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    Comunicação

    A Mãe, de Brecht/Gorki

          “Sempre que o nosso casaco se rasgavocês vêm correndo dizer: assim não pode ser;isso vai acabar, custe o que custar!Cheios de fé vão aos senhoresenquanto nós, cheios de frio, aguardamos.E ao voltar, sempre triunfantes,nos mostram o que por nós conquistam:Um pequeno remendo.Ótimo, eis o remendo.Mas onde estáo nosso casaco?Sempre que nós gritamos […]

    POR: Companhia Ensaio Aberto

     

     

     

    “Sempre que o nosso casaco se rasga
    vocês vêm correndo dizer: assim não pode ser;
    isso vai acabar, custe o que custar!
    Cheios de fé vão aos senhores
    enquanto nós, cheios de frio, aguardamos.
    E ao voltar, sempre triunfantes,
    nos mostram o que por nós conquistam:
    Um pequeno remendo.
    Ótimo, eis o remendo.
    Mas onde está
    o nosso casaco?
    Sempre que nós gritamos de fome
    vocês vêm correndo dizer: Isso não vai continuar,
    é preciso ajudá-los, custe o que custar!
    E cheios de ardor vão aos senhores
    enquanto nós, com ardor no estômago, esperamos.
    E ao voltar, sempre triunfantes,
    exibem a grande conquista:
    um pedacinho de pão.
    Que bom, este é o pedaço de pão,
    mas onde está
    o pão?
    Não precisamos só do remendo,
    precisamos o casaco inteiro.
    Não precisamos de pedaços de pão,
    precisamos de pão verdadeiro.
    Não precisamos só do emprego,
    toda a fábrica precisamos.
    E mais o carvão.
    E mais as minas.
    O povo no poder.
    É disso que precisamos.
    Que tem vocês
    a nos dar? “
    – Canção do Remendo e do Casaco, Bertolt Brecht

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