Participando na tradicional semana dos embaixadores, o Presidente Macron pronunciou o seu primeiro discurso geral quanto a política externa desde a sua chegada ao Palácio do Eliseu [1]. Todas as citações entre aspas neste artigo são extractos do mesmo. O Presidente não traçou um quadro das relações internacionais actuais, nem explicou qual o papel que ele concebe para a França no mundo, mas, antes a maneira como pretende utilizar esse instrumento.

Segundo ele, a França não foi capaz de se adaptar às mudanças do mundo a partir de 1989, da queda do Muro de Berlim, da dissolução da União Soviética e do triunfo da globalização norte-americana. Para reconstruir o país, seria absurdo querer voltar ao antigo conceito de soberania nacional. Pelo contrário, é preciso avançar apoderando-se, para tal, das alavancas disponíveis. É por isso que, para ele, hoje em dia : «a nossa soberania é a Europa».

Claro, a União Europeia é um monstro, «um Leviatã» [2]. Ela não tem legitimidade popular, mas legítima-se quando protege os seus expatriados. No seu formato actual, ela é dominada pelo par franco-alemão. Ele, Emmanuel Macron, e a Chancelerina Angela Merkel podem, portanto, em conjunto dirigi-la. Assim, ele pôde ir à Polónia, na qualidade de Presidente francês e, com o acordo da sua parceira alemã, a qual não se podia permitir o luxo de atacar a Polónia face aos olhos da história, pronunciar-se lá como representante implícito da União, aí insultar a Primeiro-ministro lembrando-a de que não tem poder soberano e fazê-la voltar ao redil europeu.

Desde logo, junto com a Chancelerina, ele decidiu agir em quatro domínios : 

  •  a protecção dos trabalhadores; 
  •  a reforma do direito de asilo e da cooperação europeia em matéria migratória ; 
  •  a definição de uma política comercial e de instrumentos de contrôlo dos investimentos estratégicos ; 
  •  o desenvolvimento da Europa e da Defesa.

Estes objectivos determinando, evidentemente, as políticas nacionais de cada um dos Estados-Membros, incluindo a França. Por exemplo, os ordenamentos que o seu Governo acaba de adoptar sobre a reforma do Código do Trabalho estabelecem os limites mínimos de protecção dos trabalhadores conforme as instruções estabelecidas, desde há muito, pelos funcionários de Bruxelas. A cooperação europeia em matéria migratória fixará os limites de hospitalidade permitindo fazer funcionar a indústria alemã [3], enquanto que a reforma do Direito de asilo determinará a capacidade de acolhimento da França no seio do espaço Schengen. A Europa da Defesa permitirá unir os exércitos da União e de os integrar colectivamente nas ambições da OTAN.

Para fazer avançar mais rapidamente a União Europeia, a França e a Alemanha organizarão cooperações reforçadas sobre diferentes temas, em tal escolhendo os seus parceiros à unha. Será mantido, entretanto, o princípio de decisão por unanimidade, mas unicamente com os Estados pré-selecionados que estejam já de acordo com eles.

A coesão deste conjunto será mantida em volta de quatro valores comuns : 

  •  «a democracia eleitoral e representativa, 
  •  o respeito pela pessoa humana, 
  •  a tolerância religiosa e a liberdade de expressão, 
  •  e a crença no progresso». 
  • «A democracia eleitoral e representativa» só se aplicará ao nível local (agrupamentos de comunas e regiões administrativas, os municípios e os departamentos destinados a desaparecer), uma vez que não haverá mais qualquer soberania nacional. 

«O respeito pela pessoa humana, a tolerância religiosa e a liberdade» deverão ser entendidas no sentido da Convenção de salvaguarda dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, e não mais da Declaração de 1789, portanto colocada no preâmbulo da Constituição. _ «A crença no progresso» irá permitir mobilizar os cidadãos europeus numa altura em que todos vêem países no Médio-Oriente Alargado, antes em bom estado, subitamente varridos do mapa e atirados de volta para a Idade da Pedra.

O método Macron
A França deverá utilizar o instrumento europeu para se adaptar ao «mundo multipolar e instável». Sendo claro que está fora de questão restabelecer a aliança franco-russa, que o Presidente Sadi Carnot e o Imperador Alexandre III haviam concluído, já que a União Europeia é o componente civil da Aliança Militar Atlântica, de nada serve basear a diplomacia francesa na História ou nos valores.

Convêm, pelo contrário, jogar o papel de «contrapeso» afim de manter «os laços com as grandes potências cujos interesses estratégicos divergem». Compreenda-se, o Presidente não fala sobre os interesses que divergem entre por um lado os Estados Unidos e por outro a Rússia e a China, mas em manter os laços que essas duas grandes potências devem ter com os Estados Unidos.

«Para isso precisamos (…) inserir-nos na tradição das alianças existentes e, de maneira oportunista, construir alianças de circunstância que nos permitam ser mais eficazes». O papel dos diplomatas não é mais, portanto, o de defender a longo prazo os valores da França, mas rastrear a curto prazo as oportunidades, as boas opções a concretizar.

«A estabilidade do mundo»
Sendo este o quadro de trabalho europeu e este o método estabelecidos, a função da diplomacia francesa será tanto a de garantir a segurança dos Franceses, participando na «estabilidade mundial», como a de ganhar influência defendendo para isso «os bens comuns universais».

Uma vez que desde a queda do Muro de Berlim, e o fim da soberania nacional, já não existe um inimigo convencional, a França não necessita mais de um exército para defender o seu território. Pelo contrário, ela tem que fazer face a um inimigo não-convencional, o «terrorismo islamista», que exige dela ao mesmo tempo uma força policial omnipresente e um exército de projeção capaz de intervir nos focos de terrorismo no exterior: a Síria e o Iraque por um lado, a Líbia e o Sahel por outro. É evidentemente esta mudança de objectivo, e não uma questão orçamental, o que conduziu o Presidente Macron a demitir o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas. Falta agora reformar a polícia.

A França continuará a proteger os seus cidadãos muçulmanos ao mesmo tempo que mantêm no seu discurso um elo entre a ideologia política islâmica e a religião muçulmana. Deste modo ela poderá continuar a vigiar a prática do culto muçulmano, a enquadrá-la, e de facto a influenciar os seus seguidores.

A luta contra o terrorismo envolve também o corte do seu financiamento, que a França persegue através de numerosas instituições internacionais; tendo em vista que, devido «crises regionais e divisões, divisões em África e divisões do mundo muçulmano», certos Estados participam secretamente nesse financiamento. Ora, sendo primeiramente o terrorismo um método de combate e não um assunto particular, e em segundo lugar sendo as ações terroristas consideravelmente melhor financiadas a partir do momento em que se pretende interditá-las, é evidente que este dispositivo foi implementado por Washington não contra os Irmãos Muçulmanos, mas contra o Irão. Muito embora isso aparentemente não tenha nenhuma relação com o financiamento do terrorismo, o Presidente Macron aborda, então, a questão do antagonismo saudo-iraniano para tomar o partido da Arábia Saudita e condenar o Irão.

Desde os ataques do Daesh contra «os nossos interesses, as nossas vidas, o nosso povo», a paz no Iraque e na Síria constitui «uma prioridade vital para a França». Daí a mudança de método, em curso desde o mês de Maio: certo, Paris «tinha sido posto à margem» das negociações de Astana, mas faz hoje em dia «avançar concretamente a situação» discutindo com os participantes das reuniões da Astana, um a um. Convenceu-os a adoptar o objectivo fixado há longo tempo pelo Presidente Obama : a interdição de armas químicas e o acesso humanitário às zonas de conflito. Por fim, a França criou um «grupo internacional de contacto», que se reunirá por ocasião da Assembleia Geral da ONU, em torno de Jean-Yves Le Drian. O retorno da Síria ao Estado de Direito «deverá ser acompanhado da justiça pelos crimes cometidos, nomeadamente pelos dirigentes desse país».

O Presidente Macron faz assim marcha-atrás em relação às suas declarações precedentes. Não se trata mais, como ele deixara perceber numa entrevista com o JDD, de aceitar a República Árabe Síria e de ombrear com ela contra o Daesh (EI), mas, pelo contrário, de prosseguir o jogo duplice anterior : utilizar o pretexto humanitário para continuar a aprovisionar os jiadistas em armas contra Damasco. O anúncio da intenção de julgamento dos dirigentes sírios equivale ao da derrota da República Árabe Síria, uma vez que jamais, absolutamente nunca, um Estado julgou por crimes de guerra os seus generais vitoriosos. O Presidente Macron não concretiza que tribunal deverá julgar esses líderes, mas a sua formulação remete para o plano do Director dos Assuntos Políticos da ONU, Jeffrey Feltman, o qual previa desde 2012 (quer dizer, antes da guerra generalizada) a «condenação» de 120 dirigentes sírios; um plano que tinha sido redigido sob a direcção de um funcionário da Sra Merkel, Volker Perthes [4].

No que diz respeito à Líbia e ao Sahel, o Presidente Macron lembrou a sua iniciativa de La-Celle-Saint-Cloud, durante a qual reaproximou o «Primeiro-ministro líbio», Fayez Sarraj, e o «chefe do exército nacional líbio», Khalifa Haftar; cimeira onde ele tinha assegurado aos dois homens o apoio da União Europeia com a condição que eles passem ao balancete do esquecimento o misterioso desaparecimento de 100 mil milhões(bilhões-br) de dólares do Tesouro Nacional Líbio [5].

A primeira consequência do derrube da Jamahiriya árabe Líbia foi a desestabilização do Mali, país no qual ela muito largamente subvencionava a economia [6]. Este cindiu-se então em dois: de um lado, os sedentários bantos, do outro os nómadas tuaregues. A intervenção militar francesa tomou esses factos em consideração e impediu as suas consequências imediatas sobre os civis. O G5-Sahel foi criado pela França para impedir as consequências da guerra contra a Líbia e prevenir o choque entre negros e árabes que apenas Muammar Gaddafi tinha conseguido conter. A aliança para o desenvolvimento do Sahel visa, em si mesma, substituir —com meios muito mais escassos— o programa de ajuda ao desenvolvimento que a Líbia tinha implementado nesta região. O conjunto dessas medidas irá garantir a estabilidade desta parte de África até que, dentro de uma dezena de anos, o Pentágono acione o seu plano de extensão do caos ao continente negro [7].

O Presidente Macron evoca a declaração conjunta que acaba de fazer adoptar por parceiros de África e da Europa instituindo gabinetes de imigração europeus no continente africano. Trata-se de triar à partida os migrantes que serão aceites pela União e de acabar com os percursos do êxodo. «As rotas da necessidade devem tornar-se caminhos da liberdade»; uma fórmula que resume o pensamento presidencial: a África, é a necessidade, a Europa é a liberdade.

Para Emmanuel Macron, «restabelecer a segurança» em África passa pelos três D : «Defesa, Desenvolvimento e Diplomacia», quer dizer, a presença do exército de projeção francês, os investimentos franceses e a administração francesa ; o programa clássico da colonização económica.

A defesa dos bens comuns
Longe de negligenciar o trunfo que representa a francofonia e o turismo, o Presidente Macron consagrou-lhe longas explicações. A este propósito, ele impulsionou a ideia de aproveitar o sistema jurídico francês para estender a influência do país. Ao fazê-lo, ele retoma à sua conta a «doutrina Korbel», segundo a qual a maneira pela qual um tratado é redigido estende a influência do país que fixou os conceitos; doutrina aplicada pela sua filha, Madeleine Albright, e depois pela sua filha adoptiva, Condoleeza Rice, para transcrever em Direito anglo-saxónico os tratados internacionais.

O primeiro bem comum, é o planeta.

Este discurso foi pronunciado durante a «semana dos Embaixadores», no decurso da qual o Ministro veio explicar ao seu pessoal que a partir de agora a função primeira da sua administração era a diplomacia económica. Quando era ministro dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius teve a ideia de mobilizar a rede diplomática francesa para desenvolver as exportações. Para isso, ele criara a Business France, uma organização pública à cabeça da qual ele colocara Muriel Penicaud. Esta usou o dinheiro público que lhe fora confiado para lançar a campanha eleitoral de Emmanuel Macron no estrangeiro, o que lhe vale os problemas actuais com a Justiça. Agora ela é a Ministra do Trabalho e redigiu as ordenações fixando a «proteção dos trabalhadores». Laurent Fabius, quanto a ele, tornou-se Presidente do Conselho Constitucional. Foi a este título —e em violação do papel que lhe atribui a Constituição— que ele redigiu um Pacto para o ambiente que o Presidente Macron apresentará às Nações Unidas.

O segundo bem comum, é a paz.

Através «da Europa da Defesa», o Presidente Macron entende «dar um novo fôlego» à OTAN. A Aliança visa com efeito a promoção «da paz»… como se vê no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria e na Ucrânia.

O terceiro bem comum compõe-se da Justiça e das liberdades.

O Presidente Macron, que havia previamente evocado os valores comuns da União Europeia que são o «respeito pela pessoa humana, a tolerância religiosa e a liberdade de expressão», assegura agora que «o lugar das mulheres, as liberdades de imprensa, o respeito pelos direitos civis e políticos» são valores universais. Infelizmente, ele não especificou a distinção que faz entre aqueles que são europeus e os que considera universais. Muito embora ele se encha de filosofia após o seu encontro com Paul Ricoeur, ele parece não ter reflectido sobre a filosofia política e confunde no seu discurso o Direito Humanitário com os Direitos do Homem, e a este propósito o seu significado anglo-saxónico (proteção do indivíduo face aos abusos do Estado) e o seu significado francês (responsabilidades dos homens, dos cidadãos e da Nação).

O quarto bem comum, é a cultura.

O Presidente Macron tinha declarado durante a sua campanha eleitoral que não há cultura francesa, mas cultura em França. Identicamente, ele não concebe a cultura em geral como um desenvolvimento do espírito, mas como uma coleção de bens transacionáveis. Por isso, ele continuará a obra do seu antecessor quanto à proteção de bens culturais, e não de pessoas, nos teatros de guerra.

Conclusão
Será preciso muito tempo para extrair todas as conclusões quanto à visão do mundo do Presidente Macron.

O ponto mais importante que fica é que, segundo ele, o tempo da soberania popular passou, tanto para os franceses como para os europeus em geral. O ideal democrático pode continuar… ao nível local, mas não tem sentido ao nível nacional.

Secundariamente, a sua concepção do Bem comum (res publica), a qual todos os regimes políticos —sejam monárquicos, imperiais ou republicanos— abraçaram, parece igualmente de um outro tempo. Na sua óptica, tratava-se de servir — ou de pretender servir— um interesse coletivo. Emmanuel Macron evoca, é verdade, a Justiça e as liberdades, mas para imediatamente colocar esses nobres ideais ao mesmo nível que os objetos, como a Terra e os produtos culturais transacionáveis, e de forma desonrosa propõe a vassalagem à OTAN. Parece, pois, que a República está também morta.

No final deste discurso, o auditório aplaudiu-o calorosamente. Nem a imprensa nacional, nem os líderes da oposição emitiram qualquer objeção.

Tradução Alva

Thierry Meyssan Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: Sous nos yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump. Outra obras : L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación(Monte Ávila Editores, 2008).
             
[1] « Discours d’Emmanuel Macron à la semaine des ambassadeurs de France » («Discurso de E. Macron na semana dos embaixadores da França»- ndT), Emmanuel Macron, Réseau Voltaire, 29 août 2017.

[2] Leviathan, Thomas Hobbes, 1651.

[3] “Como a União Europeia manipula os refugiados sírios”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 2 de Maio de 2016.

[4] “A Alemanha e a ONU contra a Síria”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria), Rede Voltaire, 28 de Janeiro de 2016.

[5] “Macron/Libia = ‘Rothschild Connection’”, Manlio Dinucci, Tradução Maria Luísa de Vasconcellos, Il Manifesto (Itália) , Rede Voltaire, 2 de Agosto de 2017.

[6] « La guerre contre la Libye est une catastrophe économique pour l’Afrique et l’Europe » («A guerra contra a Líbia é uma catástrofe económica para a África e a Europa»- ndT), entrevista com Mohammed Siala, Réseau Voltaire, 3 juillet 2011.

[7] “O projeto militar dos Estados Unidos pelo mundo”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 22 de Agosto de 2017.

 

Senhoras e Senhores,
O primeiro-ministro,
Senhoras e Senhores,
Senhoras e Senhores, deputados,
Senhoras e Senhores, Embaixadores,
Senhoras e Senhores,

Tenho o prazer de recebê-lo hoje nesta primeira conferência de embaixadores desde a nossa eleição presidencial. Isso foi marcado por mudanças profundas. Ao dizer isso, não estou apenas falando sobre minha eleição. Eu descrevo o estado de espírito de nossos concidadãos que colocaram na segunda rodada dois candidatos que propõem reexaminar radicalmente a maneira pela qual a França foi governada nos últimos 30 anos, esse desejo de transformação nascido da consciência aguda de que os franceses que o mundo que nos rodeia está se transformando e que nada é pior neste contexto do que a inação.

Para alguns, a resposta vem através da retirada, encerramento, renúncia à história, uma forma de retirada atrás dos limites que se espera serem herméticos. Por minha parte, escolhi o caminho de uma França retomando sua posição entre as Nações na Europa, respondendo aos desafios do mundo presente e deixando claro o ponto de vista.

É esse caminho que os franceses escolheram com a demanda, sem dúvida, a impaciência, que é necessária quando se tem a impressão de que as decisões devem ser tomadas rapidamente. Não nos enganemos, o mundo tem os olhos na França. A transformação que iniciamos é uma condição central – estou convencido – da transformação da Europa para o futuro e para os povos. E a transformação da Europa em torno de uma visão compartilhada é a condição de uma nova ordem mundial mais estável, aliviando as rivalidades dos poderes.

Você é, assim, chamado a tornar-se os embaixadores da transformação da França, para levar ao mundo inteiro a mensagem de uma França mais forte, mais unida e mais aberta, disposta a todos os meios para levar a tocha da ação diálogo multilateral, diálogo político e resolução de crises. Essa transformação da França que nos comprometemos com duas ambições indissociáveis.

Por um lado, o facto de nos fortalecer, restaurar a nossa capacidade de inovar, produzir, reduzir o desemprego, especialmente das pessoas mais jovens. Por outro lado, o de permitir que a França, dentro de uma Europa revivida, mantenha sua posição em uma ordem mundial profundamente abalada.

Não vou descrever o curso do mundo hoje. Você o conhece melhor do que qualquer um, e não elaborarei um catálogo de situações regionais com as quais a França seja confrontada. Eles são seus comuns e é você quem nos ilumina. Neste discurso, não olhe para os nomes de todos os países ou regiões em que trabalha, pensando que eles buscam o reconhecimento. Cada um tem sua relevância em uma diplomacia global e global.

O que eu prefiro afirmar antes que você seja a ambição da França neste mundo como está. Pois estamos passando por um período de interrogatório intenso sobre as certezas diplomáticas e a confusão de linhas como o mundo as conhece há vinte e cinco ou cinquenta anos. É a ordem de 1989 que hoje está virada de cabeça para baixo. Uma ordem baseada na globalização que se tornou ultra-liberal e o poder hiper de um único estado.

Hoje temos o dever de restaurar uma ordem coletiva estável, estável e justa com nossos aliados e todos os nossos parceiros. Para restaurar esta ordem do mundo, a diplomacia da França deve basear-se em três eixos principais: a nossa segurança, combinada com a estabilidade do mundo; nossa independência, que exige rever os termos da soberania, incluindo a soberania européia; e, finalmente, nossa influência que acompanha a defesa dos bens comuns universais.

A segurança dos franceses é certamente a razão de ser da nossa diplomacia. Nossos concidadãos, é claro, esperam que o Estado garanta sua segurança. Esta segurança é a da família, dos seus entes queridos, mas é também – vemos a emoção e as explosões de solidariedade que se manifestam quando um ataque nas últimas semanas em Espanha, em vários lugares na Europa e na África – essa emoção de todas as nossas sociedades.

Essa demanda é profunda, é visceral e devemos responder sem enfraquecimento. A escolha entre segurança e liberdade impõe uma equação complexa a nível nacional. Mas nós fizemos nossas escolhas, são claras, consistentes com nossos valores e nossa tradição republicana e nós os assumiremos no texto que será votado no outono e nos permitirá emergir de dois anos de estado de emergência .

Esta segurança vai de mãos dadas com a estabilidade, que é uma questão geopolítica cuja complexidade você conhece. Membro do Conselho de Segurança, a energia nuclear, a França deve saber como exercer o seu papel de contrapeso quando aparecem desequilíbrios. Em particular, deve manter vínculos com as grandes potências cujos interesses estratégicos divergem, às vezes podem entrar em certos pontos de conflito. Este é o próprio significado do diálogo constante que tenho com o presidente americano Donald TRUMP como muitos outros líderes.

Quero uma França com soluções e iniciativas quando surgirem novas crises e uma França capaz de ser ouvida a nível global, bem como intervindo com organizações regionais, como fizemos, por exemplo, no Sahel. Garantir a segurança dos nossos concidadãos faz da luta contra o terrorismo islâmico a principal prioridade da nossa política externa.

Sim, estou falando sobre o terrorismo islâmico e estou perfeitamente feliz com o uso desse adjetivo. Pois nada seria mais absurdo do que negar o vínculo entre os atos terroristas que estamos vivendo e uma leitura fundamentalista e política de um certo Islã.

Não há como angélico a este respeito, nem é um medo do Islã que confunde o islamismo e o islamismo e tende a embarcar a suspeita geral de milhões de muçulmanos que vivem na Europa e não tem relação com essas doutrinas fanáticas. E não esqueço aqui os muçulmanos que às vezes correm o risco de suas vidas contra esse obscurantismo assassino.

Duas áreas principais hoje concentram nossos esforços na luta contra este terrorismo: a Síria e o Iraque, por um lado, a Líbia e o Sahel, por outro lado. Assim que se estendeu para a Síria e o Iraque, Daesh começou a planejar ataques contra nossos interesses, contra nossas vidas, nosso povo.

Sim, Daesh é nosso inimigo. O regresso da paz e a estabilização do Iraque e da Síria são uma prioridade vital para a França a este respeito. É por isso que devemos ajudar a promover uma transição política inclusiva no Iraque, em particular na Síria, onde as pessoas serão representadas e investirão na reconstrução desses dois países.

Na Síria, devemos terminar a guerra; Nesses dois países, devemos ganhar a paz. Para a Síria, foi para esse propósito que eu queria, no início de maio, que pudéssemos mudar o método. O processo Astana nos separou da solução desse conflito em termos de escalação militar. Ao estabelecer um diálogo exigente com os turcos, os iranianos e os russos, fomos capazes de fazer progressos concretos.

Primeiro, definindo um objetivo e uma prioridade comuns: derrotar os terroristas e reconstruir a estabilidade da Síria; em seguida, corrigindo linhas vermelhas. O primeiro é o fim do uso de armas químicas e temos, devo dizer, desde que nossa troca de Versalhes obteve com os resultados concretos dos russos sobre este ponto. O segundo é o acesso humanitário em zonas de conflito. Consciente dos riscos que subsistem, especialmente neste último ponto, vou permanecer muito atento.

Finalmente, tomamos a iniciativa de um grupo de contato internacional que reúne os principais atores envolvidos na Síria. Agora aceito pelos nossos interlocutores, este grupo dará um novo impulso ao processo pilotado pelas Nações Unidas. Os esforços de Jean-Yves LE DRIAN, em particular, permitirão que este grupo se torne operacional na Assembléia Geral das Nações Unidas em setembro.

Escusado será dizer que a reconstituição de um dia do Estado de direito na Síria, a que a França e a Europa contribuirá, terá de ser acompanhada por justiça pelos crimes cometidos, nomeadamente pelos líderes deste país.

A Líbia e o Sahel são o outro viveiro de instabilidade. A situação na Líbia tornou um refúgio para os terroristas. Decidi em julho reunir os dois principais protagonistas da crise: o primeiro-ministro Fayez SARRAJ por um lado e o líder do exército nacional líbio Khalifa HAFTAR por outro.

O encontro da Celle-Saint-Cloud em 5 de julho permitiu avançar a reconciliação entre os líbios sob a égide das Nações Unidas. Em alguns dias, em Nova York, garantiremos a implementação bem-sucedida do roteiro de Celle-Saint-Cloud em apoio ao trabalho do novo representante especial da ONU, Ghassan SALAME.

Essa reconciliação, que é apenas o começo e pretende ser ainda mais inclusiva e reunir outros líderes na Líbia, foi um passo indispensável no processo político, que por sua vez permitirá que os terroristas sejam erradicados. Devemos também proteger contra esse risco os vizinhos da Líbia, e especialmente da Tunísia.

Este será o tema de uma próxima mudança do Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros. Como as redes são móveis, organizadas, também devemos evitar estabelecer em África, especialmente ao sul das fronteiras da Argélia e da Líbia, as bases traseiras tornam-se zonas de santuário para o terrorismo islâmico.

A este respeito, a decisão do meu antecessor de envolver a França rapidamente no Mali, mais amplamente no Sahel, foi a honra do nosso país e uma boa decisão. Isso continua sendo um imperativo. Ele também exige uma reflexão sobre o futuro.

No meu caminho para Gao e depois para Bamako, queria apoiar o esforço coletivo dos países da região no Sahel G5, a luta militar que estamos levando nessa região, particularmente através da força Barkhane. a luta contra o terrorismo. A este respeito, espero que, nas próximas semanas, as prioridades possam ser reavaliadas à luz deste objectivo prioritário.

Mas a nossa presença militar só faz sentido no contexto de um trabalho político aprofundado, razão pela qual é necessário fazer mais para a implementação do acordo de paz de Argel, especialmente no que se refere a a situação interna no Mali.

Mas também devemos fazer mais no lado do desenvolvimento, essa foi a sensação da minha viagem a Bamako, acompanhada pelo Ministro das Forças Armadas e pelo Ministro das Relações Exteriores, lançamos uma aliança para o desenvolvimento do Sahel com nossos principais parceiros em em julho passado. A este respeito, contai com você para mobilizar todo o apoio possível para a nossa abordagem de segurança e desenvolvimento a favor do Sahel.

Eu decidi com Jean-Yves LE DRIAN a nomeação para este propósito de um enviado especial sobre o assunto. Aqui também, se queremos uma ação efetiva, devemos avançar com nossa missão de segurança e nossos exércitos e esse compromisso com o desenvolvimento, o que é essencial para estabilizar toda a região porque os terroristas são alimentados por nossa incapacidade de estabilizá-lo e permitir isso um desenvolvimento justo.

A erradicação do terrorismo islâmico também envolve a drenagem do seu financiamento. É o elo entre os vínculos entre imigração e terrorismo, as redes de tráfico de homens, drogas e armas através de O Sahel agora está intimamente ligado às redes terroristas. O seu desmantelamento é, portanto, uma prioridade absoluta, e este é o objetivo da ação que estamos adotando no campo, o que estamos realizando com todas as organizações regionais e a União Africana. No G7 e no G20, foram realizados progressos, nomeadamente com o fortalecimento dos Gafis, sobre os quais a França concentrará seus esforços.

Hoje, o terrorismo e seu financiamento foram alimentados por crises e divisões regionais, divisões em África e divisões do mundo muçulmano. De certa forma, isso também é o que a atual crise do Golfo revela em plena luz do dia, razão pela qual, no início da crise entre o Catar e seus vizinhos, queria colocar a França em um papel de apoio para a mediação. Não descarto nenhum dos interesses em jogo na região.

Mas é essencial neste contexto que possamos falar com todas as partes com dois objetivos em mente, primeiro para preservar a necessária estabilidade da região, sem a qual adicionaremos uma nova crise às crises existentes, a segunda é d transparência em todas as formas de financiamento do terrorismo, uma vez que não há necessidade de ser ingênuo sobre o que foi feito ou às vezes é feito em conexão com movimentos terroristas estamos lutando em certos teatros de operações.

É este o trabalho que devemos prosseguir nas próximas semanas e meses e nos quais estamos comprometidos. Uma das falas desta crise é a rivalidade entre a Arábia Saudita e o Irã e seus respectivos aliados. Só alcançaremos nosso objetivo de combater o terrorismo se não entrarmos nessas redes de leitura que imponham uma escolha entre xiitas e sunitas e, de certo modo, nos forçam a nos encerrar em um campo.

Outros grandes poderes fizeram essa escolha ultimamente, estou convencido de que isso é um erro. E a força de nossa diplomacia é essa capacidade de falar com todos nós para construir os elementos de estabilidade e lutar efetivamente contra todas as formas de financiamento do terrorismo. Então estabeleci um diálogo estreito, tanto com a Jordânia, o Egito e os países do Golfo quanto com o Iraque e o Irã.

Neste espírito, quero confirmar muito claramente o apego da França ao acordo de Viena sobre o problema nuclear iraniano, que gostaria de ver estritamente aderido. Este acordo, digo na presença de Laurent FABIUS, foi melhorado graças à intervenção da França, e especialmente a sua quando discutida. Não há alternativa para o regime de não proliferação nuclear e, como tal, seremos implacavelmente firmes em sua aplicação.

Mas o enquadramento deste acordo é o correcto, pode ser complementado pelo trabalho para o período pós-2025, através do trabalho indispensável sobre o uso de mísseis balísticos, mas no contexto em que vivemos, o acordo de 2015 é o que nos permite construir uma relação construtiva e exigente com o Irã.

Também presto muita atenção ao nosso relacionamento com o Líbano, um país que é rasgado pelas tensões e contradições da região. Em breve, convidarei para Paris o primeiro-ministro, então, o presidente libanês, em uma visita de estado. Este país enfrenta hoje uma situação crítica, com grande coragem, um grande senso de responsabilidade, que a França deve apoiar, em nome do nosso relacionamento secular, mas também porque essas questões nos preocupam e nos envolvem.

Em suma, se quisermos alcançar resultados nesta luta contra o terrorismo e o seu financiamento, devemos manter vínculos exigentes com todos e ter uma agenda clara e prioridades estabelecidas, as que acabei de recordar. É por isso que desejo convocar uma conferência de mobilização contra o financiamento do terrorismo no início do próximo ano em Paris.

Outro desafio que tem a ver com a nossa segurança e a estabilidade do mundo é o da crise migratória. Esta crise é em grande parte resultado das situações profundas de desestabilização regional que acabei de mencionar, mas há muitos outros fatores, climáticos, diplomáticos, políticos e de desenvolvimento. Para os nossos concidadãos, ela incorpora essa globalização que está no cerne das nossas sociedades.

Novamente, devemos agir sem negar nossos valores, aceitar migrantes é um dever humano, é uma questão de dignidade e fidelidade ao que somos, ao que acreditamos, e é um desafio considerável para todos os países da Europa, porque estão enfraquecidos pelo aumento dos fluxos irregulares desde 2014 e porque cada um é entregue aos seus próprios desafios.

Gostaria de enfatizar mais uma vez a distinção entre migrantes econômicos e refugiados, embora não contradisse de modo algum a necessidade de proteger a vida de todos e respeitar a dignidade de todos. Mas continua a ser uma distinção onipresente de nossos direitos nacionais e internacionais. É, portanto, operacional. É certo que, nos últimos meses, a rota dos Bálcãs foi gradualmente fechada. Mas quase três milhões de refugiados permanecem na Turquia, e o eixo dos Balcãs continua ativo com a presença de redes de contrabandistas que continuam a operar. Prestar assistência à Grécia a este respeito continua a ser um dever urgente.

Desde o início do verão, a estrada para o Mediterrâneo central experimentou uma diminuição significativa no número de migrantes. Mas ainda não sabemos se essa diminuição vai durar. No entanto, cerca de 800 mil refugiados e pessoas deslocadas estão aguardando o lado líbio, por isso é uma ameaça real, ligada ao que acabei de mencionar, com o qual temos que viver. E são, em particular, os nacionais da nacionalidade da África Ocidental, que têm pouco a ver com o direito de asilo em geral, que estão agora na região.

A Itália e a Líbia esperam de nós uma cooperação mais forte, que devemos conceder, e que produziu seus primeiros efeitos, em particular com o reforço da ação da Guarda Costeira. Finalmente, a rota do Mediterrâneo ocidental para a Espanha torna-se novamente uma preocupação. É neste contexto que a França desenvolveu nas últimas semanas um plano abrangente e coerente para apreender, com base nos esforços já realizados, todo o caminho de migração dos países de origem para os países de destino.

Foi o que nos levou ontem a Paris a adotar uma declaração conjunta, em um novo formato, reunindo, em torno de França, Alemanha, Itália, Espanha, Chade, Níger, A Líbia e a União Européia, através de medidas muito concretas, maior controle a montante da Líbia, a possibilidade de listas fechadas, controladas pelo ACNUR, de identificar as populações mais frágeis e vulneráveis ??que tenham Direito ao asilo, ao enviar equipes europeias, em conexão com o ACNUR, seremos mais humanas e mais eficazes, mas organizando o retorno aos países de origem, milhares de migrantes que se encontram hoje, no Níger ou no Chade, também responderemos a um desafio africano intra-regional.

Isso levará tempo, é difícil, mas com as medidas concretas e precisas que foram decididas, financiamento claro, acho que elas são uma resposta essencial ao desafio que enfrentamos hoje. Aqui também, é um trabalho humanitário, de segurança e de desenvolvimento.

Para implementar este plano, eu decidi nomear um embaixador para coordenar todas as negociações de migração, e um grupo operacional, sob a supervisão do Ministro das Relações Exteriores, foi criado, marcos regulares com todas as partes interessadas e nos permitirá trabalhar em estreita colaboração com a União Europeia e a União Africana sobre esta questão.

Para a África não é apenas o continente de migrações e crises, é um continente do futuro, também é, como tal, que não podemos deixá-lo em paz diante dos seus desafios demográficos e climáticos , nossas empresas, nossos alunos, nossos pesquisadores, nossos artistas devem estar interessados. Em breve vou viajar para Ouagadougou para transmitir esta mensagem através da segurança, do desenvolvimento, da diplomacia, dos laços econômicos e da inovação, e a estratégia que quero implementar é criar um eixo integrado entre a África, Mediterrâneo e Europa.

Os países do Magrebe são obviamente nossos parceiros privilegiados, como eu queria mostrar durante minha visita a Marrocos e em trocas regulares com a Argélia, como a Tunísia. Finalmente, devemos reunir os continentes europeu e africano, através do Mediterrâneo, o Magrebe continuará a ser uma prioridade central para a França em todas as áreas da nossa cooperação, econômica, política e cultural.

As estradas da necessidade, que deslocam tantos africanos, que hoje o deserto na África e no Mediterrâneo tornou-se os cemitérios de milhões de africanos, deixados à destituição e manipulação dessas redes de traficantes que mencionei agora, essas estradas de necessidade devem se tornar caminhos da liberdade, unindo a Europa, o Mediterrâneo e a África.

Pois é na África que o futuro do mundo é amplamente desenvolvido. A França não pode ser este país pós-colonial que hesita entre um magistério político enfraquecido e um arrependimento insalubre, os países da África serão nossos grandes parceiros. E devemos continuar a aprender com eles, como eles podem aprender com a gente. Para alimentar esta troca, estabelecerei um Conselho Presidencial para a África nas próximas semanas; uma estrutura sem precedentes, voltada para as expectativas dos nossos jovens.

Este Conselho irá transformar a governança da política africana reunindo um grupo de personalidades comprometidas e da sociedade civil, a África é um exemplo perfeito disso, uma política externa que deseja restaurar a segurança deve ativar três alavancas principais, quase que simultaneamente , essas alavancas são o que eu chamo de três Ds, “Defesa, Desenvolvimento e Diplomacia”.

O Sahel é um excelente exemplo dessa combinação de alavancas de ação, mas isso está em todo lugar. Antes de tudo, comecei a falar sobre isso, e podemos e devemos orgulhar-nos dos nossos exércitos, aos quais reservei uma das minhas primeiras viagens ao exterior, visitando nossas forças para Gao.

Minha ambição é que, em termos de qualidade, nossa capacidade de implantação e nossa capacidade de resposta, nossos exércitos estão se afirmando, inclusive na nova dimensão cibernética, entre os primeiros no mundo, o primeiro na Europa, que protege a França, continente.

É por isso que eu declarei um compromisso de aumentar o esforço de defesa do nosso país para 2% do produto interno bruto até 2025, com um aumento de mais de um bilhão e meio até 2018 euros. Mas nossa segurança não pode ser reduzida à ação de nossos exércitos, qualquer que seja seu valor, nossas operações militares só serão plenamente efetivas se forem parte de uma abordagem global, e eu quero a a ferramenta diplomática e sua contribuição para as cinco principais funções estratégicas do nosso Livro Branco de 2013 são bem levadas em consideração pelo exercício atual de revisão estratégica e defesa da segurança nacional supervisionada pelo Ministro dos Exércitos.

Em termos de desenvolvimento, estabeleci o objetivo de investir 0,55% de nossa renda nacional para a assistência oficial de desenvolvimento da França até 2022. Isso representa um esforço considerável no contexto orçamentário para nos próximos cinco anos. Este esforço também deve ser acompanhado por uma mudança de método, por um lado, como a Agence Française Développement está fazendo, trabalhando em estreita colaboração com todos os outros jogadores franceses interessados, Por outro lado, alcançando de forma mais eficaz e direta os beneficiários de ajuda nos nossos países parceiros.

Além disso, espero que a componente bilateral da nossa ajuda ao desenvolvimento encontre uma maior participação nos próximos anos. A educação será uma prioridade, como alternativa ao fundamentalismo e ao obscurantismo, ao papel das mulheres, à luta contra os distúrbios climáticos e ao acesso à energia descarbonizada, à erradicação das pandemias, O HIV, que continua a representar uma séria ameaça para o continente africano, apesar dos grandes progressos realizados, constituirá as outras prioridades desta parceria renovada.

A ferramenta diplomática, nos últimos anos, experimentou uma constante erosão de seus créditos, apesar de sua mobilização para todos, e fazendo e preservando toda sua força para a ferramenta diplomática por uma inovação e um compromisso constante .

Eu pessoalmente me assegurarei de que você tenha os meios para cumprir suas missões e sei que o primeiro-ministro está muito atento neste ponto: Garantir a segurança do nosso pessoal, que continua a ser uma prioridade máxima, faça funcionar, ao mesmo tempo que a adapte permanentemente, uma das poucas redes diplomáticas mundiais do mundo, para regular nossas contribuições para organizações internacionais e para financiar nossos programas de divulgação cultural, ajuda humanitária ou cooperação para o desenvolvimento. Para fazer isso, 2018 será um ano de estabilização fiscal.

Se a segurança é uma prioridade, é porque é a base do segundo eixo que atribuo à nossa diplomacia, a da independência. Por este termo, não significo um isolamento esplêndido, basta desenhar as lições desse mundo multipolar e instável, no qual devemos manobra diariamente por nós mesmos de acordo com nossos interesses. Para isso, devemos ser móveis, autônomos, capazes de forjar alianças e jogar plenamente o jogo multilateral, tanto para entrar na tradição das alianças existentes quanto, oportunisticamente, para construir alianças de circunstâncias que nos permitam ” seja mais eficaz.

A França só poderá afirmar suas prioridades através de uma independência sem arrogância, mas assumida. Em primeiro lugar, precisamos estar totalmente presentes e ativos em fóruns multilaterais, antes de tudo, é claro, as Nações Unidas.

Não é por acaso que o Secretário Geral das Nações Unidas foi meu primeiro visitante internacional em Paris. Não esqueço que nosso país pertence a todos os círculos importantes dessas instituições e tem a honra de receber vários deles em seu solo, a OCDE, a Organização Internacional da Francofonia, o Conselho da Europa, UNESCO, cujas missões são fundamentais para os meus olhos, e para a liderança da qual apoio o candidato francês.

É por isso que, também, espero que possamos criar novos formatos multilaterais quando necessário, como fazemos pela Síria. A crise, com a Coréia do Norte, também deve ser objeto de tratamento coletivo. Enquanto os líderes de Pyongyang voltam a provar sua irresponsabilidade, enfatizo aqui a solidariedade da França com o Japão. Continuaremos a pedir políticas intransigentes em relação à Coréia do Norte, com uma ameaça balística e nuclear que também está afetando a Europa. Em contato com os outros membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a França está pronta para tomar todas as medidas novas e úteis para evitar a escalada, levar Pyongyang de volta à mesa de negociações e aplicar rigorosamente a resolução adotada em 5 de agosto.

O multilateralismo também é a capacidade de organizar grandes projetos que a estruturam, e eu digo com grande gravidade, se não estamos no encontro do multilateralismo, outros grandes poderes aproveitarão esses instrumentos. E eles já começaram a fazê-lo, com a China na vanguarda, com compromissos importantes, voltarei a eles em particular sobre o clima, que recebem promessas, mas também com valores, interesses, que às vezes não somos nossos. Devemos, portanto, levar em consideração essas iniciativas, mas devemos ser capazes de reviver e dar coerência e coerência às formas atuais de multilateralismo, onde temos um lugar essencial.

A China, eu disse, tomou iniciativas nos últimos anos, importante, a nova rota de seda é o exemplo de um ótimo projeto geopolítico liderado pela China, que devemos levar em consideração o ponto dos nossos interesses europeus.

Nos últimos anos, um grande esforço diplomático foi feito para reconstruir uma sólida parceria, baseada em uma tradição histórica, com a China, e espero continuar este trabalho e construir, juntamente com a China, ao lado Conselho de Segurança, um relacionamento forte no tempo, que contribuirá para a estabilidade dos equilíbrios internacionais, mas não deixando ambigüidade sobre seus saldos e os valores que os subjazem.

Eu também atribuo grande importância, é claro, às nossas parcerias com o Japão, mas também com a Índia, onde vou viajar antes do final do ano, nomeadamente no âmbito da Aliança Solar Internacional, para a qual a Sra. Ségolène O ROYAL concordou em assumir a responsabilidade, que coordenará este trabalho e também reunirá todos os parceiros e forças que podemos mobilizar de forma útil.

Finalmente, enquanto o Secretário-Geral das Nações Unidas está realizando uma importante visita ao Oriente Médio, é essencial que a França continue a pesar sobre a questão israelense-palestina. Continuaremos nossos esforços com as Nações Unidas para uma solução de dois estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado em segurança dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas, com Jerusalém como a capital de ambos os Estados. A este respeito, gostaria de visitar o Líbano, a Jordânia, Israel e os Territórios palestinos no Médio Oriente na próxima primavera.

Como você pode ver, a independência, que é discutida aqui, não é a dos soberanos que se refugiam atrás de fronteiras que esperam ser herméticas, é a única que permite que a França ouça sua voz, faça seus interesses no cenário internacional, o que influencia o curso do mundo em vez de ser refém. Finalmente, é o que torna possível não ser obrigado aos hiperpotências, mas ao interlocutor, é por isso que o multilateralismo é, a meu ver, um dos instrumentos da nossa independência. Essa independência é uma soberania aberta ao mundo, e essa soberania requer, no entanto, ser levada a cabo coletivamente, quando as apostas excedem o quadro nacional.

Para a França, o lugar onde construir as ferramentas do nosso poder e trazer a resposta correta aos desafios que se apresentam, o lugar da nossa soberania hoje é a Europa.

Eu levava a ambição européia durante a campanha presidencial, com muitas convicções e apesar de todos os beligerantes que pensavam que defender a Europa era uma velha ideia ou destinada essencialmente a perder. Eu comprometi-me a dar corpo assim que assumi o cargo, indo a Berlim e fazendo essa aliança entre a França e a Alemanha, não a resposta a todos os problemas, mas a condição das possibilidades para começar a resolvê-los e depois convencer todos os nossos parceiros.

Com o chanceler, apresentei uma agenda de proteção, justamente para reconciliar os europeus com a construção da Europa, porque essa agenda é o coração da soberania européia. O que nossos concidadãos esperam da Europa é que os protege do curso do mundo, que é a legitimidade do Leviatã, e nós o esquecemos, não é a Europa que vem para interferir em todos os detalhes da vida cotidiana e, por padrão, que uma conduta política se torne precisamente burocrática. Não. Esta agenda de proteção, que implementamos há 4 meses, está em quatro áreas.

A proteção dos trabalhadores, articulada com as reformas que estamos conduzindo em nossos países e, a este respeito, a revisão das regras do trabalho destacado. A reforma do direito de asilo e a cooperação europeia no domínio da migração, que é essencial para nos proteger colectivamente face aos riscos que mencionei anteriormente. A definição de uma política comercial e instrumentos para o controle de investimentos estratégicos em um espírito de reciprocidade, porque a Europa deve se tornar totalmente um poder econômico que pode se proteger contra o dumping ou o comportamento desrespeitoso Estados Unidos fazem e, como nos deixamos um pouco esquecido de fazer.

Finalmente, o desenvolvimento da comunidade europeia de defesa, uma ideia de que falamos há tantos anos, mas que, sob o impulso da Comissão Européia e apoiada pelo casal franco-alemão, realizou progressos concretos no último Conselho Europeu, com a criação de um fundo permanente de cooperação estruturada, que começamos a dar forma à cimeira e ao Conselho de Ministros franco-alemão que se seguiu em 13 de Julho último .

Em cada um desses assuntos, obtivemos os primeiros resultados, eles são a condição precisamente dessa credibilidade e uma reconciliação entre muitos dos nossos concidadãos e a ideia européia.

Após as próximas eleições alemãs, dentro de algumas semanas, vou propor novas etapas para um avivamento da nossa Europa. No entanto, não vos asseguro sobre as mudanças nos tratados que já foram abordados, não obsessões institucionais, mas concretamente uma dúzia de assuntos sobre os quais podemos devolver de uma vez uma ambição à Europa e um desejo pela Europa para a nossa cidadãos. Porque hoje, é uma refundação que devemos comprometer, porque a nossa convicção européia nos obriga, isso nos obriga a não deixar a Europa ficar atolada na rotina ou nas brigas tecnocráticas. Isso nos obriga a não deixar a necessidade de mudança e a necessidade de proteção aos nacionalistas de todas as listras. Isso nos obriga a honrar a promessa original, que recorreu ao nosso continente, paz, prosperidade, liberdade de pós-guerra. Isso nos obriga, em uma palavra, a fazer um movimento para evitar a desintegração.

A França irá formular propostas para fortalecer a união econômica e monetária, fortalecer a convergência de nossas políticas sociais e fiscais, permitir uma melhor identificação da União Européia com as idéias que contam para a juventude, especialmente no campo cultural, mas também para aprofundar a defesa da Europa, reforçar a política europeia de migração, ter uma verdadeira Europa do clima e da energia. Estes são todos os desafios que enfrentamos hoje no país, que o governo está lutando no dia-a-dia, mas nossa Europa, como fez quando programas como Erasmus foram criados, devem que é a resposta concreta às preocupações dos nossos concidadãos, da educação superior, da cultura para o clima, da nossa segurança coletiva. Esse será o significado das propostas que farei aos nossos parceiros nas próximas semanas.

No campo da tecnologia digital, que é obviamente parte desta ambição, a proteção de nossos dados, a regulação dos gigantes da Internet, o apoio a campeões mundiais, só podem ser feitas em escala européia e serão parte desta iniciativa. Sobre este assunto, espero que, no final de setembro, no cume de Tallinn, possamos dar um passo importante.

O trabalho de refundação que pretendemos propor deve basear-se na confiança e no debate, deve apelar a todos e, em particular, aos jovens da Europa. Eu acredito que o referendo francês de 2005, que nos fez hesitar tanto sobre qualquer novo movimento na Europa, e o que aconteceu na Grã-Bretanha, mostra que o tempo para uma refundação da Europa em Os círculos fechados, ou alguns cenáculos autorizados, estão finalizados.

Isso só será feito através de um debate democrático organizado que nossas sociedades precisam. Os europeus precisam recuperar a idéia européia. É por isso que, nos próximos meses, lançaremos convenções democráticas na França e em outros países voluntários para envolver melhor os nossos concidadãos na reflexão sobre o futuro da Europa.

Nos próximos meses, teremos de negociar a saída do Reino Unido da União Européia, minha mensagem é simples: prefiro construir o futuro do que resolver o passado. A nossa ambição não é gerir, mas transformar-se, e este Brexit aconteceu porque, durante anos, não nos atrevemos a propor, nem sequer ousou encontrar-se no formato simples da zona do euro, para não se afligir, quem são os britânicos, os polacos. O que nós agradecemos a chave? Venha! O Brexit não deve capturar toda a nossa energia, e a Europa sofreu demais para se tornar um sindicato de gestão de crises, mas o Brexit deve nos levar a duas reflexões essenciais: quando a Europa é apenas um mercado , acaba sendo rejeitado, é por isso que devemos reconstruir uma União ambiciosa e protetora. Acima de tudo, esta situação sem precedentes deve nos obrigar a ser mais inovadores, devemos pensar em uma Europa em vários formatos, ir mais longe com todos aqueles que desejam avançar, sem serem prejudicados pelos estados que desejam, e é o direito deles, avançar menos rápido ou menos. Temos que sair de um quadro restritivo onde teríamos que avançar para 27 amanhã, ou nada, 19 ou nada. Isso não é verdade, sempre avançamos com uma vanguarda do desejo seguida de alguns outros. Nós construímos uma estática de tédio, o que ele cria? Do inconveniente. Aqui novamente, devemos redescobrir essa ambição inicial.

Devemos também ter a coragem de voltar aos dispositivos que às vezes tornaram a Europa inexplicável ou insuportável para os próprios europeus, para orientar a simplificação administrativa radical e mais subsidiariedade, e o Brexit não deve faça-nos perder de vista este debate, iniciado sob o impulso britânico, sobre este assunto. E o meu compromisso com a revisão da directiva relativa aos trabalhadores destacados está totalmente em conformidade com esta ambição, a que trouxe para os países da Europa Oriental há alguns dias. Esta luta põe em causa o aparente consenso, assumi-lo plenamente, porque geralmente é um consenso preguiçoso que prevaleceu nos últimos 20 anos.

Claro, seria mais fácil ficar satisfeito com as águas adormecidas e deixar aqueles que, de dentro, minarem o projeto europeu, prosperam de aceitar as críticas de certos estados, dizendo-nos que estamos fechados, que não estamos reformando , que o nosso mercado de trabalho não é eficiente, aceitando tacitamente que vários atores econômicos na França estão usando o que eles denunciam abertamente nos estaleiros que eles têm que liderar e permitir que certos países abram essas vias navegáveis ??em Europa e não respeite qualquer regra de solidariedade coletiva. Mas isso não é amar a Europa, nem é o que levou à criação da Europa. O mercado único não é simplesmente aberto um ao outro, é um princípio de convergência, é um desejo de seguir a mesma direção, ter uma ambição comum, ser capaz de para falar sobre nossos padrões comuns, para não ir e obter o menor imposto social, menor, o menor em termos de proteção, porque sabemos mais ou menos sobre o fim do ” história.

Se decidimos que a Europa é o nosso futuro comum, devemos aos nossos concidadãos ambiciosos compromissos, desafios regulares, porque não há mais na Europa do que em outros lugares as situações estão congeladas.

O que nossos povos esperam desta Europa mais legível, a Europa que deve protegê-los melhor, é que sabe se impor em uma globalização que se sente mais e mais brutal, certamente não pelo fechamento, mas fazendo respeitar as regras que asseguram o comércio justo, a reciprocidade da abertura comercial.

Quer se trate das grandes plataformas da Internet, dos poderes comercial e financeiro, a Europa é o fórum certo, se for posto em posição de desempenhar o seu papel, se tiver os instrumentos necessários, se beneficiar da confiança dos Estados membros, em uma palavra, se adquirirem soberania real em nome de nossos países e do resto do mundo.

Mas deixe-me, neste momento, dissipar qualquer dúvida que você possa conceber. Se os eixos que atribuo à nossa política externa são segurança e independência, não é com o objetivo de tornar a França um país pequeno frio e com ciúmes de sua tranquilidade, pelo contrário, é para colocar esses princípios e linhas de força ao serviço do que é maior que nós, é lançar as bases para uma maior influência, articulada em torno de nossos valores e nossos ideais, voz para esse universalismo que tão profundamente nos constitui.

Na verdade, quando olhamos para o mundo que nos rodeia, a evidência nos atinge, a Europa é um dos últimos paraísos onde os ideais do Iluminismo: democracia eletiva e representativa, respeito pela pessoa humana, tolerância religiosa e liberdade de expressão, crença em progresso, ainda são amplamente compartilhadas e ainda nutrem um horizonte coletivo. Esses ideais, eu os chamo de bens comuns. A França deve ser o seu defensor infatigável, porque é o coração da sua vocação e, por isso, a França é solidária com o mundo.

Nosso primeiro bem comum é o nosso planeta. A França fez um forte contributo para este compromisso ao organizar a COP21 em 2015, o que levou ao Acordo de Paris sobre o Clima, um exemplo de um novo multilateralismo aberto a atores não estatais e baseado em ciência. É um sucesso francês, é o da diplomacia francesa, da qual eu aqui o felicito, foi levado pelo meu antecessor, e é seu sucesso como seu. Farei todo o possível para preservar este acordo e garantir a sua melhor implementação possível. Este é o significado da iniciativa em resposta à decisão americana que tomei em 1 de junho, este é também o senso da cúpula que decidi organizar em 12 de dezembro, aniversário desta COP21 com o Banco Mundial em particular e todos os nossos parceiros que desejam associar-se a ele, 2 anos após a assinatura do Acordo de Paris, a fim de poder fazer um relatório de progresso e poder mobilizar o financiamento essencial.

Também imploro a ONU, no final de setembro, pela elaboração e adoção de um Pacto Global para o Meio Ambiente, sob a égide do Presidente do Conselho Constitucional, foi o trabalho de um grupo de especialistas e permite um progresso real.

Teremos que tomar grandes iniciativas nos próximos meses, não só em termos de lei, mas também em favor da biodiversidade e dos muitos assuntos que o Ministro de Estado Nicolas Hulot apresentou no início do verão no contexto do seu plano climático e com uma coerência indispensável entre a nossa agenda nacional, europeia e internacional.

É esta coerência que levará o Ministro a assumir compromissos claros no futuro, em que a França cumprirá esses compromissos de modo a preservar sua capacidade de impulsionar essa dinâmica internacional.

É importante desenvolver um diálogo estreito com os parceiros que decidiram tomar medidas ambiciosas nesta área. Penso em particular na China, que é um parceiro indispensável, tendo em conta as recentes decisões dos Estados Unidos e a Índia, onde iremos em direção ao final do ano.

Confrontados com os estragos do aquecimento global e da poluição maciça, muitos países adotaram políticas inovadoras e esperam um apoio infalível de nós. Nossa vontade comum, nossa capacidade de inovação, nossa cooperação científica e econômica podem realmente mudar o curso dos eventos.

O segundo bem comum é a paz, aquele que torna possível escolher a própria vida, construir a trajetória de uma pessoa, fundar uma família, sonhar todos os sonhos possíveis. Ah! Pode parecer extraordinariamente ingênuo, ou pode parecer extraordinariamente ingênuo há alguns anos para dizer essas palavras, mas a História lembrou-se de nós. Esqueciamos que 70 anos de paz no continente europeu eram uma aberração da nossa história coletiva. No entanto, isso é o que a nossa Europa produziu.

Mas a ameaça está à nossa porta e a guerra está no nosso continente. Na Síria, é claro, na Europa, e é por isso que não podemos poupar esforços para manter o diálogo com a Rússia ou limitar nossas demandas para resolver a crise com a Ucrânia e todos os conflitos congelados em nosso continente.

A França e a Alemanha continuarão juntos a envidar todos os esforços para implementar os acordos de Minsk no chamado formato da Normandia, enquanto tantos homens ainda estão morrendo hoje no Donbass. Exorto todas as forças envolvidas a respeitar o cessar-fogo acordado na semana passada. É uma questão de nossa segurança, mas também é a própria idéia que temos da Europa da paz. Nessas situações, a OTAN mantém sua plena utilidade. A cúpula em 2018 proporcionará uma oportunidade para refletir sobre formas de dar a essa instituição um novo rendimento.

Nosso terceiro bem comum é a justiça e a liberdade. É o fundamento vivo dos direitos fundamentais pelos quais milhões de mulheres e homens lutaram e ainda lutam todos os dias. Esta herança, em constante evolução, constantemente desafiada por ditadores, criminosos e traficantes de todos os tipos deve ser o fermento de nossa ação coletiva. Nossa diplomacia deve continuar a defender ativamente as liberdades fundamentais: os direitos das mulheres, as liberdades da imprensa, o respeito pelos direitos civis e políticos em todo o mundo.

Os direitos humanos não são apenas valores ocidentais. São princípios universais, normas legais adotadas livremente por todos os países do mundo, que devemos constantemente explicar, defender e melhorar. A este respeito, visitaremos o Conselho da Europa e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem no início de novembro.

Espero que a tradição legal francesa que muitos de vocês neste espaço não seja reconhecida plenamente – o que é em grande parte o caso -, mas leva a influenciar todos os nossos parceiros que às vezes tomam outros para se perder diante dessa ameaça certa.

Gostaria também de prestar homenagem especial a organizações internacionais como a OIM e o ACNUR, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, cujo presidente é justamente o convidado de honra da nossa conferência, mas também para muitas organizações não governamentais que, nos contextos mais perigosos, reduz a violência contra civis e apoia a nossa humanidade.

É por isso que o diálogo com todos, que considero essencial para a nossa diplomacia, não pode deixar de recordar esses elementos fundamentais. Nossas trocas diplomáticas e econômicas com a Rússia, a Turquia ou a China não podem justificar o encobrimento da questão dos direitos humanos com um véu modesto, pois então nós mesmos somos traídos. Devemos respeitar nossos interlocutores, suas próprias histórias, sua própria evolução, sem ter que evitar tal diálogo.

Porque também isso foi o que nos construiu, porque essa é a nossa dignidade, porque essa é uma das razões pelas quais lutamos tão decididamente com o terrorismo que eu falei sobre tudo, hora. E os nossos concidadãos têm esse requisito. Eles não entendem a complacência por parte do regime que está sendo criado na Venezuela.

Permita-me dizer o quão preocupante é. A crise atual na Venezuela. Uma ditadura tenta sobreviver ao custo de uma angústia humanitária sem precedentes de radicalização ideológica preocupante, embora os recursos deste país permaneçam consideráveis. Gostaria de discutir com os governos da América Latina e da Europa como evitar novas escaladas, inclusive as regionais.

Da mesma forma, é meu dever falar sem rodeios para apoiar a Comissão Europeia quando considera que as autoridades de um Estado-Membro implementam uma política contrária aos princípios fundamentais da União, querem promover reformas judiciais incompatíveis com os princípios da União. E às vezes me surpreende que aqueles em nosso país afirmando defender esses mesmos direitos ou interesses estão indignados com o fato de que podemos dizer a verdade a um Estado membro ou apoiar a Comissão em seus esforços.

Finalmente, nosso bem comum é a cultura. São essas propriedades culturais que, em todos os lugares, quando a democracia é ameaçada, quando a guerra existe, em todos esses bens culturais estão em perigo. A aliança entre o meu antecessor, acompanhada por vários de vocês, que visa precisamente proteger a propriedade cultural em todos esses teatros de operações, será prosseguida e engajarei nela nossa força diplomática e nossa ação. Esta é também a coerência da ação que estamos levando no país para o desenvolvimento do acesso à cultura como uma das vozes da emancipação da defesa do nosso modelo de civilização contra o terrorismo. É essa luta que devemos empreender em todos os lugares da cena internacional onde esses bens culturais são ameaçados porque fazem parte de nossos bens comuns.

A solidariedade universalista que a França desenvolve na defesa do bem comum da humanidade depende de uma condição: a própria França oferece ao mundo um modelo desejável. É por isso que não é influência sem atratividade. A primeira fonte de atratividade é, sem dúvida, a economia. Pode ter o discurso que acabei de fazer; Se ao lado desse está satisfeito com uma economia fraca ou tudo é tentado, não é coerente, simplesmente. Nós não nos damos os meios para ter sucesso.

Se não tentarmos enfrentar todos os desafios nacionais para viver com isso, ter uma educação, uma universidade que depende desse desafio, uma força econômica que nos permite responder a ela, não é coerente. Na verdade, essa fonte de atratividade que é a nossa economia, devemos continuar a desenvolvê-la porque é um atributo do poder e porque é uma prioridade da ação diplomática.

Quero confirmar aqui o que foi decidido há vários anos. A diplomacia econômica é uma prioridade da sua rede e eu gostaria de confirmar isso, e eu gostaria de apoiá-la pelo Ministro Jean-Yves LE DRIAN. Começa com um maior esforço para ajudar nossas PMEs a se instalarem nos mercados dos países onde você representa a França.

Apelo a você para acompanhá-los e desenvolver a rede de voluntários internacionais, uma ferramenta notável para a integração profissional e o alcance internacional de jovens franceses, cuja vida precisa ser expandida. Você também deve ajudar a atrair novos investimentos na França, criando empregos e valores. O Brexit, a este respeito, é uma oportunidade. As estratégias industriais e financeiras adotadas pelos grandes fundos de riqueza soberanos também são uma realidade fortemente inserida na paisagem dessa diplomacia econômica.

Peço-lhe que tome iniciativas para atrair novos talentos para o nosso país através de programas como o programa French Tech Ticket, propondo novos mecanismos de incentivo, adaptando nossos sistemas de emissão de vistos e construindo sobre o nosso prioridades, em particular a luta contra o aquecimento global, a excelência acadêmica que devemos implantar e que desejamos implantar.

O primeiro-ministro e eu optamos por confiar a responsabilidade dessas políticas ao Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros. Faz isso em conjunto com colegas em sua área de especialização. A medida do nosso sucesso será o aumento do número de empresas exportadoras e a perpetuação de seus fluxos de exportação.

A este respeito, estamos a fazer menos bem do que a Alemanha e a Itália. Também será a missão dos novos executivos da Business France implementar essas orientações. O Ministério da Europa e os Negócios Estrangeiros também são responsáveis ??pela marca França no exterior. Esta é uma grande dimensão do seu trabalho. Mobilizar todos os seus serviços para melhorar a imagem da França entre os criadores de opinião é um elemento importante dessa atratividade. Congratulo-me com o compromisso muito forte do Governo neste contexto de atratividade econômica para um setor essencial neste campo, que é o setor de turismo.

O primeiro-ministro estabeleceu o roteiro e as prioridades de ação no conselho interministerial de 26 de julho. O ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros reunirá os seus colegas e todos os intervenientes em 10 de Outubro com um objectivo claro: acolher 100 milhões de turistas até 2020. A acção deve ser neste domínio . O levantamento do estado de emergência nos permitirá acelerar a nossa eficácia, mas é uma mobilização de todos, porque torna tangíveis os retornos de nossa ação diplomática para o cotidiano dos nossos concidadãos. Estes são empregos criados, é a atividade implantada em todo o nosso território.

Eu, portanto, confio muito nos intercâmbios desta semana nos permite estabelecer um novo roteiro para a nossa diplomacia econômica. No final desta conferência, o seu ministro entregará ao primeiro-ministro este roteiro, que é um componente essencial da recuperação do nosso país. Eu sei que posso contar com seu envolvimento pessoal neste trabalho.

Outro aspecto fundamental da nossa atratividade é a diplomacia estudantil. A França acolhe anualmente 300 mil estudantes estrangeiros para nossas universidades e grandes escolas; não é suficiente. Este número é estável, enquanto a mobilidade estudantil no mundo aumentou 25% nos últimos cinco anos. Os Estados Unidos continuam a atrair mais e mais estudantes, o Reino Unido também, mas não a França, que foi duplicada no ano passado pela Austrália.

Isso exige uma estratégia mais resoluta da nossa parte para constituir na França grandes universidades que são visíveis internacionalmente. Este será o desafio no nível secundário do Ministro da Educação Nacional e do Ministro do Ensino Superior, Pesquisa e Inovação, para construir esses fatores de sucesso. O que é bom para a França, os jovens e os estudantes de francês, é bom por sua atratividade internacional e este é o passo indispensável que o governo está levando.

Mas nossa estratégia de hospedagem também deve ser mais ofensiva e integrada. Da reforma das universidades à aplicação de vistos nas áreas Campus France que você anima, desde a recepção simplificada em França até a assinatura de novos acordos de cooperação universitária em seus países de residência, todos os esforços devem seguir na mesma direção .

Os países do mundo francófono devem enviar mais estudantes para a França, particularmente no nível de mestrado e doutorado, já que a América Latina sabe como fazer. Espero que possamos confiar mais na rede de escolas secundárias francesas no exterior e que possamos criar bolsas de estudo mais atraentes para os melhores estudantes e que nos tornemos líderes na Europa no mercado digital.

Esta diplomacia de atratividade, também pode ser capaz de confiar – e eu sei que você já faz – nos franceses do exterior. Os franceses do exterior têm a chance de comparar sua pátria com o país anfitrião todos os dias. Eles vêem nossas fraquezas, mas muitas vezes vêem melhor que outras forças que não exploramos o suficiente.

Eles estão dispostos a comprometer-se ainda mais com a recuperação da França, sua atratividade, os laços econômicos, culturais, educacionais e linguísticos que podemos desenvolver em cada um desses países. Conheço suas preocupações sobre, por exemplo, a escolarização de seus filhos. As dotações da AEFE serão preservadas a partir de 2018. Eu sei, Ministro, que você está particularmente apegado a isso.

Eles também estão preocupados com a segurança deles, aos quais estamos dedicando recursos aumentados. Também cabe a nós tornar a expatriação não um caminho cheio de armadilhas, mas uma experiência que nos permitirá florescer. Como tal, a digitalização dos procedimentos administrativos é uma tarefa que deve ser acelerada. Atenderei todas essas matérias no início de outubro, antes da Assembléia de Francês no Exterior, para marcar esse compromisso.

Entre os fatores de atratividade, desejo que a língua francesa encontre seu lugar. Deve ser o objeto de toda a sua atenção diplomática. Nos escondemos atrás de grandes figuras, atrás dos 300 milhões de falantes francófonos do mundo, principalmente graças à África, com projeções muito otimistas para 2050.

Mas isso não deve esconder realidades muito mais contrastadas, mesmo preocupantes, aqui também, deixemos de ser mais defensivos. Nossa francófona é uma oportunidade tremenda, é realizada em todos os continentes, é carregada pela França em primeiro lugar e a influência da França em todos os continentes, graças à sua presença ultramarina, e quero, neste quadro , entre outras coisas, que nossos territórios ultramarinos são um elemento do nosso alcance e desenvolvimento.

Mas é carregado por todas as comunidades francófonas que, em todos os continentes, possuem essa vitalidade, a promoção da língua francesa deve, portanto, passar por um dispositivo que temos de reorganizar e desenvolver, nosso dispositivo audiovisual, a França Media World e TV5 Monde, pelas Alianças francesas, e mesmo que eu saiba ou sei que isso já foi dito com frequência, desejo realizar a aproximação entre o Instituto Francês e a Fundação Alliance Française, por ferramentas digitais, por A Francophonie économique, em conjunto com o setor privado, através da introdução de métodos de aprendizagem ativos nos sistemas educacionais de nossos parceiros.

Deve ser multiplicado por ação cultural, cinema, prática artística e leitura, especialmente para o público jovem, é, como tal, importante este ano que a França seja convidada de honra do Salon du livro, a Feira do Livro, perdão, Frankfurt, a que me renderei; Mas são esses tipos de iniciativas que devemos continuar a desenvolver. A Francofonia não é um assunto de distração que seria adicionado ao resto. Está no cerne da luta que temos de entregar em todos os continentes, a de defender os nossos valores, a de nosso objetivo de desenvolvimento, de defender os bens comuns, que mencionei anteriormente.

E cada um de vocês sabe que, quando se depara com um líder econômico ou político estrangeiro que aprendeu francês em uma das nossas escolas secundárias, que foi objeto de uma das nossas trocas acadêmicas, econômicas ou culturais, Há algo que nos conecta, há, no momento, um fio, mesmo tênue, que pode ser desenhado nas piores circunstâncias e que permite corrigir uma situação, o que torna possível reduzir o senso comum, segurança, estabilidade, tudo se mantém, e aqueles que pensam que podemos negligenciar a Francofonia como um acessório são errados, herdamos isso, então pensamos que podemos esquecê-lo, devemos desenvolvê-lo ainda mais, porque é uma ferramenta dessa atratividade e influência, e da nossa capacidade de levar nossa mensagem em todos os lugares; portanto, reunirei no início do próximo ano intelectuais, acadêmicos, artistas, empresas, comprometidos em fortalecer o lugar da nossa língua no mundo.

Nossos objetivos devem ser ambiciosos e apresentarei em 2018, a partir do primeiro semestre, um plano geral para a promoção da língua francesa e do plurilinguismo no mundo, em conjunto com a Organização Internacional da Francofonia e seus países membros, é graças a essa força coletiva que também podemos atrair eventos globais, como espero, a Exposição Universal, ou ter sucesso em outra área fundamental para a França, a do esporte, como nós veremos em alguns dias a candidatura da França para os Jogos Olímpicos de 2024, porque também é um elemento de nossa atratividade, nossa credibilidade, nossa força, o orgulho francês que ajuda a irradiar e a transportar nossos valores e prioridades.

Não quero felicitá-lo, porque seria muito cedo, o time que defenderá as cores da França em Lima, em alguns dias, mas já, obrigado por ter investido tanto em torno de esta questão.

Finalmente, a França só será atraente se pesar sobre as regras que prevalecem internacionalmente, desejo que ela se envolva mais decididamente nos corpos que as concebe e as promulgue, e mais amplamente, que se torna mais uma vez um lugar onde se pensa o mundo. O que quero dizer é que existem múltiplas mudanças econômicas, industriais e tecnológicas que afetarão profundamente nossas vidas, nossa capacidade de inovar, produzir e isso impactará em nossas vidas diárias. respeito ao sigilo e às liberdades individuais.

A tecnologia digital vai agitar, já está começando, essas mudanças tecnológicas mudarão profundamente nossa capacidade de inovar, produzir, e, por trás de tudo isso, serão construídos novos padrões, os principais players neste mundo digital e A inteligência artificial, que está emergindo, está se formando, esses gigantes são principalmente americanos.

Nós temos campeões franceses e europeus para constituir, e esta será uma das prioridades da política do governo, mas também deve passar por uma capacidade que algumas vezes nos esqueciamos do que alguns dos nossos vizinhos europeus, penso em particular os padrões, que regularão esses espaços, se quisermos ter sucesso no veículo autônomo, devemos, a nível europeu, definir os padrões, e pelo menos em francês-alemão, se quisermos ser o líderes, o que deve ser feito, inteligência artificial, aqui também devemos definir suas principais regras, e todas essas mudanças trarão grandes transtornos que afetarão a bioética, as liberdades individuais e os nossos direitos fundamentais.

Devemos pensar neles, em conjunto com os nossos principais parceiros, porque é o papel da França criar o quadro para a regulamentação multilateral deste mundo que acontece para poder prosseguir os seus próprios interesses e fazê-lo de uma forma europeia para não submeter-se à regulamentação de fato, que é a lei do mais forte, que sofremos hoje.

Em todos esses assuntos, desejo que a França se envolva profundamente, o que implica o seu trabalho diário, a mobilização de todos os atores econômicos e sociais competentes nessas matérias, círculos acadêmicos, cientistas indispensáveis, o melhor juristas para que possamos ser um dos lugares onde pensamos nas regras do mundo do futuro, isto é, esses saldos, em que esta globalização, que é, de qualquer forma, não está isento de qualquer regra, porque então se torna propriedade de alguns, e porque então se torna o inimigo de nossos próprios interesses.

É toda essa nova responsabilidade que é nossa e que deve nos levar a definir filosóficamente e legalmente as regras deste novo mundo, para entregá-lo somente dentro de nossas fronteiras para uma reflexão legal é insuficiente, Europeus e internacionais, devemos liderar essa luta, nos escoteiros.

E nesta sociedade do conhecimento, que floresce diante de nossos olhos, nosso país deve, mais uma vez, se tornar um centro de especialização internacional e debate sobre a ordem mundial. É por isso que desejo que a França lance uma série de conferências diplomáticas e jurídicas internacionais internacionais dedicadas à organização do nosso mundo, a primeira será realizada em Paris no verão de 2018.

Senhoras e senhores, as profundas mudanças que vemos no trabalho em todos os lugares é realmente um grande desafio, uma responsabilidade enorme para o nosso país, um desafio, porque ele está colocando a França na posição de recapturar seu destino na marcha o mundo, para assumir a ambição de ser uma grande potência que pesa e conta em um mundo multilateral, e por isso para recuperar as alavancas do poder, como saúde económico, a competitividade, capacidade de educar , inova a influência.

Este é o desafio das transformações que queremos liderar, mas também uma responsabilidade, porque ele volta para a França, neste novo jogo global, definir um novo humanismo no coração de mutações que afetam a própria idéia de que nos tornamos humanos. Além da segurança, além da soberania, a França precisa fazer sua identidade ser ouvida, precisa saber quem é e quem quer se tornar, precisa de diversidade, humildade e orgulho , para a França, se ela tem a vontade e os meios, manterá sempre uma voz original no concerto das nações, uma voz de experiência e esperança, aspirando a uma ordem multilateral de progresso e justiça , preocupado com todas as crises, atento a todas as questões globais, ambientais, numéricas e de desenvolvimento.

Nesse sentido, somos um grande poder por meio de suas ambições, ótimas por seus ideais, ótimas pelas suas esperanças, e devemos assumi-lo plenamente, e esse é o coração da sua missão. Para isso, a diplomacia francesa deve ser global, combinando economia, defesa, educação, cultura, meio ambiente, é a chave para sua divulgação.

E agradeço Jean-Yves Le Drian colocar sua experiência, sua determinação, seu gosto por resultados concretos no serviço desta Administração únicas, ao seu lado, Nathalie LOISEAU e Jean-Baptiste Lemoyne, bem como seu novo Secretário-Geral, Maurice GOURDAULT -Montagne.

Para mim, que começou a conhecê-lo, o importante aqui é saludar, em conclusão, sua dedicação e a de seus times, sua coragem também, enquanto você está exposto cada vez mais frequentemente a situações perigosas e eu quero dizer uma palavra especial para a equipe do nosso post em Cabul, que sofreu um ataque sem precedentes em 31 de maio.

Em face do perigo, em todas as áreas de crise, você preserva a voz e os interesses da França e vigia a proteção dos franceses. Neste contexto, gostaria também de agradecer os funcionários do Crisis Center e todos aqueles que ajudam os franceses em dificuldade, incluindo vítimas de ataques em solo nacional.

Conheço os sacrifícios feitos, o ônus da instabilidade da vida diplomática em cada um de vocês e suas famílias. Agradeço-lhe muito calorosamente pelo contributo que todos os agentes do Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros trazem com o seu sentido do estado, a sua disponibilidade, o seu conhecimento do mundo, a segurança e à proteção dos franceses, à influência da França.

Exorto-o a mobilizar-se através de suas propostas, iniciativas e ações, para reunir e realizar essa esperança de uma França que recupere a confiança em seu futuro e que também responda à expectativa de que é o objeto , no mundo, mas também em nossa sociedade; juntos, responderemos precisamente a essa expectativa.

Cabe a nós desenhar um novo modelo de civilização onde as desigualdades e inseguranças serão contidas, onde a justiça será defendida e o planeta será protegido, onde a cultura, a criação e a memória serão respeitadas. Esta é a nossa identidade. Quando tantos outros se perdem tentando buscar uma identidade fantasiada, em um passado que nunca foi e seria apenas nacional, você carrega identidade francesa, porque sempre foi construído apenas do que em suas terras de vanguarda, do que em seus momentos mais difíceis.

Podemos garantir que o futuro pertence ao diálogo e não à guerra, à cooperação, não à discórdia, à prosperidade compartilhada e não às crises. Esse é o ponto principal da nossa política. isso – eu sei – da sua vocação. Obrigado.

Emmanuel Macron