Tecnologia a serviço da democracia e cidades mais humanas
“Estamos vivendo características assustadoras hoje, que remetem a períodos tenebrosos da humanidade. São atitudes fascistas, de completo desrespeito ao contraditório, onde os argumentos não valem nada, onde uma mentira repetidas muitas vezes viram verdades”, disse Jandira, referindo-se à intolerância que se instala hoje no País.
Desta forma, garantir uma gestão democrática, que se abra para o contraditório, é uma pauta atual e necessária. Para isso, as candidaturas progressistas precisam priorizar alguns aspecto fundamentais: a democratização da gestão, transparência orçamentária, maior distribuição dos recursos e acesso à tecnologia e à comunicação.
“Acredito que uma administração democrática e humanizada precisa valorizar a diversidade, garantir a pluralidade e estabelecer a igualdade de direitos”, pontuou Jandira.
“A tecnologia deve ser nossa aliada, usar todos os recursos que temos à mão é uma necessidade. Não tem porque serviços fornecidos pela Prefeitura não sejam resolvidos pelo celular, hoje até as crianças têm um!”, finalizou.
Democracia digital e cultural
O ex-cordenador do gabinete digital do governo do Rio Grande do Sul Fabrício Solagna, que também participou do debate, falou sobre como construir políticas públicas utilizando a internet.
“Podemos utilizar a inteligência coletiva já existente e incentivar a participação utilizando experiências colaborativas concretas, que já funcionam e podem ajudar a transformar a política”, disse. “São softwares livres e com código aberto, sites como a wikipedia etc”.
No Rio Grande do Sul, o gabinete digital – a partir da coleta de ideias – auxiliou o governador a definir prioridades de investimentos e agenda, além de sugestões de ações e aprimoramento de políticas.
O painel teve ainda a participação do ex-diretor de Cidadania e da Diversidade Cultural da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC) do Ministério da Cultura Alexandre Santini reforçou a importância de valorizar espaços de debate e democracia.
“Neste sentido, o Conselho Municipal de Cultura, o Plano Municipal de Cultura e o Fundo Municipal de Cultura, são elementos básicos para implementar uma política cultural fortalecida, territorializada e que contemple a grande diversidade que existe na cidade”.