Conheça quatro lançamentos do seminário Outros Outubros Virão
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1. A Revolução Bipolar – A gênese e derrocada do socialismo soviético
A Revolução Russa faz 100 anos. É indiscutível sua relevância. No século XX, constituiu uma primeira – e única – alternativa sistêmica ao capitalismo mundial. A URSS foi decisiva na destruição do nazi-fascismo e no desmantelamento dos impérios coloniais. Depois da segunda guerra mundial, suas propostas de direitos sociais igualitários, de planejamento econômico centralizado e de inovações tecnológicas inspiravam o entusiasmo dos partidários e o receio dos inimigos. Quando e por que o sistema perdeu o rumo? O autor propõe uma chave interpretativa: a opção pela estatização integral da economia, ditada por considerações geopolíticas, teria embotado a capacidade de o sistema disseminar o progresso técnico na sua sociedade, justamente no período em que o mundo passava por nova e profunda revolução científico-tecnológica-informacional. As consequências dessa “encruzilhada da inovação” foram fatais para o sistema soviético. O livro oferece uma contribuição original. E seu autor, Luís Fernandes, está particularmente apto para empreendê-la, pois alia pesquisa acadêmica sobre a história do socialismo na União Soviética com estudos sobre as dimensões geopolíticas e geoeconômicas da evolução do sistema internacional no quadro das relações internacionais. Merece ser lido.
O centenário da Revolução Russa é uma efeméride que vai muito além do fato propriamente dito. Nela está contido um processo histórico de conquistas civilizatórias, como o acelerado progresso social, as transformações políticas revolucionárias e a evolução científica – aspectos essenciais do ideal socialista ressaltados neste livro. Com ele, a Fundação Maurício Grabois apresenta um conjunto de textos de pesquisadores e estudiosos, abrangendo um amplo leque de temas que compõem o legado e as lições da experiência socialista inaugurada com a Revolução de 1917.
3. Lênin – Presença da revolução
Este livro reúne textos que buscam a tradução do legado de Vladimir Ilitch Lênin para alguns temas centrais da teoria revolucionária, um louvável esforço para se entender os complexos fenômenos políticos da atualidade, cumprindo aquela consigna leninista: aprender, aprender, aprender sempre. Apoiado na dialética, Lênin agigantou-se ao formular conceitos que fazem dele um dos mais notáveis pensadores da política e um dos mais sagazes líderes do movimento comunista. O conjunto da sua teoria representou um enorme salto na compreensão da realidade que se formou com a era das revoluções burguesas, um poderoso aporte para a superação das irreconciliáveis contradições do modo de produção capitalista. Transformar a realidade, no sentido da combinação entre teoria e ação, é a síntese do pensamento leninista, que pode ser verificada em formulações como a impossibilidade da revolução sem teoria revolucionária e a citação de Mefistófeles, de Fausto, a obra-prima do poeta Goethe, de que a teoria é cinza e a árvore da vida é eternamente verde, entre tantas outras. A essência da teoria e a prática revolucionária de Lênin se compõem ao menos de três núcleos: a tática e a estratégia da revolução socialista, a crítica reveladora do imperialismo e os caminhos da construção do socialismo. Por isto, nesta altura do século XXI seguem proféticos e válidos os versos de Maiakovski, escritos em 1924: “Lenin ainda está mais vivo do que os vivos.”.
O livro de Bernardo Joffily se enquadra perfeitamente dentro dessa perspectiva defendida, que poderia ser resumida na fórmula “defender o legado da Revolução Russa e seu papel progressista na história moderna”. O autor apresenta a trajetória da revolução desde os seus primórdios e trata do papel central nela desempenhado pelos bolcheviques. Apresenta as conquistas alcançadas pelo povo soviético, e também as consequências daquele movimento para os povos de todo o mundo. O balanço geral apresentado é fundamentalmente positivo, mas não tergiversa sobre os erros cometidos e as dificuldades encontradas. Apesar de ser panorâmica e didática, a obra não perde a qualidade nem reduz a complexidade daquele processo. Assim, torna-se algo útil às jovens gerações de combatentes sociais que desejam conhecer mais e melhor sobre os acontecimentos ocorridos cem anos atrás na Rússia e as suas consequências para o século XX.