sobre cujas cinzas se realiza o enésimo processo contra a história do Partido Comunista Italiano. Há uma categoria de estudiosos especializados em pesquisas sobre a suposta conversão política, quando não também religiosa, de Antonio Gramsci aos paradigmas do liberalismo. A bibliografia tendente a apresentar um Gramsci atormentado e levado a um pouso liberal no final da vida, no limite um socialdemocrata, é ampla – e, embora de valor científico sensacionalista, muito apreciada. A isso se acrescentam outras teses extravagantes, sempre de corte sensacionalista e nunca minimamente fundadas em fontes confiáveis, particularmente estimuladas pelos “grandes” jornais italianos e programas de televisão de divulgação histórica. Resumidamente, elas dizem: 1) Togliatti foi o carcereiro cruel de Gramsci; 2) as irmãs de Schucht e Piero Sraffa (ou seja, esposa e irmã e um íntimo amigo de Gramsci) eram agentes da KGB contratadas por Stalin para vigiá-lo; 3) Mussolini e as prisões fascistas defenderam, e de fato salvaram, Gramsci de seu próprio partido. Se fosse fidedigno o quadro destas interpretações, teríamos um Gramsci não só permanentemente perdido e atormentado, mas um homem tendencialmente ingênuo, vítima inconsciente de agentes duplos, da pérfida maldade traiçoeira de todas as pessoas que lhe estavam mais próximas. Ora, todos esses argumentos giram em torno da releitura forçada (obviamente nunca provada) de correspondências necessariamente cifradas; de meras suposições subjetivas não apoiadasem qualquer documento; de leituras banais e parciais dos escritos de Gramsci; e sobre a manifesta falsificação de documentos de arquivos.
Princípios – E Eugênio Curiel, intelectual que você estudou no livro Eugenio Curiel: a longa viagem contra o fascismo, que valores ele deixou na cultura comunista italiana?
Fresu – Embora seja a base da nossa Constituição republicana, poucas experiências históricas têm sido objeto de tamanha disputa como a luta partigiana ocorrida entre 1943 e 1945. Já no dia seguinte à redescoberta da democracia, multiplicaram-se as tentativas para redimensionar o papel da Resistência na história da libertação nacional e, em particular, o peso específico do seu componente principal. Nos interstícios das remoções forçadas, ou das necessidades ligeiras de reescrever a história, permaneceram experiências coletivas e personalidades individuais de certo relevo, mas destinadas ao esquecimento. Entre elas está o jovem intelectual Eugenio Curiel, uma figura multifacetada, por seus interesses e inclinações intelectuais, que sacrificou sua própria vida à causa da libertação, como muitos de sua geração. Um homem, morto sem ter completado 33 anos de idade, que, apesar de sua curta passagem, deixou um legado de reflexão, análise, propostas e experiências de política concreta, digno da maior atenção. Por exemplo, ele foi um dos primeiros a desenvolver com continuidade e profundidade a categoria de “democracia progressiva”, tão importante na política de Palmiro Togliatti. Curiel foi formado e amadureceu nos anos da máxima expansão do regime de Mussolini, uma fase ainda atravessada por um clima de inquietação em um número crescente de jovens, educados na doutrina do fascismo, mas profundamente insatisfeitos com suas realizações concretas.
Foi um intérprete e inspirador da “geração dos anos difíceis”, cumprindo um papel fundamental de ligação entre as necessidades dos jovens com aquelas dos antigos protagonistas da luta antifascista, em uma relação marcada pela solidariedade ativa e não pelo confronto de gerações. Não faltam exemplos na história de fraturas geracionais. No entanto, os resultados mais profundos em termos de renovação ocorreram quando entre as gerações antigas e novas se criou uma soldagem em torno das escolhas em jogo. A luta pela libertação do nazi-fascismo é um exemplo disso, até pelo irromper difuso de jovens crescidos no regime que, na clandestinidade, encontram um ponto de contato com os antigos protagonistas do antifascismo derrotados por Mussolini. Ele morreu na véspera da vitória final, num gélido fevereiro em Milão, sem ter podido ver as cores de uma primavera muita aguardada e para a qual tanto lutou: a libertação. Tendo visto e ajudado a acelerar o declínio da ditadura, ele não pôde apreciar o amanhecer de uma nova democracia, e talvez até mesmo neste particular esteja o fascínio de seu trágico destino, dramaticamente marcado pela violência do fascismo. Embora hoje quase completamente esquecido, Eugenio Curiel, em sua curta vida, deixou um sulco importante, tornando-se um ponto de referência para muitos jovens que entraram para o PCI a partir da Resistência e nas décadas após a libertação. Entre eles, Enrico Berlinguer, secretário da Federação da Juventude Comunista depois da Guerra, particularmente ativo na valorização e no estudo da obra de Curiel.
Princípios – Como você vê as perspectivas do movimento comunista europeu na atualidade, depois da socialdemocratização por que passaram tantos partidos históricos, entre eles o antigo PCI?
Fresu – A situação da esquerda de classe na Europa é muito difícil, mas o é seguramente ainda mais na Itália. O país que ostentava o maior e mais enraizado partido comunista do Ocidente, agora tem a pior e mais fraca esquerda de alternativa do continente. A ofensiva reacionária que definitivamente está destruindo o que resta da civilização do trabalho na Itália impõe à esquerda um esforço para reconstruir em novas bases um campo político como o nosso, de tal modo devastado que faz lembrar uma praga de gafanhotos.
Na esquerda, pelo menos há dois anos, estão em curso reuniões e conferências a partir da qual surgiram documentos e propostas de reconstrução. Agora seria o caso de se deslocar da etapa das propostas para a organização, evitando deixá-las definhar em um debate que sempre ameaça a si mesmo. Pessoalmente, acredito que devemos agir em dois níveis: 1) colocar sob novas bases, em termos positivos e finalmente unitários, a questão comunista em nosso país, superando os problemas políticos de ineficiência causada pela diáspora e a pulverização da iniciativa ao longo das últimas duas décadas; 2) construir uma frente mais ampla de luta da esquerda contra as políticas sociais da União Europeia, no âmbito da qual os comunistas devem ter um papel pró-ativo e não de retaguarda. Os dois termos são essenciais e devem andar juntos, pois cada um deles tomado individualmente não seria suficiente: só a reconstrução da primeira, em si, não serviria, em uma fase em que se precisa primeiro aumentar as lutas sociais e, portanto, reconstruir uma teia de relações mesmo fora de seu campo estritamente ideológico; menos ainda serviria dissolver os comunistas em um novo sujeito de esquerda, genérico e sem adjetivos, transformando a sua presença em uma “tendência cultural”, porque inevitavelmente ainda se encontraria fraco e disperso, sofrendo a direção de outros, em vez de exercer a hegemonia.
Embora cada contexto seja o resultado de sua peculiaridade nacional e continental, na América Latina houve uma situação semelhante, se não pior, depois de décadas de derrotas, retrocessos e ditaduras sangrentas para os quais os comunistas pagaram um preço muito alto. Bem, na América Latina foi possível inverter a tendência e reconstruir um campo de classe em nível continental, capaz de pôr novamente na ordem do dia o tema do socialismo, colocando em sérios apuros a intromissão do imperialismo norte-americano na região, justamente porque se buscou manter intimamente unidos esses dois termos de uma mesma equação. Basta pensar no Foro de São Paulo nos últimos anos e nas muitas experiências na Bolívia, Venezuela, Chile e Argentina, onde as forças comunistas não se dissiparam, e ao mesmo tempo não se fecharam em suas fortalezas de certezas ideológicas. Mas esta é a mesma história dos comunistas na Itália, capaz de nos dar ideias de onde tirar inspiração. Diante do fascismo triunfante da década de 1930, os comunistas não escolheram nem dissolver-se em uma ampla frente unitária, nem seguir separadamente das outras forças antifascistas, mas trabalharam tenazmente para manter unidas as duas exigências: a autonomia dos comunistas; e a unidade com as outras forças antifascistas. Só assim os comunistas conseguiram exercer uma hegemonia mais ampla e assumir um papel positivo e pró-ativo, que permitiu um salto à frente, tanto no que diz respeito à força dos comunistas, quanto diante da luta antifascista. Por todas estas razões é que fui um dos signatários do apelo da “Associação para a reconstrução do Partido Comunista no quadro mais amplo da esquerda de classe.”
* Publicada originalmente na revista Princípios – n° 134, março de 2015
** Marcos Aurélio da Silva é professor dos cursos de graduação e pós-graduação em geografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
*** Rita Coitinho é mestra em sociologia e doutoranda em geografia humana na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Notas
(1) GRAMSCI, A. Quaderni del carcere (Cardernos do Cárcere). Op. cit., p. 866.
(2) LENIN, V. I. Rapporto sulla guerra e sulla pace (Relatório sobre a guerra e sobre a paz),7 de março de 1918. III Congresso do PC(B)R. In: Opere complete, vol. XXVII. Op. cit., p. 85.